Pai! Acorda!

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Wanda estava cansada daquelas turbulências em sua cabeça e das enormes duvidas e pesadelos a rondando a cada momento. Ela precisava ser feliz, ela precisava tentar pelo menos UMA vez, ou algo que poderia fazer aproveitar mais seus minutos de sono para sonhar com seus filhos.

Ela ajeitou suas roupas e rapidamente pegou suas coisas para ir atras de quem realmente precisava, a única pessoa que talvez pudesse responder suas perguntas e tirar suas duvidas. Em caminho até la, tentou ligar mas não tinha retorno.

Ao chegar no tal apartamento, relutou para bater na porta, e antes que seus dedos tocassem a porta, ela se abriu, e não hesitou em entrar. Olhando em volta, procurando pelo homem no qual permitiu ela entrar.

Mas também curiosa por não ter estado naquele lugar antes.

— Wanda? O que veio fazer aqui? — sua voz soou calma, mas curiosa em relação a tal pessoa estar ali.

— Uau, esperava mais animação em você. — ela falou ironica e riu baixinho, fazendo ele negar com a cabeça e sorrir.

— Foi bom ver você, faz um tempo até. Onde esteve?

— Em casa, sendo atormentada pelas coisas do Darkhold e as risadas de meus filhos. — ela falou como se fosse um desabafo, sendo direta.

O que deixou ele em silêncio por alguns segundos e o fez suspirar, descendo as escadas pra passar por ela, indo ao balcao.

— Eu ja entendi oque esta tentando fazer, Wanda. Mas a resposta é não. — ele falou sério, enchendo sua xicara de café.

— Você devia me entender, Strange! Ambos não temos ninguém e nem aquilo que queremos. Porque não se unir pelo menos uma vez? — sua voz se alterou um pouco pela sua indignidade.

— Wanda, da última vez que teve esse pensamento acabou matando pessoas e quase me matou!

— Eu jamais mataria você Strange, mas ficou em meu caminho. Eu só pretendia ser feliz! Eu não vim aqui para ser jogada na cara por algo que ambos quebramos, então oque custa me ouvir...? Uma vez, por favor. — ela falou suplicante, mas de certa forma receosa e nervosa.

— Tudo bem. Prossiga. — ele tomou mais um gole e ela abriu a bolsa

— Ha uma pagina de uns livros que achei onde diz que a probabilidade de dormir em sonhos onde sao paralelos de suas realidades, podem fazer voce vivenciar melhor as lembranças ou os sonhos.

— Mas isso custa um preço. Eu ouvi falar nisso, eles pedem u-...

— Um coma? eu li, Strange. E sei que dormir pra sempre é como se fosse suicidio mas eu estaria bem! Eu só preciso sonhar com eles e vivenciar como se estivesse la. Sem necessidade de acordar.

— Esta me dizendo que veio até aqui pra me pedir que eu te ajude a entrar em coma porque mesmo depois de tudo ainda não aprendeu a liçao e não soube superar? — ela se aproximou dele compreensivamente, aguentando um grito interno e seu choro, deixando ele calado e sem jeito.

— Olha aqui Strange. Ambos tivemos que abrir maos das coisas pra fazer outras pessoas felizes e não a si mesmo. Estou farta de me cobrar, eu não tenho ninguem, eu só peço para que me ajude a ser feliz! E ninguem sentiria falta depois do que fez. Mas claro, pedir ajuda ao senhor certinho que gosta de citar os problemas com Darkhold depois de fazer lavagem cerebral no mundo todo porque um pirralho pediu! Eu nem sei porque vim...

Ela suspirou, e antes que saísse, Strange segurou seu braço, fazendo ela o encarar.

— Tudo bem... Mas nao vou fazer com que fique em coma, temos a opçao de fazer seus sonhos serem mais duradouro mas perdera umas horas do seu dia quando acordar.

— Por mim tudo bem. Apenas faça. Me ajude. — ele chamou a capa que veio em sua direção e ambos desceram pra sala de magias.

Ele estremeceu junto com a capa antes de pisar ali, da última vez acabou fazendo uma lavagem, invocando mais de dois vilões, mas olha onde o senhor arrogante strange estava denovo...

— Pronta? Aconteça oque acontecer, você quem me procurou. — ela assentiu, ele então fez movimentos lentos, faíscas surgiram e seu corpo levitou

Seus olhos permaneciam fechados e ambos estavam conectados. Ele lia os simbolos decorados em sua mente, criando um enorme globo de paralelos e realidades. Procurei uma forma de prolongas sonhos de minutos em horas, mas risadas surgiram do portal.

E quando abri, tive uma visão nada muito agradavél. Suspirei revoltado e Wanda olhava fixo pro portal, dois meninos acenavam pedindo para que ela viesse junto e seus olhos lacrimejaram.

— Wanda, não. Não é esse paralelo. Se concentre. — ela parecia não ouvir, e ficou ainda pior quando se aproximou do portal, ele se retia para não perder o foco e sair dali.

Ele então se desestabilizou, criando um enorme corte pra ir até ela e impedir que seja puxada. Mas o portal foi forte o suficiente pra levar os dois, os jogando para um paralelo.

Os gritos finos e suaves ecoavam cada vez mais alto, parecendo o chamar. Stephen desperdou meio atordoado e se sentou na cama, acariciando sua testa enquanto as crianças lhe chamavam de pai.

— Pai! Acorda! Mamãe ja disse três vezes que o café esta pronto.

— Mamae? Pai? Que? — ele resmungou de dor na cabeça e a porta se abriu, tendo a imagem de Wanda na sua camisa e um short de tecido leve. Onde ela encarava sorridente a ele.

— Wanda...oque aconteceu?

— Não me pergunte isso, pergunte oque vai acontecer daqui 10 minutos. Você se atrasar pro trabalho e ainda ir com fome, amor.

Amor?!

— Do que esta falando?

— Filhos, vão comer. A mamãe precisa acordar um pouco seu pai.

In another life - Wanda Maximoff & Doctor StrangeOnde histórias criam vida. Descubra agora