Capítulo 14

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Olá, Olá... Sem delongas, um bom capitulo para vocês.

Estevão passou quase duas horas ninando Estrela até que se levantou do chão, subiu até o quarto, a colocou dentro do berço e ali ficou ainda por um tempo a admirando ressonar. O celular tocou o tirando de seus pensamentos, saiu para o corredor para não acordá-la e atendeu.

— Estevão, você está bem? — a voz de Alba era preocupada.

— Eu estou bem. — foi monossilábico. — Ela já acordou?

— Acordou chamando por você, mas voltou a dormir novamente. — a mais velha contou. — Onde você está? — não o queria sozinho por saber o quanto era impossível.

Estevão passou as mãos no cabelo, estava cansado, com dor nas costas por ter ficado tanto tempo na mesma posição e precisava urgentemente de um banho.

— Estou em casa. — Estevão falou.

— Você não...

— Tia, eu estava com a minha filha. — a cortou antes do sermão. — Eu não vi Helena e ela não me importa em absoluto agora. — foi simples.

— Eu fico mais tranquila ao te ouvir. — Alba suspirou. — Você volta ainda hoje?

— Eu só vou tomar um banho e chego aí. — informou. — Assim a senhora vem para casa e fica com Estrela.

Alba concordou e ambos encerraram a chamada juntos. Estevão foi para o banho, demorou bastante ali, se trocou com calma até que saiu em direção ao hospital. O trânsito estava confortável por já passar das oito da noite, sentiu pela primeira vez seu estomago protestar de fome, parou num restaurante conhecido e ali comprou algo para ele e a tia comerem.

Vinte minutos se passaram e ele adentrou no hospital. Estevão caminhou até o quarto, encontrou a enfermeira que os avisou sobre o estado de Maria e ela o encarava como se ele tivesse feito algo, poderia rebater todas suas perguntas com grosseria, mas a mulher que amava estava deitada numa cama do outro lado da porta e assim a ignorou.

Entrou no quarto e Alba sorriu ficando de pé.

— Você leu os meus pensamentos. — pegou as sacolas de sua mão.

— O dia foi comprido e eu estou faminto. — seu rosto demonstrava o quanto estava cansado.

Estevão caminhou até a cama, acariciou os cabelos de sua amada e ela suspirou como se o reconhecesse.

— Ela está inquieta desde que saiu. — Alba contou.

Ele beijou seu rosto, sussurrou algo em seu ouvido e os olhos se abriram para encará-lo. Maria não conseguia se manter consciente, abria e fechava os olhos.

— Estevão... — Maria molhou os lábios que estavam secos.

— Eu estou aqui e não precisa se preocupar com nada. — deu um pequeno sorriso. — Só descansa para podermos ir pra casa logo.

— Eu... — fechou os olhos e logo tornou a abri-los. — Eu estou com sede.

Estevão encheu um copo com água, ajeitou o canudo e a ajudou a beber. Maria bebeu quase toda a água, respirou fundo ao deitar a cabeça no travesseiro e o segurou pela mão para que não fosse para longe dela.

— Helena...

— Não se esforce. O médico disse que precisa descansar. — Estevão sentou-se na poltrona. — Está tudo bem agora.

Maria fechou os olhos e não voltou a abri-los, Estevão aproveitou para jantar ao lado de sua tia e ela logo foi embora os deixando sozinhos. O médico veio para revisá-la, ter a certeza de que estava tudo bem e lhe entregou uma coberta para não sentir tanto frio à noite.

Minha Estrela perdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora