Um pai de verdade

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Strange subiu suas mãos pelas coxas macias, fazendo ambos ofegar um contra a boca do outro. Wanda na mesma hora apoiou as mãos em seu peitoral, o impedindo de continuar pois ela prezava pela sanidade dos seus filhos.

Tudo bem que eles não são tão inocentes, mas não é coisa que se veja pela mente de seus filhos, ainda mais os pais deles. Ele entendeu seu olhar e a desceu do balcão.

Ambos foram pro quarto, e Stephen mexeu nas papeladas de sua gaveta, pegando o caso de uma mulher com ferimentos e arqueou a sobrancelha. O que o SEU variante faria com uma ficha assim?

Ele decidiu se deitar e Wanda deitou por cima de seu corpo, ela aceitou as caricias, ela não era a mulher no qual ele enfrentou.

Stephen entende o que Wanda passou, perder sua familia, estar sozinha, é enloquecedor, ainda mais quando estava presente mas não conseguiu evitar. Mas agir como ela agiu não tem desculpa, atos são fácies de repensar, mas cada um agiria de acordo com o que pensa, e esta tudo bem.

Mas ainda era estranho estar numa cama onde a mesma pessoa quase o matou pra conseguir a América. Se sente manipulado.

Pela manhã Stephen saiu cedo, pra cumprir horario de sair 2h mais cedo, pra dar tempo de ir a apresentação de seu filho, ele jamais quebra uma promessa. Prestes a começar uma cirurgia, suas mãos começaram a tremer.

E ele nem mesmo sabia o que fazer, ele fez força pra segurar o pano, mas deixou cair, o fazendo rosnar de raiva. Ele gritou de uma forma nada muito delicada ou agradável, tirando a atenção de Christine, que entrou na salinha e encarou ele confuso.

— O que foi? Aconteceu algo?

— Nada. Apenas umas coisas me impedindo de fazer essa cirurgia.

— O que?! Mas precisamos de você. Está passando mal? Precisa de ajuda! — ela segurou suas mãos que tremiam e arregalou os olhos, se assustando após ele puxar pra longe dela.

— Me solta. Acha que eu gosto da idéia de deixar esses incapazes de fazer uma cirurgia arriscada? Apenas entre naquela merda de sala e faça seu trabalho.

Ela ficou estática, ele estava irritado claramente, e de nenhum bom humor.

— Eu vim te ajudar, e você não pensou duas vezes em me acertar com a pia da cozinha. — ela falou aspera e incomodada, engolindo o choro pelo tom de voz dele. — Quando você vai deixar de ser um babaca?

— Quando você aprender a ser eficiente pra algo. — ambos se encararam chateados, ele não estava nenhum pouco arrependido do que falou.

A mesma história se repetindo... Ele não pode evitar, mas seu maldito ego o fez repetir suas malditas atitudes. Mas agora já não importa, não é como se ela fosse ser parte de sua história daqui pra frente.

Ela saiu fechando a porta com força e ele suspirou. Mexendo e movendo as mãos enquanto estava sentado de frente a janela. Aquilo veio com ele, e não, definitivamente não era o corpo de seu variante. O que deixa mais claro que o corpo do seu eu sumiu.

As cicatrizes estavam ali também, e ele teria de entender o porque aquilo estava acontecendo. Mas oque é mais importante do que sair daquele multiverso? isso mesmo, a apresentação de seu filho.

Ele pegou as chaves desesperado e saiu correndo pro carro, estava 10 minutos atrasado, e aquela briga desnecessária o fez perder seu precioso tempo.

Ja do outro lado Tommy estava indo bem mal no seu jogo, ele ofegava olhando a arquibancada. Parecia procurar por Strange. Ele não parecia decepcionado, afinal, seu pai jamais estava ali, tudo era por trabalho. Mas não podia negar que estava bem mal por isso.

Wanda também não estava ali, teve que levar Billy a seu dentista marcado e confiou em Strange dessa vez para que faça companhia a Tommy ali como prometido.

