Capítulo 1

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Olá, preparando essa história, eu me vi há alguns anos atrás em que me preparava arduamente para o dia do meu aniversário e esse ano consegui. É tão gratificante estar aqui com vocês mais um ano ou em mais um começo dessa minha longa trajetória aqui na pad;

 Hoje lhes deixo esse San Roman que escrevi com esmero durante vários dias e, eu espero que gostem. 

Agosto é o meu mês🎁

Cinco para as duas da tarde, e Maria tocava mais uma campainha em busca de emprego. Tinha as solas dos pés ardendo de tanto andar, encostou-se no muro respirando fundo e ouviu a fechadura sendo destrancada. Aprumou-se rapidamente e olhou para a senhora que a mediu dos pés à cabeça.

— Em que posso ajudá-la?

— Me desculpe pela hora, mas estou aqui pela vaga... — apontou para a placa.

— E quantos anos tem?

— Vinte e cinco, senhora. — apertou as mãos à frente do corpo.

— E sabe fazer tudo dentro de uma casa? — cruzou os braços.

— Sei limpar, lavar, passar e ainda cozinho. — apressou-se em contar. — Eu só preciso de uma chance.

— Entre e vamos conversar. — deu espaço para Maria que entrou. — Me chamo Alba e sou tia do dono. — apresentou-se.

— Maria Fernandes para servi-la. — deu um meio sorriso.

— Você mora perto ou longe daqui? — entraram na cozinha.

Maria olhou ao redor se perdendo na conversa com o tamanho daquele lugar. Era uma cozinha toda equipada em tons claros, tudo cheirava a limpeza e chegava a brilhar. Alba chamou sua atenção e a morena a olhou novamente.

— Me desculpe, a senhora dizia? — Alba voltou a perguntar a ela que concordou. — Moro um pouco longe, mas consigo chegar no horário.

— Se te contratar, você terá que dormir aqui. — foi firme.

— Senhora...

— Há algo que te impeça? Filhos? — sentou-se e estendeu a mão apontando a cadeira em sua frente.

— Eu tenho uma bebê de quatro meses... — queria poder mentir, mas aí não conseguiria estar com sua menina durante dias. — Eu sei que provavelmente não vá me aceitar por ela ser tão pequena, mas é por ela que estou batalhando todos os dias por emprego. Meu aluguel está pra vencer e logo estarei na rua. — os olhos se encheram de lágrimas. — Nenhuma casa quer uma empregada com filho, e sendo tão pequena é duas vezes mais difícil.

— Maria, eu deveria mentir e dizer para aguardar uma ligação minha, que nunca aconteceria. — foi sincera. — Você me parece uma jovem esforçada...

— Então me dê uma chance! — a cortou e segurou suas mãos. — Estrela não irá atrapalhar meu desempenho. Ela dorme muito bem e só irei parar minhas obrigações para amamentá-la, por favor, senhora Alba. — uma lágrima escorreu por sua bochecha.

Alba queria ser imparcial e não deixar que seu coração falasse por si, mas já era tarde demais.Ela segurou uma mão de Maria. Um minúsculo sorriso se formou em seu rosto e a morena se encheu de esperanças.

— Isso é um sim? — sorriu mais largamente.

— Te deixarei à prova por quinze dias, mas não posso te garantir nada. Meu sobrinho não é um homem de ceder.

— Só em me deixar tentar já vale muito pra mim. — sorriu mais ainda. — Quando posso começar?

Alba sorriu. Ela parecia tão pura, inocente, que seu coração pediu que a ajudasse, mesmo sabendo que seu sobrinho não iria gostar, mas não podia deixar aquela jovem sem teto e com um bebê.

Minha Estrela perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora