Capítulo 2

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Deitado em sua cama, coberto por lençóis, ouvira batidas que o fizeram despertar, não acreditara que havia alguém esmurrando a porta de um Duque, àquela hora da manhã. Quando chegara ao local e alugara um quarto fora preciso em suas colocações de como os estaleiros deveriam agir, dentre elas, fora enfático que não deveria ser incomodado, por ninguém de manhã e eles pareciam ter compreendido o seu pedido.

Logo quando as batidas pararam, trocou de posição girando seu corpo para outro lado da cama, iria tentar voltar a dormir e esqueceria que fora incomodado. Tudo o que ele queria naquele momento era sanar seu sono, mas as batidas voltaram a soar pela porta, ele tirou o lençol que cobria sua cabeça e olhou pela janela do quarto, estava claro, mas sabia que não poderia ser meio-dia, horário esse determinado para ser acordado.

Clovelly era uma cidadezinha formosa no interior de Londres, localizada muito perto do mar, hospedando-se ali almejara a praticidade, uma vez que, ficaria perto da casa de campo onde sua futura noiva residia, como também, era, de certa forma, próxima ao local onde ocorreria o primeiro baile de primavera ofertado pelos Taylor. Ele não via motivos para cortejar sua noiva, afinal ela já era sua noiva, seus pais haviam garantido isso anos antes, por meio de um contrato de casamento, eliminando a possibilidade de escolha.

Não que ele não tivesse saído com outras mulheres, durante seus anos de colégio, havia sim aproveitado diversas camas, talvez não fosse tão devasso quanto o seu melhor amigo era, mas tivera seus momentos de libertinagem.

A porta soou novamente e junto com ela uma voz conhecida fora ouvida.

– Sasuke, abra essa maldita porta! – ordenava a voz – já está claro.

Sim, ele reconhecera a voz, pertencia a seu melhor amigo, Naruto Uzumaki, o futuro conde de Arundel e ninguém poderia ser considerado mais inconveniente do que ele, embora fosse seu amigo há muito tempo, nunca deixou de irritá-lo o seu jeito festeiro e sua personalidade gritante, que naquele momento específico era enfatizada.

– Vá embora! – o Duque gritou com a voz embargada de sono, o que a fez parecer ainda mais rouca do que realmente era.

O Duque de Rutland era um homem cheio de manias incompreensíveis, havia rituais que deviam ser cumpridos por ele durante o seu dia, infelizmente acordar cedo não estava em sua mente, principalmente depois de uma longa viagem que havia feito, primeiro da Escócia a Londres e depois de Londres a Clovelly. Dessa forma, resultou no duque realizando dias de viagem, horas dentro de uma carruagem e vários momento em cima de seu cavalo, por isso seu corpo exigia algum tempo de descanso.

Naruto parecia não querer ouvir seu pedido, pois ao longe ainda consiga-se ouvir seus gritos e a constante batida na porta. O Duque se mexeu na cama, forçando-se a abrir os olhos e levantou-se aos poucos. O clima em Clovelly estivera tranquilo desde sua chegada, por conta disto, Sasuke só trajava a parte debaixo de seu pijama. O duque andara até a porta e a destravara, do outro lado encontrava-se Naruto, rindo, como se aquilo houvesse sido algum um tipo de piada.

– Essa é hora que você acorda? – perguntou Naruto levantando as sobrancelhas em desafio.

– Como soube que eu estava aqui? – indagou o duque sério.

– Ora, não foi tão difícil – dando de ombros Naruto respondeu – essa é a única estalagem em que o Duque Rutland se hospedaria.

– Talvez seja superestimada – respondeu o Uchiha, com uma pitada de sarcasmo – já que você está no meu quarto – completou – embora eu tenha dito que ninguém deveria me incomodar em meus aposentos.

– Eu sou o futuro Conde – respondera Naruto, como se aquilo fosse explicação suficiente para os estaleiros terem permitido sua entrada no quarto do duque.

Como se livrar de um duque ?Onde histórias criam vida. Descubra agora