Capítulo 25

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Acordo uma hora antes do despertador tocar, ao meu lado, Dong-yul, dormia feito um anjo. Sigo com a rotina de costume, porém hoje seria diferente. Sinto que hoje será um dia diferente dos outros, vou mudar um pouco a minha rotina monótona, sou eu quem vou preparar o café da manhã desse novo dia. Vou à cozinha e preparo chá de hortelã, cozinho panquecas, faço uma salada de frutas com iogurte e granola e monto sanduíche de pasta de amendoim para Dong-yul levar para o trabalho. Depois que termino tudo, arrumo a mesa e coloco tudo de forma organizada e bonita, eu não costume ser perfeccionista, só queria organizar uma coisa legal para o namorado mais perfeito que sempre monta nosso café da manhã.

-Uau ! - depois de 15 minutos, Dong-yul aparece ainda de pijama com seu cabelo bagunçado.

-Parece que alguém acordou tarde hoje, não é mesmo !? - sorriu.

-Ou alguém acordou mais cedo - ele fala se sentando à mesa - caramba, você realmente caprichou.

-Claro, é de Ana Clark que estamos falando - debocho rindo.

Comemos juntos os alimentos servidos enquanto ficamos conversando sobre trabalho, não era um assunto chato do tipo "ah, não acredito que você trouxe isso para discutirmos enquanto tomamos esse maravilhoso café da manhã", na verdade era só sobre o que pensávamos dos outros funcionários e claro, algumas fofocas que fiquei sabendo sobre pessoas aleatórias. Vantagens de se trabalhar no setor de limpeza, pois eles te ignoram e continuam conversando como se você nem estivesse lá só que você está e ouvindo tudo.

Depois que terminamos, vou ao quarto buscar minha bolsa para ir à estação.

-Nem vou te oferecer carona porque a resposta é sempre a mesma - Donng-yul diz dando de ombros.

-Na verdade...eu aceito sua carona - ele parece surpreso.

-Sério ?

-Sim, mas com uma condição - sorriu maliciosamente.

-Qual ? - ele questiona.

-Você só pode estar doida achando que vou deixar você dirigir MEU carro ! - ele exclama.

-É só um carro ! - retruco.

-Não é só um carro, é o meu bebê ! - ele faz bico e franze a testa.

-Ah, vamos logo - reviro os olhos. - não quero me atrasar.

-Eu não confio em você para dirigir meu carro, ele é novinho.

-Dong-yul relaxa ! - dou um selinho nele e pego a chave de sua mão - e de toda forma você é rico, pode comprar outro se caso a gente bater esse.

-Ei ! não seja má - ele me olha - não fale como se meu carro fosse um nada, ele é especial para mim !

Ri de sua preocupação e dei partida.

Quando completei 18 anos entrei no autoescola e tirei minha carteira, foi um perrengue, mas no fim consegui. Só que depois disso eu quase nunca dirigi de novo, já que meu pai é super ciumento com o carro velho dele e raramente dirigia o carro de Flora, um selta que mais morria o motor que andava, agora esse carro de Dong-yul é automático e bem mais potente que os outros, e mais caro também, nem juntando o de Flora e do meu pai deve dar o valor desse carro.

Foi meio difícil, os carros buzinavam para nós e Dong-yul só resmungava nervoso, mas no final chegamos no trabalho vivos só um pouco atrasados, mas vivos. É o que importa.

-Nem foi tão difícil assim levando em consideração que eu nunca tinha dirigido um carro como esse - sorriu vitoriosa.

-E nunca mais vai dirigir, pelo menos não o meu ! - ele sai e começa a fazer carinho na parte da frente do carro. - Está tudo bem meu bebê, não vou mais deixar essa maluca dirigir você.

Entre dois MundosOnde histórias criam vida. Descubra agora