DesCulpa

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Anteriormente

Dias depois

Com o passar dos dias, a raiva de Donna foi substituída pela culpa, ela amava o Harvey e sabia que era injusto deixar ele acreditar que o Taner era pai dele, mas ela estava com medo de contar e piorar as coisas com ele, e tudo ficou ainda pior quando Henry voltou da casa de Lilly.

– Henry não esquece de pegar o casaco pois vai fazer frio... – Donna gritou para o menino que ainda estava no quarto.

– Eu deixei na casa do Harvey. –  Henry falou quando ele entrou na cozinha .

– Hummm... – Donna falou enquanto terminava de fazer o lanche do filho.  – Você tem vários outros casacos, pega qualquer um...

– Mas eu quero aquele. – Henry disse emburrado. – Podemos ligar para ele ir levar para mim...

– Filho... – Donna suspirou.

– Assim eu podia perguntar se posso dormir lá com o sucrilho hoje, eu sinto que ele está triste. – Henry argumentou.

– Você viu o sucrilho ontem. – Donna falou.

 – Antes de viajar para a vovó Lilly,  Harvey me disse que ia chamar a gente para morar com ele e então agora ele não vem mais aqui e eu não posso mais dormir lá..... – Henry falou.

– Querido,  as coisas mudaram... – Donna falou.

–O que mudou?  Você contou para ele? – Ele questionou.

–  Não amor, ainda não, nós brigamos e eu estou esperando o melhor momento..... – Donna suspirou. – Eu vou falar com ele prometo! Mas temos que sair em cinco minutos ou você irá se atrasar para o passeio.... 

 O menino não disse nada mas, o olhar que ele lançou para ela, foi o mesmo que ela deve ter lançado ao pai quando descobriu que ele tinha perdido tudo e isso matou ela. Donna pegou sua pasta, ajeitou sua roupa pela ultima vez olhando no grande espelho que tinha na sala e então eles saíram.  

– Henry, eu sei você está chateado comigo..... – ela falou mas o menino fingiu que não escutar. – Filho...

–Por que você brigou com ele? – Henry perguntou.

– É complicado. – Donna disse.

– Você só sabe falar isso, tudo para você é complicado. – Henry gritou.

– Você não entende porque é muito pequeno. – Donna disse.

– É isso que você sempre diz, eu posso ser pequeno mas eu sei que mentir é errado e você fez todo mundo mentir para ele e isso é errado. – Henry disse muito chateado.

– Eu fiz isso para te proteger. – Donna respondeu perdendo a paciência.

– Mentira! – Henry respondeu agressivo – Eu odeio você, odeio que você me fez mentir para ele, por sua culpa ele não gosta mais de mim.

– Henry... – Donna estava sem reação.

– Por sua culpa, todo mundo vai se afastar da gente ou vai embora, como o vovô Jim, a Vovó Clara, o Petter,  o tio T  e até o Brandon deixou de ser meu amigo por sua culpa. – Henry disse com raiva. – Eu queria que você fosse presa igual a ele e nunca mais te ver! – Henry falou no auge da fúria secando as lágrimas que caiam do rosto dele.

Donna não conseguiu responder, apenas deixou as lágrimas ciarem pelo rosto dela. Quando ela parou em frente a escola,  ela tirou Henry da cadeirinha, mas ele nem olhou para ela, aquilo partiu ainda mais o coração dela. Ela ficou lá juntos com alguns pais e babás que esperavam as crianças saírem para o passeio. Na hora marcada, o ônibus saiu, Donna acenou para Henry mas ele olhou e depois virou o rosto, sem acenar de volta ou mandar beijos como fazia sempre.

Prisão do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora