Como se livrar de um duque ?

Capítulo 19

Hinata esperara o momento correto para abordar Obito, o homem não pisara em sua casa a vários dias e ela não conseguira tirar a limpo o que ouvira durante a conversa dele com o odioso senhor, por isso, esgueirou-se pelos corredores até os aposentos dele.

Naquele dia, soubera que ele finalmente retornara à residência, por isso, a criada pensara ser o momento oportuno, dessa forma, escondendo-se dos olhares mais atentos e esquivara-se para o andar de cima, rumando em direção ao quarto do filho do senhor. Quando parou em frente a porta, ela suspirou fundo antes de entrar de supetão no quarto, a moça passara a vista pelo recinto encontrando-o homem sentado em sua escrivaninha.

Desde que chegara aquela casa, anos antes, Hinata ainda muito jovem, possuía a necessidade de esconder-se, por isso, mesmo contrariando o bom senso, resolvera servir a casa do velho duque. No entanto, ao contrário do que pensara sobre o velho senhor, ela sentia que seu filho era diferente, Obito era um homem belo, dono de feições galantes e postura exemplar, possuía as características destinadas a família Uchiha, cabelos e olhos negros e a pele branca, embora ele fosse calado, na maioria dos momentos, sempre dispunha tempo para conversar com ela.

A jovem jamais acreditara que ele aliar-se-ia a um plano maquiavélico de seu pai, por essa razão, ouvir a conversa, de dias antes, cotara-lhe o coração, ainda assim, ela sentia que deveria confrontá-lo, talvez ele a escuta-se e muda-se de ideia, afinal ele nunca demonstrara atitudes cruéis e impensadas como seu pai.

Obito assustara-se quando a criada atravessara sua porta de supetão, a bela moça o encarava e ele não conseguia compreender o que a levara ao seu quarto, dessa forma, não lhe dera atenção, retornando a examinar alguns papeis que possuía em sua mesa.

- Estou muito ocupado agora - falou sem olhá-la.

- Preciso conversar com você, Obito - admitiu a mulher de forma direta - urgente - disse aproximando-se.

O homem suspirou fundo, afinal Hinata nunca agira desta maneira, por essa razão deduzira que ela deveria querer lhe falar algo realmente urgente. Virou-se para a jovem, encarando os belos olhos perolados. A moça assustada, que chegara a tantos anos antes, tornara-se uma bela mulher, não que ele pudesse tocá-la, embora deseja-se.

- Conseguiu minha atenção, agora diga, o que deseja? - indagou - se for dinheiro, infelizmente não terei - disse ele sarcástico.

- Eu ouvi a sua conversa com o seu pai - disse ela - não consigo acreditar que esteja atentando contra a vida de outra pessoa.

A raiva do homem ferveu e ele levantou-se em um salto, pressionando-a contra a parede, pondo seu corpo contra o dela. Ele segurou as mãos dela prendendo-a contra a parede, aproximando o rosto contra o seu, disse:

- O que pensa que ouviu? - questionou com a voz grossa, fazendo com que ela encolhe-se em sua prisão contra a parede.

Hinata não conseguira responder, ela não acreditara na violência em que ele a tratava naquele exato momento, Obito nunca usara da força contra ela, na verdade, geralmente ele a ajudava depois que seu pai levantava a mão contra ela e a batia.

- Vamos, diga, o que você pensa ter ouvido? - repetira gritando sobre sua cabeça.

- Vocês dois estão planejando um atentado contra o duque, eu não compreendi bem o que seria, mas sei que fizeram algo contra ele - disse com a cabeça baixa.

- Você não ouviu nada... - Obito disse soltando-a aos poucos, seus braços estavam avermelhados onde ele a segurara, tamanha a força que fora empregada - nada! Hinata, está me ouvindo? - perguntou olhando dentro dos olhos dela que enchiam de lágrimas - nada... - repetiu como um pedido encostando sua testa na dela - ou ele a matará se souber.