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🌷Bárbara Passos🌷

Abro os olhos encarando a parede branca do quarto, me movo e sinto o lençol roçar contra a minha pele nua.

Ok. Acordar nua na cama do Victor com certeza não fazia parte do acordo mas aqui estou eu.

Foi muito divertido ontem no pub, a gente não ficou até tarde porque o Victor não curte muito, Tainá e Lucca ficaram e até fizeram amizades novas.

Não me apresso em levantar pra fazer café porque é sábado e eu não trabalho.

Viro pro lado e noto que o Victor ainda tá dormindo, geralmente ele acorda bem antes de mim.

Ele tá deitado de barriga pra baixo com o lençol tapando a bundinha bonita dele.

Fico paradinha observando ele dormir, como a tapada que sou não consigo controlar e estico a mão para fazer carinho no cabelo. Fico fazendo carinho por uns 5 minutos até ele abrir os olhos e me encarar.

— bom dia - dou um pequeno sorriso.

Victor não me responde só afunda a cara no travesseiro, ele não tá acostumado a ficar acordado até tarde.

— acho que você devia abdicar da sua regra de nada de cafeína, isso vai te ajudar a acordar.

— nada de cafeína - ele murmura voltando a me olhar - bom dia.

— tá bom, vou fazer o café da manhã.

— não. Hoje é meu dia de fazer, só espera mais 5 minutinhos.

— tá bom- dou risada- você parece um senhor que passou da hora de dormir.

— deixa de ser má.

Estico a mão pegando a blusa do Victor que tá jogada no chão e coloco ela antes de ir pro banheiro, faço xixi, lavo o rosto e as mãos. Quando saio do banheiro Victor levanta e vai fazer a rotina dele no banheiro, no tempo que ele fica no banheiro eu forro a cama.

Depois nós dois descemos pro primeiro andar, fico sentada enquanto ele prepara o café.

— pode ser torrada ? Acho que você já tá cheia das minhas panquecas.

— por mim tá ótimo.- fico totalmente concentrada observando o Victor no fogão.

Ele só tá fazendo ovos mexidos mas é como se eu estivesse assistindo um filme super empolgante porque mal consigo piscar.

— você devia parar de tomar tanto café, Babi.

— não dá, meu bem. Se eu parar você vai morar com um zumbi.

— que exagero- ignoro e tomo mais um gole do meu cafezinho.

— hmm, o cheiro tá ótimo.- amo ovos mexidos com bacon.

Depois de preparar tudo ele ainda botou tudo na mesa bem bonitinho, Victor é bem organizado.

Estávamos tomando nosso café na calmaria quando escutamos um barulho da porta de entrada.

— Lucca tá em casa - murmuro confusa

— vou dar um olhada- ele fica de pé- fica aqui.

— até parece - fico em pé - mas você vai na frente, qualquer coisa eu te uso de escudo.

Victor vai até na frente da escada e a gente tem uma vista perfeita da porta de entrada.

— alguém pode abrir pra mim? Não tem chave na porta....

— Tai ? - pergunto confusa.

— oi Babis- ela da um sorriso totalmente sem graça.

PUTA MERDA!

Olha só que menina safada. Nem precisei falar do boquete pra ela dar uns beijinhos no Lucca.

— a chave tá nesse potinho aí do lado - Victor avisa- hmm, você quer torrada com ovos mexidos?

— ah, eu ...

— vai de uma vez  pra cozinha, Maria Tainá. Todo mundo aqui já sabe o que você fez na noite passada e é muito feio sair escondida.

Ela passa por mim e pelo  Victor com a cara de quem foi pega no flagra.

Meu marido me encara meio sem jeito.

— o que ? As pessoas transam- dou de ombros.

—então tá - vou pra cozinha e ele me segue.

Nós três sentamos para tomar café  e eu não sei quem está mais constrangido, meu marido ou minha melhor amiga.

Mas a situação consegue ficar mais vergonhosa ainda quando o Lucca entra na cozinha.

— bom dia.- bom, pra ele não tá nada constrangedor.

Deve ser estranho pro Victor porque o Lucca nunca trouxe mulher pra cá, obviamente trouxe a Tai porque sabia que o Victor não ia brigar porque é a minha amiga.

—  hmm, Victor fazendo café pra todos- ele senta do meu lado- por que você não casou com ele antes? - ele beija a lateral da minha cabeça.

Certo. Optamos por fingir que nada aconteceu.

Tudo bem se a Tai não falar é melhor ainda, assim ela não vai poder me cobrar informações.

                                          ***

Minha segunda feira começou de um jeito horrível. Tive que vir pro Texas pro primeiro encontro com o juiz.

Minha mãe já chegou toda irritada botando defeitos em tudo.

— não tem necessidade de levar ele pra outra cidade, ele tá muito bem comigo.

— vai ser uma escolha dele, Livia. Se ele não quiser ir é só informar para o juiz e ponto final.

— o que foi ? Acha que vai conseguir?

— vamos deixar isso nas mãos do juiz e do Arthur.

— você já tentou isso antes e  não conseguiu.

— eu tenho um advogado bem melhor  e a situação não é mais a mesma.

— um marido rico não vai mudar a situação,

— mudou pra você- perco a paciência- não quero que meu marido sustente o meu irmão,  eu posso muito bem fazer isso sozinha. Não é esse tipo de apoio que quero do Victor.

— hmm, vou fingir que acredito.

— nunca precisei do dinheiro de ninguém, nem do seu. Já você ....

Paro o bate boca quando sinto o abraço de lado, reconheço o toque do meu irmão de longe

— tava com saudades, Bibi. Victor não veio?

—não, ele tem treino. Você sabe como é complicado faltar.

— eu sei, os treinos são bem importantes ainda mais em uma liga profissional. Não gosto de faltar nos meus.

— hmm. Você sabe que se eu consegui sua guarda você vai comigo pra Boston, né ? Vai ter que largar o seu time atual.

— eu sei. É complicado mas se for pra ficar com você eu aceito.

— eu amo muito você, Thur. E  espero que isso de certo.

— vai dar e eu também te amo muito, Bibi.

Realmente espero que dê tudo certo.

O contrato Onde histórias criam vida. Descubra agora