CAPÍTULO 2

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G R E G O R I O

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G R E G O R I O

Retorno da caçada, completamente exausto, e apenas o pensamento que terei que aguentar os dramas da Evangeline, me faz querer voltar a caça. Disponho da caça tratada, meu arco e lanças no pequeno galpão ao lado da cabana, e caminho a passos largos até a entrada, querendo sair do frio dos últimos três dias. Fui até outra vila investigar alguns ataques suspeitos, e na volta caçamos provisões para um pouco além no inverno que se aproxima. Ainda não é o suficiente, porém, nunca fico realmente recluso em casa durante as temporadas geladas, e se ficamos, tenho rebanhos com carne demais para apenas duas pessoas.

— Mulher?! — chamo, e vejo ela vindo com um sorriso nervoso em seus lábios.

Olho ao redor, a casa está bastante limpa, e Evangeline está banhada e com seus longos cabelos vermelhos em uma trança. Minha esposa é linda, porém a cada dia que passa, me sinto mais desejoso de devolver a seus pais e cobrar nossa dívida, antes que eu enlouqueça e faça uma merda que jurei nunca fazer. Posso sentir o cheiro no ar, e não é apenas dos pães frescos e quentes, eu sinto cheiro de trapaça e em algum lugar no meu amargo, talvez bruxaria. 

— Oi marido! Como foi a caçada?! — sem que eu pedisse, começou a me ajudar a desprender as capas, e retirar do meu corpo.

— Boa. — Não respondo mais que isso, porque ela está estranha. — O que você fez de errado?! Por que está com esse sorrisinho nos lábios?! — aperto seu queixo, levantando seu rosto para inspecionar.

Minha mulher nunca me recebeu sorrindo, e não vou engolir essa merda tão facilmente. Ainda quase não passei da soleira da porta, e já percebi mais coisas "boas" vinda facilmente até mim, que em todo o nosso maldito casamento, e tão certo como o sol é bom, sei que ela está aprontando. 

— Eu não fiz nada. — Retirou o rosto de entre minhas mãos, e fez um bico emburrado que me faz hesitar e duvidar.

— Se eu descobrir que está tendo outros machos, juro pelos deuses Evangeline, eu arranco sua cabeça fora. — Prometo, e vejo ela tremer de medo. — Confesse agora mesmo! Sei que está escondendo algo. — Grunhi, tentando me segurar para não fazer uma merda.

Imaginar ela com outro, é algo tenebroso. Ela é MINHA esposa, e não importa que seja incompetente como dona de casa, ela é minha, e enquanto for assim, não quero que nenhum projeto de homem ao menos pense em tê-la, porque seria capaz de dizimar o maldito bastardo e fazê-la minha mulher no maior sentido amplo da palavra, como apenas uma maldita propriedade que seus pais me passaram como se não valesse mais do que alguns quilos de carne. 

— Juro que não estou escondendo nada. — Seus olhos se encheram temerosos, e tive a certeza de que estava mentindo. — Por favor marido. — Implorou, com seus lábios trêmulos e assustados, que me deixam querendo beijá-la.

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