O café esta de...

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– Você... – ela mal condeguia falar. Lhe faltava ar em seus pulmões...

Ela se deitou na cama e ele a acompanhou, deitado ao seu lado enquanto beijava sua testa. Wanda fez dos braços fortes e robustos seu conforto e se aconchegou ali quietinha.

– E a apresentação de jogo do seu filho foi muito boa. Confesso que me surpreendi.

– Nosso filho, Strange. – ela o corrigiu aspera, fazendo ele suspirar e assentir sem jeito. – E bem, eu ia perguntar mas não esperava você escondido no armario. Aconteceu algo?

– Eu não esperava que fosse tirar a roupa tambem. – ambos riram e ele a encarou – Algo vem acontecendo comigo esses dias...

Na mesma hora Wanda o olhou com curiosidade, seu olhar lhe passando confirmação de que poderia continuar.

– Me sinto fraco ultimamente, minhas mãos, ja estou acostumado...claro, mas me sinto fraco algumas vezes.

– Porque diz isso? Deve ter um motivo...

– Hoje eu ia fazer uma cirurgia, mas me senti mal e tive que deixar outro medicos fazerem meu trabaho, isso é um absurdo!

– Strange... – ela riu, fazendo ele fechar a cara – Os medicos fizeram o mesmo que você pra chegar ali. Eles vão dar conta, tudo bem se não der, é o trabalho deles.

– Não me compare com os outros, Wanda. Sou o melhor deles, e eu nunca deixo nenhum paciente meu morrer, não existe "tudo bem se não der", comigo sempre da certo.

– Uh, perdão senhor bonzão. Mas não precisa exagerar.

– Não estou exagerando. Se fosse seus filhos duvido que iria aceitar um talvez. – ela se levantou do seu peito e se sentou, estava em silencio e antes que ele pudesse falar, ela se cobriu com os forros da cama e o olhou séria e com uma expressão entristecedora.

– NOSSOS filhos, Strange. Oque esta acontecendo com você? Seu colega de trabalho me contou que estava estressado, eu pensei que poderia te desestressar. Mas claro, tudo tem que terminar com você sendo um babaca.

– Não precisa me ajudar. Se sabe como eu sou porque tenta dialogar? Tenta ser menos desnecessaria...Eu não lembro de ter pedido pra você me consolar. – ela olhou ele com olhos marejados e logo se sentiu arrependido e culpado.

Ele se levantou enrolado nas cobertas e foi atingido fortemente com um travesseiro vermelho coberto por sua magia.

– Meça suas palavras pra falar comigo. Sou sua esposa, Strange. Me respeite, e ja disse, estava tentando ajudar, mas as vezes esqueço que você é um ignorante. – ela desceu as escadas com cuidado ao sair dali, suas pernas tremiam pelo ocorrido de uns minutos atrás.

– Filho da puta... Maldito filho da puta, não bastava me foder uma vez tinha que me foder denovo com aquela lingua suja e ignorante. – wla preguejou baixinho e foi pra cozinha.

Ele rosnou baixinho e jogou seus cabelos pra trás, não sabia oque fazer ou falar. Apenas pensou e repensou, desistindo, antes que pudesse se deitar, Wanda entrou e isso o fez a encarar.

– Pegue suas coisas e va dormir no sofá ja que não vai pedir desculpas. – ela empinou o nariz e apontou seu dedo para os cobertores. – Anda, estou mandando.

Ele pegou os cobertores e se vestiu com uma cueca e shorts, antes que saisse dali, sua nuca foi atingida com um travesseiro e ele olhou incredulo.

– Esqueceu seu travesseiro, querido.  – ela falou acida e ironica.

– Uau, muito obrigado. Sua preocupação me deixou emocionado.

– Pegue sua emocão e vá dormir la embaixo com ela.

– E vou dormir mesmo, ela vai me confortar ao inves de ficar fazendo perguntas toscas. – ele piscou e saiu dali, deixando uma Wanda de boca aberta, sem respostas, e o pior, furiosa.

Strange nunca teve uma noite tão mal durmida daquela forma no sofa. Acordou com Tommy o cutucando, dizendo que queria aproveitar o sabado pra ir em um parque aquatico.

– Espera...deixa eu acordar primeiro. – ele disse gravemente e Tommy assentiu ansioso, indo até a mesa de estar.

Strange se sentou meio adormecido pelo leve sono e encarou a mesa, vendo Billy se melando de panquecas e uma Wanda calada batendo um molho.

Ele se levantou, estava apenas de short, e isso chamou atenção dela, que logo desviou o olhar e encarou o pote. Strange evitou um sorriso doce, ela estava tão lindo de cabelo preso e mangas longas.

Strange se sentou junto deles e se serviu, ele encarou suas panquecas, pensando somente em uma coisa.

Qual a probabilidade dele morrer envenenado?

– O gosto não esta de matar, se é isso que voce quer saber. – ela parecia ter lido seus pensamentos.
Mas a faceta de Strange encarando suas panquecas eram facilmente lidas.

Ele revirou os olhos e começou a comer em silencio, Billy e Tommy apenas o encarava, evitando risos durante o café.




In another life - Wanda Maximoff & Doctor StrangeOnde histórias criam vida. Descubra agora