Como dissera a senhora Mills, na hospedaria em Silverthorn, Beatrice só chegou em Ashworth Park ao anoitecer.
Ela estava muito grata por ter encontrado o Doutor Pembroke, e por ter tido sua companhia do trajeto da aldeia até a casa ancestral da família Raleigh.
Ashworth Park era uma propriedade linda.
Uma belíssima mansão no estilo elisabetano, mas muito bem conservada.
Com jardins bem cuidados e um gramado impecável.O doutor Pembroke era um bom condutor, e ele manobrou a charrete de maneira que pudessem descer o mais perto possível da grande porta de entrada.
Um gentil valete trajando a libré nas cores da casa Raleigh, vinho e azul marinho, adiantou-se e pegou as rédeas da parelha das mãos do doutor.
Beatrice estava sentindo um frio no estômago.
A antecipação do momento em que estaria frente a frente com o Conde, a estava deixando ansiosa, e sua respiração entre cortada.—Sente-se bem, senhorita Hale? —O Doutor Pembroke a questionou preocupado —Parece-me um pouco incomodada.
—Em absoluto doutor, é apenas a estafa da viajem! —Beatrice despistou.
Eles foram conduzidos ao hall, e dali o doutor entrou seguindo uma jovem serviçal.
Beatrice ficou esperando, com os nervos a flor da pele, que a moça que conduzira o doutor Pembroke, voltasse com a governanta, pois assim fora instruída.
Passaram-se uns quinze minutos, e então uma senhora alta e um tanto robusta, com um sorriso estampado no rosto, veio até ela.
—A senhorita queria ver-me, pois não? Sou Minerva Nash, governanta de Ashworth Park! Em que posso ser-lhe útil...senhorita?...
— Hale! Rose Hale.
—Sim! Senhorita Hale...
—Bem senhora Nash, eu estou aqui para falar com Lorde Raleigh... —Beatrice falou um tanto tímida.
—E sobre o que seria senhorita Hale, Milorde se encontra em Londres, ele não retornará por esses dias...eu poderia ser-lhe útil de alguma forma?
Beatrice pensou por um instante, e concluiu que a governanta bem poderia lhe informar sobre algum emprego, talvez na Escola Paroquial.
—O assunto senhora Nash, é a respeito de um emprego...
—Oh! Deus seja louvado! —A senhora Nash exclamou, muito contente—Milorde falou-me que a enviaria, mas não pensei que seria tão rápido! Seja bem vinda senhorita Hale! Estavamos a sua espera! —E abraçou Beatrice fraternalmente.
Beatrice ficou completamente sem ação.
A senhora Nash chamou outra moça, que sem demora, tomou a valise que Beatrice carregava; a própria senhora Nash, então, começou a conduzi-la pelos corredores, e fê-la entrar em uma salinha muito simpática; indicou uma poltrona para que sentasse e indo até a outra poltrona, sentou-se de frente para ela.
—Ah senhorita Hale! Não imagina a felicidade que é tê-la em Ashworth!
—Eu...bem... —Beatrice procurava as palavras para poder explicar a senhora Nash que ela não era a tal moça que milorde iria enviar; mas a senhora Nash não estava dando-lhe oportunidade para tal.
—Espero que sua viajem tenha sido agradável! A senhorita fez bem em vir logo, antes das primeiras neves, estas estradas ficam horríveis depois de uma nevasca...
A senhora Nash era muito simpática e muito gentil, Beatrice percebeu isso, e estava realmente contente com 'sua' chegada.
A menina que havia levado sua valise, entrou na salinha com um sorriso amplo, e comunicou a senhora Nash que já havia colocado a bagagem da senhorita Hale no quarto de hóspedes que ficava no corredor dos quartos das meninas.
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A Promessa
Historical FictionJacob Alexander Raleigh, era um homem de muita sorte, ou pelo menos, assim pensava ser, até que uma grande tragédia abateu-se sobre ele e sua família. Mas, uma promessa, que fez no passado, trará até ele, a chance que precisa para voltar a viver nov...