Joseph Paul Franklin: O Assassino Racista

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Joseph Paul Franklin — nascido como James Clayton Vaughn Jr. (Mobile, 13 de abril de 1950 – Bonne Terre, 20 de novembro de 2013), foi um supremacista branco e serial killer estadunidense. Franklin ficou célebre por seu ataque proferido contra o fundador da revista pornográfica Hustler, Larry Flynt. Responsável por vários homicídios, foi condenado a seis penas de prisão perpétua e a duas penas de morte.

Em 1978 tentou matar a tiros o fundador da Hustler porque um exemplar da revista exibia fotografias de casal inter-racial; numa declaração em 2013 ele justificou-se, declarando: "Aquilo me deixou doente. Acredito que brancos se casam com brancos, negros com negros, indígenas com indígenas. Orientais com orientais. Joguei a revista no chão e pensei: vou matar aquele cara". Como consequência do ataque Flynt ficou com paralisia da cintura para baixo, o que fez com que declarasse durante seu processo onde defendia a liberdade de imprensa (assegurada pela Primeira Emenda à Constituição dos Estados Unidos): "Eu até levei um tiro pela Primeira Emenda"; apesar disso, Flynt se juntou à American Civil Liberties Union contra a execução de Franklin.

Ele também confessou haver atacado a tiros o ativista dos direitos humanos Vernon Jordan, em 29 de maio de 1980, após tê-lo visto caminhando com uma mulher branca em Fort Wayne. Seu número total de vítimas fatais não ficou conhecido, mas o Federal Bureau of Investigation (FBI) estima que na mais de uma década de ação ele tenha praticado mais de vinte homicídios e ferindo com gravidade outras seis, vitimando homens, mulheres e crianças.

Biografia

James Clayton Vaughn Jr. nasceu numa pequena cidade do Alabama, filho mais velho de James Clayton Vaughn Sr. e Helen Rau Vaughn, e teve por irmãos Carolyn, Marilyn, e Gordon. Seu pai era um veterano da 2⁰ Guerra Mundial e trabalhava como açougueiro, havendo abandonado a família quando Franklin tinha a idade de oito anos. Sua irmã Carolyn relembra que seu pai "sempre que vinha nos visitar, nos batia" e que sua mãe o mandara duas vezes para a prisão por embriaguez em público. Já a mãe de Franklin fora descrita por um amigo da família como "uma alemã de sangue puro, uma senhora realmente rígida e perfeccionista. Nunca a vi bater em nenhum [de seus filhos], mas eles me contaram histórias".

Franklin afirmou mais tarde que raramente tinha o suficiente para comer e que sofrera graves abusos físicos, quando criança e que sua mãe "não se importava [com ele e os irmãos]". Ele alegava que esses fatores afetaram seu desenvolvimento emocional e disse que havia "sempre ficado dez anos ou mais que outras pessoas na sua maturidade".

No ensino médio teve seu interesse despertado para o cristianismo evangélico e, depois, pelo nazismo a ponto de mais tarde se tornar um membro do Partido Nacional Socialista do Povo Branco e da Ku Klux Klan; ele acabou então mudando seu nome para "Joseph Paul Franklin" como homenagem a Paul Joseph Goebbels e a Benjamin Franklin. Em 1960 ele se inspirou a começar uma guerra racial após ter lido a obra Mein Kampf, de Adolf Hitler: "Nunca me senti assim em relação a nenhum outro livro que li" – declarou mais tarde – "Tinha algo estranho naquele livro". No início dos anos 1970 Franklin viajou numa excursão para conferência do Partido Nazi Americano na Virgínia com David Duke (então um estudante) e Don Black, e os três ficaram bastante próximos.

Após sofrer uma grave lesão no olho ele abandonou o colegial e se casou, em meados da década de 1970; marido abusivo, passou a acumular pequenas infrações legais. Nesse período aprofundou sua participação em grupos segregacionistas, mas acreditava que eles não eram o suficiente para dar vazão ao seu ódio pois queria partir ao ataque e "não apenas ficar sentado reclamando" e, agindo, incitar os demais supremacistas a também fazê-lo.

Imbuído de tal propósito, no Dia do Trabalho de 1976 ele realizou seu primeiro ataque ao borrifar com gás lacrimogêneo um casal interracial em Atlanta de forma que, no ano seguinte, realizou seus primeiros ataques fatais no ano seguinte e, vivendo de forma errante, permaneceu impune até que finalmente foi preso.

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