Capítulo 18

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O baronato Darrington ia de mal a pior.

E na residência ancestral do Barão, não era muito diferente.

Desde que sua sobrinha Beatrice fugira, Deus sabe para onde, e deixara para trás o noivo desconsolado e, a montanha de dívidas que ele tinha para com ele, Lorde Craven vivia em uma ciranda de infortúnios.

Sua esposa estava pior do que nunca, dormia e acordava recitando reclamações; a filha, agora mais desanimada do que de costume, mal trocava duas palavras com o marido, que indiferente, pouco se importava com a condição dela e com os filhos, que pela ausência da boa influência de Beatrice, estavam prestes a pôr fogo em Darrington; e o Barão começava a pensar se isto não era o que ele deveria fazer...

—Papá —Richard o chamou —O senhor precisa sair desta perplexidade em que se encontra! Não adianta ficar a espera de que as coisas se resolvam por si só, temos de agir!

—Sei que tens razão Rick, mas confesso que estou abalado meu filho... —Lorde Craven respondeu-lhe em uma baforada de seu cachimbo —Nunca em minha vida imaginei tal atitude da parte de Beatrice, nunca...

—Sua preocupação agora não deve ser Beatrice e o que ela fez papá, deve ser por em ordem o baronato e suas contas, e dar um rumo a sua família! —Richard falou cansado —O senhor deve ser mais incisivo com mamã e, conversar com Lauren. Na minha opinião, Jonathan é um homem cruel e frio com a família, além de ser um aproveitador!

—Por que fala assim de seu cunhado Rick? Quando fizeste a loucura de ir para aquela maldita guerra, foi ele quem ficou aqui ajudando-me, que resolveu muitas questões em Londres e que...

—Que defraudou os cofres de Darrington e que apresentou-lhe o vício das cartas, não é? —Richard vociferou indignado —Papá é impossível que não perceba o quanto Jonathan é mal intencionado para consigo! Ele gastou toda a fortuna que herdou, não satisfeito, vendeu as propriedades, e gastou o valor em negociatas e jogatinas; e se o senhor não tomar uma atitude, ele levará a minha herança e a de Frank, também!

Lorde Craven moveu-se em sua cadeira tenso.

Richard tinha razão, em muito.

Ele realmente fora descuidado, e confiara demais em Jonathan.

Não podia dizer, com certeza, se o genro agira de caso pensado, com intensão de prejudicá-lo, mas a verdade é que o havia prejudicado.

—O que posso fazer agora meu filho? —Lorde Craven lamentou-se desolado —Eu confiei em Jonathan, e não tinha motivos para não confiar, embora o que dizes tenha sentido. Como simplesmente direi a ele que já não é mais digno da minha confiança?

—Não precisas dizer nada meu pai, eu direi! Apenas peço encarecidamente que me apoie, que fique ao meu lado e que ratifique minhas decisões. Deixe que eu o confronte, afinal não morremos de amores um pelo outro, mas ele me respeita, e o senhor não precisará incomodar-se.

—Ah meu filho... —Lorde Craven suspirou —Está bem, faremos assim. Falarei com sua mãe e com  Lauren; você está certo, do jeito que está não pode ser, precisamos ir adiante.

—Isto meu pai! —Richard o incentivou —O senhor verá que as coisas entrarão nos eixos novamente e, que Darrington passará por estas dificuldades e sairá fortalecido.

—Assim espero meu filho... —O Barão o fitou preocupado —Sabe Richard, julgas-me muito severamente meu filho...

—Em que sentido pai?

—Nunca quis prejudicar minha sobrinha...pelo contrário, pensei estar-lhe fazendo um bem, ajudando-a! E estou realmente preocupado com seu bem estar. Não tenho dormido imaginando aonde Beatrice pode estar, ou com quem! E se estiver com fome? Ou com frio Richard? Sinto-me muito mal...

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