Especial 10K: The Limited Colors Of Hiraeth

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Olha só, quem é vivo sempre aparece >_>

Eu vim aqui primeiramente para agradecer a todos aqueles que leram, votaram e comentaram na fic e me ajudaram a chegar até esse marco (que sinceramente achei que não aconteceria), mas graças a vocês aconteceu e de verdade eu leio cada comentário deixado aqui e sempre me divirto demais e me alegro sabendo que vocês gostaram dessa pequena história colorida.

Então por isso decidi fazer esse curto especial para todos vocês, mas principalmente aqueles que gostariam de saber como a Chae seguiu em 2020. Logo, digo se preparem, nem tudo é um mar de rosas.

Para os que gostam de ler com música eu recomendo "Die First - Nessa Barrett"

Boa leitura e espero que gostem <3
Usem #ColorsMichaeng pra comentarem no tt, bjs.

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Seul - Coréia do Sul, 24 de abril de 2023

O cheiro do expresso inundava a imensidão cinza daquele apartamento, ocupando-o quase por completo, mas a mulher que o fizera não se importava, afinal o aroma cafeinado a agradava. Son estava sentada próxima ao balcão gélido, encarando a tela luminosa de seu computador por horas a fio, ignorando quaisquer distrações e isso incluía as diversas chamadas perdidas de sua, ainda, noiva.

O olhar da coreana corria pelos cantos escuros ou pouco iluminados do loft que por muito tempo havia sido seu lar, porém não agora. As memórias de uma certa japonesa pareciam ainda mais lúcidas quando as lágrimas banhavam seus olhos. Era como se aquele amor estivesse ali, segurando seu ombro e fazendo Chaeyoung vislumbrar todas as boas lembranças que havia feito com seu amor verdadeiro, único. A morena sentiu um arrepio subir por sua espinha assim que seus olhos passaram pelo quadro rosado, lembrando do quanto aquela cor havia se apagado nos últimos anos.

– Me desculpa... — Suplicou a si.

A coreana não tentou segurar as lágrimas que, agora, desciam sua face carregada de olheiras. Havia semanas que a mulher não tinha uma boa noite de sono, seus pensamentos eram entulhados de cores horrendas e desconexas que a impedia de fechar os olhos por mais de poucas horas. Não entendia o porquê daquelas lembranças estarem vivas em sua memória novamente.

Já haviam se passado 3 anos desde que Myoi se foi, três longos anos.

~ Dallas, Texas 25 de agosto de 1945 ~
"It'll be okay"

O reflexo na janela mostrava um homem perdido em seus próprios pensamentos e dilemas, esses que o assombram há anos. Longos trinta e dois meses sem aquele que aquecia seu coração gélido. Nunca havia imaginado que perdê-lo doeria tanto, sabia que existia a possibilidade de voltar para casa sem os olhos brilhantes juntos aos seus, mas após longos anos ao lado de Michael sua vida foi banhada da mais clara esmeralda.

Esperança.

E lá estava Charlie, parado em frente a casa que antes pertencia ao amor de sua vida. Não queria voltar a encarar as lembranças rubras de seu amor, não queria encarar a bandeira americana dobrada em suas mãos junto ao medalhão dourado. Porém o texano havia prometido ao amante que daria essa notícia a família do mesmo.

– Michael, quanto tem... — A mulher cortou a própria fala ao notar a postura séria do homem à sua frente, que não havia notado a mesma abrir a porta. — Não...

– Eu sinto muito Suzan... — A voz grossa saiu entre um soluço quase inaudível, segurando para não deixar as lágrimas tão conhecidas inundaram seu rosto mais uma vez nestes anos.

~ Afterlife ~ MichaengOnde histórias criam vida. Descubra agora