Capítulo 25

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Julia

🏈

A boca de Atlas se assenta na minha como um encaixe de milhões de pecinhas perfeitas, é quase como algo perfeito demais para ser citado ou explicado, seu beijo é carinhoso, e saudoso, é quente e doce. Tem gosto de casa e de algo que não consigo lembrar

Não quando sua língua escova a minha me tragando um pouco mais para o fundo, me puxando tão lentamente que não sinto a queda, apenas Atlas. Apenas ele, tocando em minha cintura, em minhas pernas, em minha bochecha, em meu queixo

Minhas mãos também estão ávidas para descobrir, para tocar e saber que é real. Eu ainda não consigo acreditar nisso, em nós dois. Mas eu o toco para saber que ele está ali, que está sentindo o mesmo que eu. Desço a boca para beijar um ponto em seu pescoço e sinto sua respiração tropeçar e voltar ao normal

- Julia - ele sussurra em meu pescoço sua mão oscilando na barra do meu top, mordo levemente seu queixo como em consentimento e ele entende. O top sai, os olhos de Atlas me devoram. Fecho os olhos quando ele me gira e os abro assim que sinto sua boca deixando uma trilha de beijos doces em meu pescoço indo em direção ao meu sutiã

Suspiro quando ele o tira sentindo sua boca descer sobre ele com beijos suaves, apenas testando, suspiro estremecendo e ele chupa a pele fina arrancando um ofego rápido. Lambo o lábio inferior e ele sobe me beijando de novo, sorrio quando encontro os botões de seu colete e arranco de um por um até que só reste a camisa branca por baixo.

Atlas beija o canto de minha boca e eu me inclino sobre o toque, o olho observando seus movimentos para tirar sua camisa e pisco lentamente. Eu estava ficando bêbada de seus toques, viciada em seus beijos, ansiosa por cada investida, por cada movimento tão pensado e incrivelmente surpreendente

Toco seu rosto quando ele volta para mim e ele se inclina roçando seu nariz no meu

- Esse sentimento... Nunca foi assim - sussurro e ele fecha os olhos assentindo, sua boca quente pousa sobre mim, apenas roçando lentamente

- Até você aparecer - ele termina e eu também fecho os olhos

Porque estávamos nos encontrando no escuro. Beijos, carícias, roupas saindo, movimentos confusos. Atlas se inclina sobre mim sua mão descendo e subindo no lado interno de minha coxa antes de finalmente tocar o lugar que pulsa por ele. Arqueio consentindo, arqueio pedindo mais, e ele entende, ele sorri e me beija de novo

Porque nunca parecia o suficiente

Porque estávamos desesperados por isso

Puxo seu corpo, tocando sua bochecha, sua boca, seu nariz, seu queixo, beijando cada centímetro como se para marcá-lo em meus lábios, seu gosto, a sensação de sua boca na minha. Sua cintura oscila em apenas um movimento, abro os olhos pegando o seu olhar em mim e com lentidão o acolho em mim

Ele desliza em um só movimento e eu solto um gemido inclinando meu pescoço quando sua boca pousa em um ponto pulsante. Minha cintura salta para cima o encontrando em uma sincronia perfeita, suspiro quando suas mãos encontram as minhas e as enlaçam em um aperto íntimo demais, apertado demais para escapar.

- Julia - ele suspira em minha boca desacelerando apenas para aumentar os movimentos de novo

- De novo - eu peço e ele chupa meu lábio inferior fazendo o mesmo movimento

- Julia, Julia, Julia - ele suspira de novo e de novo, como uma canção, como letras dispersas em um diário, cada qual com seu significado, cada qual com sua própria história.

Arquejo por ar caindo em direção a terra e o vejo indo logo atrás de mim, me pegando no meio do caminho, me puxando para seu peito quente e suado. Mordo o lábio inferior me lembrando de inspirar e expirar lentamente

ENDZONE: Sem RegrasOnde histórias criam vida. Descubra agora