CAPÍTULO 6

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E V A N G E L I N E

Estou desesperada, olhando todas as pessoas e o barulho enorme no lugar. Poderia vomitar agora mesmo, com tanto medo que sinto, e meus protestos parecem agradar, enquanto gritam frases grosseiras, e dizem valores aleatório.

— 20 moedas de cobre! — um grita, e vejo um velho empurrar e dar dois passos à frente me olhando como se eu fosse sua próxima refeição. 

— Dou 10 moedas de prata! — o velho sorriu de lado, e vejo alguns desistirem, e outros apenas olhando com resignação, se dando por vencidos. 

— Mas alguém?! — a mulher ao meu lado grita empolgada. — Alguém?! — meu corpo treme, e sinto que não consigo mais manter meus olhos abertos. — Dou-lhe uma! — as pessoas gritam, como se estivessem em uma festa bonita. — Dou-lhe duas! — minhas pernas pesam, e quero morrer por isso, porque estou entrando em pânico total. 

— Uma moeda de ouro, pela mulher. — A voz eu conheço bem, e sinto o alívio escorrer por meu corpo, e meus joelhos vão com força ao chão, cedendo como se um peso de uma tonelada fosse tirado de mim. 

— Vendida por uma moeda de ouro! — Eleonor gritou, e ouvi o alvoroço de comemoração e gritaria. — Venha! Parece que o caçador de arrematou. Já viu! O que você não deu a ele em dois anos de casamento, agora ele comprou. Sua boceta é valiosa, garota. Vai ser muito requisitada aqui.

Quase ri, porque estou tão aliviada. Quando vejo o Gregório me esperando na porta ao lado do bordel, faço o que jamais imaginei. Corri, me jogando em seus braços, e deixando as lagrimas de desespero se esvair, sem me importar por ele não corresponder ao abraço.

— Metade agora, metade depois. — Entregou o saco de moedas a mulher. — Tem cinquenta de prata, aí. — Sua mão envolveu meu braço, e sem dizer mais nada, fomos em direção a pousada.

— Obrigado por isso. — Agradeço, sentindo-se injetada de alívio. 

— Não me agradeça ainda. — Ao chegamos na hospedagem, ninguém ousou pergunta nada, enquanto íamos pelas escadas.

Quando entramos no quarto, Gregório apressou em se despir, e totalmente agradecida por ter me salvado, também me vejo tirando minhas roupas em silêncio, agora tendo seu olhar sobre mim. Quero ser dele, quero que me perdoe e me aceite de volta, porque imaginar ele com minhas irmãs, me causa uma dor quase física. Eu sei que é ciúmes, e me sinto com raiva de mim por isso, porque, sempre tive esse homem a minha disposição e nunca senti isso antes. 

— Se banhe. — Apontou a banheira, e me vi caminhando até ela e entrando, sentindo o arrependimento de não ter feito isso a uma semana atrás, ou até mesmo antes. — Se limpe bem. — Me sinto envergonhada com seu comentário, mas não protesto, porque realmente me sinto suja, após está naquele lugar, com todas aquelas pessoas me tocando como se fosse um animal a venda.

Gregório se sentasse próximo a borda da banheira, e olha cada movimento meu, em me limpar. Seus olhos vidrados, e narinas dilatadas, não se importando de deixar seu enorme volume a minhas vistas, erguendo o tecido da sua roupa íntima. Ele pega mais água em uma jarra e derrama sobre minha cabeça e cabelos com cuidado, deixando a limpeza no caminho. 

— Irá se banhar também?! — me ofereço para ajudar, e ele nega.

— Já tomei. — Levantou-se, e me estendeu a mão para que levantasse da banheira, sempre sobre seu olhar analítico. — Perfeita. — Sussurrou, seus dedos deslizando suavemente do meu pescoço, em direção aos seios.

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