Capítulo 9

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Capítulo 9

Sasuke não sabia se fazia o certo, no momento em que a arrastou pela passagem escondida de sua estufa, mas mesmo assim o fez. Sakura sabia que se arrependeria de sua escolha, contudo, naquele momento, apenas deixou-se ser levada.

Os dois seguiram por um corredor, coberto por belas rosas azuis, em direção a uma grande saleta acoplada a estufa, lá Sasuke sabia que teriam alguns momentos de privacidade e ele precisava deste tempo com ela, pois queria declarar seu interesse.

Sakura queria ignorar sua consciência que lhe alertava sobre a intimidade que abriria a ele, massa boa sensação de risco guiava-lhe até aquele local, por isso, atravessaram juntos a porta de acesso, sendo está trancada logo após.

A saleta era primorosa, o brasão de Rutland estampava a porcelana do chão, em pequenos vasos encontravam flores que Sakura jamais vira e fora até ela que o visconde a guiou. Eles passaram um tempo apenas observando-as, contudo, uma linda flor chamou a atenção da menina, que levou a mão em direção as delicadas pétalas e as tocou.

- Essa é uma Nymphaea caerulea - disse ele, levando sua mão ao de encontro a dela, pousando por cima - Um tipo de lírio azul - O toque dele sobre a sua mão era abrasador, e ela jamais imaginara, nem uma única vez, que sentiria isto - Dou ela a você, caso queira - ofereceu o visconde que notara o encantamento da moça sobre pequena flor azul.

Na verdade, embora a espécime fosse instigante, ela não estava tão interessada como deveria parecer, já que apenas mantinha seu olhar fixo na flor para impedir a si mesma de perde-se nos olhos negros de seu acompanhante. Por isso, respondeu com ironia:

- Acredito que milorde não possa me dar algo que não pertença-o - ainda com os fixados nos lírios - assim como, tenho certeza que o seu primo, o duque, não gostaria de saber que estamos os dois, juntos, aqui sem uma acompanhante.

- Sobre isso... - ele levou sua mão direito ao queixo da jovem, trazendo-o para cima, acariciou levemente, e estava pronto a lhe falar, quando ela olhou para ele, e suas orbes verdes o prenderam por completo.

Sentia-se rendido, como jamais pensara estar, em sua vida sempre perseguira a praticidade, seja nas relações afetivas, ou em seus negócios, e tudo parecera funcionar, até o momento em que viu-se preso em uma teia mentirosa, nunca sentira um ser humano aproximar-se tanto de seu íntimo, e nunca estivera tão longe de tê-la ao mesmo tempo.

Ele inclinou-se para beija-la, precisava disto, e obteria naquele momento, mas antes que seus lábios toca-se os dela, ela desviou de seu movimento.

- Não posso - ouviu a dizer - não quero ofendê-lo, apenas não devo permitir que tome estas liberdades comigo - ela parecia nervosa - não é por você, apenas estou noiva de outro, sendo assim, não posso ir de encontra ao acordo feito por meu pai, era seu desejo e devo cumpri-lo.

Ele escutava o desabafo dela em silêncio, pois compreendera o momento que ela passara. Ainda assim, não conseguia afastar seu corpo do dela, por isso apenas a manteve-se ali esperando ela terminar.

- Minha irmã e eu necessitamos que tudo esteja de acordo com o contrato, eu nem deveria estar aqui se alguém nos visse, minha reputação e de minha irmã estariam arruinadas -ela torcia as mãos - sei que lhe dei esperanças e não deveria, mas por favor compreenda.

- Vou lhe fazer uma pergunta - disse enfim, quebrando o silêncio - quero que responda-me com sinceridade, pois definirá minhas próximas atitudes - ela meneou com a cabeça negando em um primeiro momento, contudo os olhos incisivos dele, a fizeram concordar - muito bem, se não existe-se contrato, cogitaria aceitar minha corte?

- Mas existe - respondeu de pronto.

Ele levou uma mão a cintura fina a trazendo mais para perto, abaixou-se encostando sua testa na dela e perguntou novamente.

Como se livrar de um duque ?Onde histórias criam vida. Descubra agora