— Ei garoto! Vem ca! — seu treinador o chamou, e ele sem ânimo foi, olhando meio desanimado. — Eu não te coloquei ali pra você jogar como uma menininha. Faça algum ponto ou eu te coloco no reserva denovo!

— Deveria medir suas palavras pra falar com meu filho. — a voz grossa de Strange soou atrás dele, assustando o velho a sua frente, fazendo Tommy sorrir aliviado e feliz por ele ali.

— Não devia estar aqui! Pais ficam na arquibancada.

— Não devia ameaçar os filhos dos outros, rapaz. E vamos concordar, aposto que qualquer mulher da arquibancada consegue fazer um plano de jogada melhor do que você, seu mente fechada.

— Está aqui para assistir ou dar sua opinião? Eu sou o treinador, então volte pra arquibancada.

— Eu não estou de bom humor hoje. Então sugiro que faça um plano de jogada pro meu filho ganhar, ou eu farei você se arrepender do emprego e ter permanecido como desempregado.

Ele piscou pra Tommy que sorriu e suspirou.

— Ganha essa, estarei aqui caso perca também. — Strange saiu dali e foi pra arquibancada. Ele devia ter chego antes com os portáis, claro. Mas como iria explicar aos pais da apresentação que se teleportou com seu filho? Precisam manter as aparências.

Talvez...

E como dito, Tommy estava feliz e cheio de energia, por pouco o jogo não empatou e ele conseguiu virar o placar, ganhando a rodada. Não pensou duas vezes em correr até Strange segurando o troféu e abraçou seu corpo com força, agradecido.

— Obrigado, pai! Eu consegui!

— Eu disse que você era capaz. Meu garoto! — ele sorriu acariciando os cabelos do baixinho, seu coração palpitava.

Strange se sentia preenchido, feliz com aquela vida. Era ótimos ter filhos, e o quanto um pai presente significa na educação e desenvolvimento da criança.

— Posso tomar sorvete no jantar? — ele perguntou animado, ganhando um sim como resposta.

Strange dirigiu até em casa e deixou Tommy correr pra geladeira fuxicar algo pra comer assim que deixou o troféu sob a mesa.

— Vou tomar banho, faça o mesmo, hm? — o baixinho assentiu obediente e ele subiu, sua cabeça girou e sua visão embaçou. Tropicando nos próprios pés, ele caiu de joelhos próximo a cama. Se sentindo péssimo pela tontura.

Ele olhou suas mãos, as vendo apagar, como se estivesse falhando. Um leve bug de jogo, erro de CGI em um filme, ou um quebra paredes em leitura de livros. Tudo parecia estar fora do controle, e ele viu que sua mão se apagava ainda mais, em pânico ao ouvir a voz de Wanda, ele entrou no guarda roupa e se fechou.

Encarando fixo pela brecha, seu corpo estava em êxtase e choque. Oque ele faria? O que iria dizer aquela Wanda oque estava acontecendo?!

— Stephen? — ela olhou os lados, o chamando, foi até o banheiro e sumiu do ponto de vista de Strange. Que ficava em silencio ali, ele estava quieto, até ver ela voltar e suspirar — Merda...

Ela estava quieta mexendo no celular e logo o soltou encima da cama, deixando Strange confuso quando ela começou a tirar a roupa de costas pro guarda roupa. Sua camisa foi tirada lentamente do seu corpo e ele pode apreciar a cintura bonita e as costas largas da sua garota.

Ela tirou seu sutiã de bojo, reclamando o quanto era incomodo, e se inclinou, abaixando o shortinho junto a calcinha, dando uma ENORME e bela visão a Strange, que aqueceu ali dentro e se animou rapidamente.

Ele se sentia salivar, de todas, logo Wanda foi a mulher a tirar todo seu fôlego. Strange mordeu seus lábios e seu corpo se arrepiou ao congelar, ouvindo sua voz doce e nada muito inocente.

— Gosta do que vê, Strange...? — ela olhou provocante por vima dos ombros.

In another life - Wanda Maximoff & Doctor StrangeOnde histórias criam vida. Descubra agora