Apresentações

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S/N's P.O.V

Mais uma bela manhã se inicia na Grand Line, o sol raiando forte, os pássaros cantando em minha janela e meu pequeno vilarejo começando a acordar... Teria como isso ser ruim? Sim, teria sim.
Meu nome é S/N, tenho 17 anos e moro com meus quatro irmãos em uma pequena casa ao sul de uma cidade chamada Nanohana, aqui em Alabasta. Tirando o fato de ser uma cidade que frequentemente é visitado por piratas, aqui é bem sem graça. Meus pais saíram da cidade para nos proteger, mas infelizmente foram mortos pouco tempo depois por causa de um ataque pirata. Por ser a mais nova da casa, e única menina, meus irmãos mais velhos nunca me deixam fazer nada... Em partes, eu até entendo, mas mesmo assim não consigo me conter. O fato de morarmos a poucos metros do mar piora ainda mais minha situação, todas as tardes, eu olho para o horizonte e vejo ele... me chamando, implorando para explora-lo. Eu sei que posso muito mais do que realmente esperam de mim e, um dia, eu vou provar para todos.
Enfim, mais um dia pacato em que tenho que preparar o almoço para meus irmãos irem à cidade trabalhar.
- Bom dia maninha, não me diga que vamos ter aquela gororoba de ontem de novo! - disse meu irmão mais novo Duff.
- Olha que abusado, eu não cozinho mal! Você ainda devia agradecer por ter o que comer, mal agradecido - eu disse rindo. - Além do mais, você sabe que eu preparo sua comida e ainda assim me provoca, isso é pedir pra ter comida ruim.
- Não vão me dizer que já estão brigando logo cedo! - disse o terceiro mais velho, Jake, enquanto me dava um beijo na testa. Ficamos muito próximos após a morte de nossos pais, somos confidentes um do outro pra tudo, parece que só ele me entende.
- Claro que não, só estou avisando que se esse cabeção quer comida boa, é melhor me tratar bem. - falei mostrando a língua para Duff.- O café já está na mesa, vai chamar os outros vai.
- Bom dia S/N - foi a vez de Frank (o segundo mais velho) aparecer- o que temos pro café?? - e já foi sentando à mesa, seguido por Thomas, o mais velho.
Thomas se fechou por completo ao assumir todas as responsabilidades da casa como o mais velho. Éramos muito jovens quando perdemos nossos pais, eu tinha 7, Duff 8, Jake 10, Frank 12 e Thomas 14. Por conta disso, fomos obrigados a aprender a nos virar desde cedo. Os meninos, conforme ficaram mais velhos, conseguiram arrumar empregos na cidade enquanto eu aprendia a cuidar da casa (LÓGICO, TINHA QUE SER ESSE MACHISMO). Mas depois de muita insistência, convenci Jake a me ensinar alguns golpes suficientes para me defender em caso de algum ataque (mentira, era pra eu ir à cidade escondida, e ele sabia). Resumindo, meus dias eram assim: cozinhar, limpar, arrumar, etc.
- Ei maninho...- disse olhando pra Jake- posso ir pra cidade com vocês hoje?? - todos pararam o café e olharam para Thomas, que me olhava com aquela cara dele sombria, sem reação.
- Já conversamos sobre isso - Thomas disse.
- Eu sei mas...
- Se já conversamos e você sabe, quer dizer que não precisamos repetir, tem muitas coisas pra você fazer aqui, em casa e ponto.
Eu achei melhor desistir, já sabia que isso não me levaria a lugar algum. Depois de alguns minutos, eles saíram para trabalhar, Jake me olhou como que pedindo desculpas e eu fiz sinal de que não havia problema, afinal, não era culpa dele. Por fim... passei a me dedicar às tarefas que eu precisava fazer, para acabar o mais rápido possível, porque eu tenho um segredo...
Assim que acabei tudo, parti correndo na direção das colinas atrás de casa, no topo da terceira colina, tinha um pequeno bosque, no qual meu pai me construiu uma pequena casa na árvore, onde eu tinha uma magnífica visão daquela tentação azul... Eu podia ver aqueles pequenos, as vezes grandes, barcos que chegavam e atracavam no porto. Suas grandes bandeiras tremulavam por causa do vento, e suas odiosas caveiras exibiam-se com orgulho. Eu quero muito ir pra cidade, mas antes, preciso ficar forte o suficiente para isso, para ter certeza que vou poder me cuidar sozinha.
Chegando na casinha, não estava com vontade de admirar o mar... estava com raiva. Raiva de me tratarem como criança, de nunca me levarem à cidade, mesmo que acompanhada, de me tratarem como frágil. Comecei então a socar a pobre árvore que segurava meu refúgio. A coitada já tinha seu tronco gasto de tantas vezes que eu já havia feito isso. Então fique lá socando e chorando e...
- EI! QUE MERDA É ESSA???- Escutei vindo de cima de mim. Um vulto então aparece e eu pulo assustada. - Eu perguntei: que merda é essa?

Can I Love You? Ace x readerOnde histórias criam vida. Descubra agora