Como se livrar de um duque ?

Capítulo 27

Capítulo 27

Karin deixara Leoch Castle bem cedo naquela manhã, seu intuito primordial era sair para refrescar a mente e respirar um pouco de ar puro, afinal desde que o tratamento de Sasuke começara foram longos dias dedicados a auxiliar tanto seu primo quanto Mikoto.

Por isso, agora meses depois, quando tudo parecera mais calmo, ela resolvera dar uma volta pela propriedade. A verdade é que Karin gostaria de rever Suigetsu, já que não fazia a vários meses, mesmo que sua forma de avistá-lo fosse apenas a centenas de metros de si. Desta maneira, a ruiva pegara sua égua branca e cavalgara refazendo o caminho até a casa de sua tia, caso fosse necessário prestar alguma desculpa, ela apenas diria que esquecera algo em casa e fora buscar.

Porém, não muito depois que saíra de Leoch Castle uma tórrida tempestade fora iniciada, tão forte e persistente, como ela não via a meses, parada ao meio do percurso, apenas sentira cair sobre si a forte corrente de água que a banhara por completo, assim como sua égua, as nuvens negras surgiram sem qualquer aviso, pegando-a completamente desprevenida em meio ao temporal.

Embora, Karin insistisse em persistir correndo pela forte chuva, em um determinado momento o animal travara em um único local, suas patas, sem conseguir desprender-se, afundaram em meio a lama, a qual fora formada pela tempestade. Sem compreender bem o motivo da parada brusca, ela apenas sentira as fortes movimentações e o relinchado do cavalo, antes que pudesse puxar as rédeas controlando o movimento, ela fora jogada para trás.

A dama equilibrava-se persistentemente, ainda assim, não possuía forças o suficiente para manter-se no lombo do cavalo por muito mais tempo e por isso, fora arremessada ao chão, caindo não muito longe de sua montaria. Karin despencara, desta forma, acabara por bater sua cabeça durante a queda e subitamente perdera sua visão.

Por sorte, não muito longe, Suigetsu ajudava alguns criados a retirarem uma charrete que afundara na lama, por conta da tórrida tempestade. O homem que costumava ir até próximo a estrada, todos os dias, na esperança de vê-la passar montada em sua égua, a qual fazia parecer uma verdadeira amazona, acabara preso auxiliando outros com a charrete. Ainda que, sua vontade sempre fosse vê-la fazia meses que isto não ocorria, do mesmo modo, ele soubera depois que ela e a condessa mudaram-se para Leoch Castle, o que diminuía a frequência pela qual a jovem poderia ser vista cavalgando, naquela estrada.

Ainda assim, ele persistentemente passava por lá, pelo menos uma vez ao dia, no intuito de vê-la e por vezes, era apenas um costume que não conseguia perder. Contudo, algo nele permanecia confiante ligado a expectativa, de fato, de vê-la.

No entanto, naquele dia, uma forte tempestade alcançara os campos, inundando e criando campos com lama nas propriedades, por isso, uma de suas charretes prendera suas rodas em meio a lama e o homem correra até o local buscando auxiliar os demais arrendatários, os quais precisavam de ajuda.

E Suigetsu estava, definitivamente, concentrado em resolver a situação, ou ao menos, ele pensava que sim, mas tudo mudara quando o homem ouvira um estrondo, não muito longe, assim como uma voz suave, a qual invadira seus pensamentos. O fazendeiro possuía em seu íntimo medo de ter reconhecido a quem aquela voz pertencia, apesar disto, ele correra em direção de onde a voz despontava e a encontrada caída, confirmando o seu pressentimento ruim, enquanto a égua, a qual ela cavalgava, continuava presa ao chão, ela parecia tão agoniada que debatia-se.

O homem correra em direção a dama, que havia desmaiado e agora pairava perigosamente próximo ao animal, inúmeras preocupações surgiram em sua mente, mas ele precisava agir antes que o animal agoniado para deixar sua prisão, conseguisse o feito e pisotea-se a dama.

Assim que ele a alcançara, retirara sua capa e a pusera por cima do corpo inerte dela, a puxando para si, aninhando-a contra seu próprio corpo, o que o homem sonhara varias vezes em fazer, embora em todas a dama estivesse acordada e o convidando para tomar os lábios carnudos. Ele observara enquanto os outros, que o acompanhavam, chegavam para testemunhar o acontecido, deste modo, falara: