Capítulo 6

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Olá bonitas, ontem a plataforma estava ruim e eu não quis arriscar colocar o capitulo e ninguém ver!!! Um beijo e até o próximo!!

***

Maria tinha uma agilidade impressionante na cozinha e ao invés do café, preparou o almoço para todos. Alba percebeu o quanto Estevão estava distante e tentou tirar algo dele, que se justificou dizendo não ter dormido direito à noite pelo choro da menina.

O almoço foi servido e todos se sentaram ao redor da mesa. Maria tinha a mesma cara que Estevão e o único que queria era sair dali e não ter que olhar nunca mais nenhuma daquelas pessoas. Bruno que observava tudo resolveu quebrar o silêncio.

— Em que trabalha, Maria?

— Eu sou...

— No momento ela só cuida da nossa filha! — Estevão a cortou e o respondeu.

— Mas ao menos estudou? — deixou o garfo no prato.

Maria pôde notar o sorriso silencioso no rosto das três mulheres à sua frente, mas apenas respirou fundo e o respondeu:

— Sou formada em economia, falo inglês e francês. — pôde perceber a surpresa no rosto de todos. — Acharam mesmo que eu era somente uma pobre coitada que estava aqui para dar o golpe do baú? — riu. — Sinto em decepcionar todos vocês.

Todos estavam realmente surpreendidos por saber que ela era formada, Estevão e Alba estavam ainda mais. Ela era uma simples cozinheira em sua casa, mas poderia ser muito mais se quisesse e não entenderam o porquê de ela não estar em um emprego melhor. Maria olhava para Bruno a espera de outra pergunta, mas não veio e ela voltou a seu almoço. Não permitiria que nenhum deles a ofendesse.

O almoço seguiu e terminou em um completo silêncio. Maria aproveitou que Estrela dormia e saiu para tomar um pouco de ar. A chuva tinha cessado, mas o céu ainda continuava cinza e pronto para molhar mais a qualquer momento. Estevão a seguiu sem cerimônia alguma no caminho que dava para o riacho e a segurou.

— Não é bom ir longe. — a tinha bem perto.

— Eu não vou longe. — se soltou de sua mão. — Por que está me seguindo?

— Quero falar com você! — respirou fundo.

— Se for sobre...

Estevão a calou com um beijo e ela o correspondeu de imediato. Ele beijava tão bem que se pudesse não o soltaria mais, mas sua realidade era outra e a morena o soltou. Ofegou e passou a mão nos cabelos.

— Eu não vou ser o seu brinquedo, Estevão! — afirmou.

— E quem te disse que quero isso? — falou indignado.

Ela riu com sarcasmo.

— É só olhar para nós dois, Estevão! — apontou de um para o outro. — Eu sou sua funcionária, temos um acordo para tirar aquela mulherzinha do seu pé, mas ela não me parece uma pessoa que desiste fácil do que quer.

— Ela não me importa e nunca me importou. — foi sincero.

— E eu te importo ou vamos viver uma mentira até que se canse e coloque outra no meu lugar? — cruzou os braços.

— Por que estamos discutindo? — se aproximou mais dela. — Somos dois adultos com desejos e isso não quer dizer que tenho que me casar com você, ou sim?

Maria olhou para o outro lado, molhou os lábios e pensou em algo que pudesse afastá-lo de uma vez por todas, mas ele foi mais rápido e a segurou pelo rosto.

— É isso que quer? — manteve seu olhar no dela.

— Não! — negou. — O que eu quero é que se afaste. Eu tenho uma filha que é a minha prioridade e se eu perder esse emprego vamos viver na rua.

Minha Estrela perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora