Monstro de Florença

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O Monstro de Florença (em italiano: Mostro di Firenze) é o pseudônimo dado pelos meios de comunicação italianos ao autor ou aos autores duma série do oito duplos assassinatos cometidos na província de Florença entre 1968 e 1985. Por esses homicídios foram condenados em tempos diferentes quatro homens locais: Stefano Mele, Pietro Pacciani, Mario Vanni, e Giancarlo Lotti; mas estas convicções têm sido criticadas na mídia, os críticos sugerem que o assassino ou os assassinos reais nunca foram identificados.

Visão geral

Quatro homens locais - Stefano Mele, Pietro Pacciani, Mario Vanni e Giancarlo Lotti - foram presos, acusados e condenados pelos crimes em tempos diferentes. Contudo, estas acusações foram criticadas e ridicularizadas na mídia; críticos sugerem que o verdadeiro assassino ou assassinos nunca foram identificados. Outros suspeitos foram presos e permaneceram em cativeiro por diversas vezes, mas acabaram sendo libertados, onde posteriores mortes com a mesma arma e métodos trouxeram dúvida à sua libertação.

A autora inglesa Magdalen Nabb escreveu um livro em 1996 chamado "O monstro de Florença" baseado na sua pesquisa extensiva e documentos do caso real. Apesar do livro ser uma obra de ficção, Nabb diz que a investigação do livro era real e a apresentação como ficção era apenas uma forma de proteção. Na obra de não ficção de Douglas Preston e Mario Spezi chamada "O monstro de Florença", sugere-se o mesmo autor que Nabb havia identificado: Antonio Vinci (o sobrinho e filho de dois irmãos sardenhos ambos suspeitos de serem o Monstro) era um bom candidato a ser o verdadeiro assassino. Vinci recusou uma entrevista com Stone Phillips na Dateline NBC.

Vítimas

21 de Agosto de 1968: Antonio Lo Bianco (29) pedreiro, recentemente emigrado da Sicília para Toscana e Barbara Locci (32) dona de casa, amantes, levaram um tiro na cabeça com uma Beretta .22 em Signa, uma pequena cidade no Oeste de Florença, enquanto o filho de Locci Natalino Mele (6) estava a dormir no banco traseiro do carro. A criança acordou e encontrou a sua mãe morta, saindo aterrorizado. Às duas da manhã, chegou em frente de uma casa perto e bateu à porta, dizendo ao senhoria "Abra a porta e deixe-me entrar, tenho sono e o meu papá está doente de cama. Depois terá de me levar a casa, porque a minha mamã e o meu tio estão mortos no carro". Natalino disse, inicialmente, que tinha fugido sozinho, depois mudou a sua história e disse que o seu pai - ou talvez um tio, uma vez que chamava ao amante da mãe "tio" - tinha-o conduzido à casa onde tinha pedido por ajuda. Anos depois disse que estava sozinho, mas demasiado chocado para se lembrar exatamente do que aconteceu nessa noite. Locci, emigrada da Sardinia, era famosa na sua cidade pelos seus múltiplos casos amorosos, e portanto recebeu a alcunha de "Ape Regina" (abelha mestre). O marido de Locci, um homem ingénuo chamado Stefano Mele, mais velho que ela cerca de 20 anos, foi eventualmente acusado do crime e passou 6 anos na prisão, mas mesmos estando na prisão, outros casais foram mortos com a mesma arma. Vários amantes de Locci foram suspeitos de serem os autores do crime e até Stefano Mele disse em várias ocasiões que algum deles tinha morto a "sua senhora", como chamava a Locci.

É dito que a viúva de Lo Bianco tinha-se queixado com vários parentes de Locci, dias depois das mortes, dizendo: "Porque é que aconteceu algo tão terrível com o meu marido? Agora estou sozinha e tenho três crianças para criar!" e teve uma resposta de um dos irmãos de Mele que Locci tinha de morrer mas que tinha muita pena de Lo Bianco tivesse levado um tiro também. Outro amante de Locci testemunhou que a mulher estava preocupada com um homem que a tinha ameaçado com uma arma e disse que até se recusou a sair com ele dizendo: "Ele podia matar-nos enquanto fazíamos amor no teu carro".

15 de Setembro de 1974: Pasquale Gentilcore, empregado de bar (19) e Stefania Pettini, contabilista (18), namorados adolescentes, foram mortos a tiro e esfaqueados numa pista de terra perto de Borgo San Lorenzo enquanto tinha relações sexuais no Fiat 127 de Gentilcore não muito longe de uma discoteca chamada "Teen Club" onde era suposto terem passado a tarde com vários amigos. O corpo de Pettini tinha sido violado com um pé de videira e desfigurada com 97 facadas. Algumas horas antes das mortes, Pettini disse algo a um amigo próximo sobre um homem estranho que a tinha assustado. Outro amigo de Pettini lembra-se que um homem estranho (talvez um observador) tinha perturbado os dois durante uma aula de condução, uns dias antes. Vários casais que costumavam estacionar na mesma área onde Gentilcore e Pettini foram mortos, dizem que esta área em particular é muito frequentada por observadores, muitos deles atuando de forma muito estranha.

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