A Enfermidade De Loki

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Era muito tarde, quando o Deus do trovão caiu em sono profundo, vencido pelo cansaço da longa viagem. Embora este tenha sido um sono inquieto. Não houve pesadelos, mas a sensação de que algo não estava certo tirou o sossego do primogênito de Asgard.

Por volta das seis da manhã, Thor despertou, mas não se levantou, continuou a repousar sobre a enorme cama, esfregando os olhos com as mãos e bocejando. Tentou voltar a dormir, mas esta tarefa lhe pareceu impossível, mesmo antes de despertar, sua mente não parou um único segundo de pensar sobre a noite anterior.

O quê aconteceu enquanto ele estava fora? Jane Foster, assim como sua mãe e pai pareciam perfeitamente bem fisicamente, exceto que, desde seu retorno ontem à tarde, não viu ele em lugar algum. Algo teria acontecido a ele? Não é como se Thor se preocupasse com coisas referentes a tal pessoa, mas ontem sua mãe parecia devastada. Decidido a não esperar mais, o loiro se levantou, lavou o rosto, vestiu sua capa e apanhou sua adaga, assim como o martelo, apenas por precaução, e saiu do quarto em busca de respostas. Não foi necessário se trocar, pois acabou dormindo vestido noite passada, com exceção das botas.

Sorrateiramente, o loiro seguiu direto para o único lugar onde encontraria o que desejava.

Alguns corredores mais tarde, Thor se viu parado em frente a duas grandes portas de carvalho, exatamente iguais a todas as outras da Fortaleza Dourada, exceto que quando Thor tentou abri-las, ele não conseguiu. Com um pouco mais de força, ele girou a fechadura e empurrou a madeira, mas nada aconteceu. Já sem um pingo de paciência, Thor se afastou e deu um grande chute na porta, usando toda a força, e novamente quando nada aconteceu, o Deus usou Mjölnir, que estava sempre pendurado em sua cintura, contra a resistente porta. As dobradiças da porta tremeram, mas outra vez nada aconteceu. Uma barreira mágica o impedia de entrar. Uma que não respondia ao seu Seiðr.

- Loki! - Thor berrou, uma, duas, três, quatro vezes, todavia não obteve nenhuma resposta e assim desistiu. Ninguém o ouviu gritar, pois só Loki habitava aquele longo corredor.

Seu coração se agitou com as possibilidades, mas o Deus manteve a cabeça no lugar. Felizmente, Thor tinha um plano B, alguém que lhe daria todas as respostas.

Era muito cedo e todos os deuses em Asgard ainda dormiam, com exceção de um; Heimdall, o guardião dos Deuses e guardião da Bifrost. Aquele que tudo vê. Ele nunca adormece, sempre vigilante.

A Bifrost estava longe do Palácio para ir andando, mas Thor tinha Mjölnir, seu poderoso martelo que o acompanha em todos os lugares. Thor o tirou do cinturão outra vez e o girou no ar, e em poucos minutos estava pousando sobre a ponte do arco-íris.

- Eu sabia que você viria.

Disse Heimdall, quando Thor aterrissou ao seu lado. Porém, desta vez não houve abraços como ontem quando o loiro retornou a Asgard. Heimdall estava tão rígido quanto uma montanha.

- Então você também deve saber o motivo da minha visita - Falou Thor, enquanto guardava o martelo. O vento estava forte naquela manhã, batendo com força em seu rosto e arrepiando sua pele, mesmo coberta. O príncipe Asgardiano olhou para os céus, em busca do sol, mas este não estava ali há muito tempo, e em seu lugar existiam nuvens densas e escuras. O loiro suspirou, fez muito isso desde que retornou.

- Sim.

- Então me diga, por favor, amigo, me diga o que realmente está acontecendo aqui. Você é o único que pode me dizer a verdade - Thor começou a implorar e Heimdall colocou a mão em seu ombro.

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