٠ Prólogo ٠

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"A consciência de amar e ser amado traz um conforto e riqueza à vida que nada mais consegue trazer."

~*~

Josh Beauchamp costumava pensar que só a paixão proliferava entre duas pessoas. O amor era sólido, certo e haveria o mesmo em tantas outras ocasiões. Ele amava sua família, amava ler debaixo de lençóis recém lavados e amava acordar antes do sol suave e o contemplar banhando tudo.

Ele costumava ser garoa, pedalar nos fins-de-semana, costumava cortar as próprias frutas, levar para o trabalho, guardá-las no refrigerador da sala dos professores com o seu nome grudado lá. Porque Josh era só ele mesmo, o tempo inteiro. Calças apertadas, uma bandana vermelha e drama nenhum.

Isso acabou quando o novo professor de teatro deslocou-se de Paris para roubar as maçãs cortadas de Josh do refrigerador. Não era necessário uma investigação, o homem nem mesmo se esforçava para esconder aquilo, como também não se importava de arrancar a sua bandana no meio do corredor ou interromper sua aula para desejar "bonjour, petits" e então sair. (Olá, pequeninos)

A princípio, ele achava que ele só era insuportável com todos. E não era bem assim, todos pareciam ter algo de bom sobre ele na ponta da língua. As aulas de teatro precisaram ser dividas em turmas e turnos porque, com a chegada do novo professor, era a atividade extracurricular favorita da primeira série à última.

Ninguém parava de falar sobre a mais nova peça: "Roma e Julio" Que era, honestamente, o pior Romeu e Julieta da história. Obviamente, não era uma boa ideia extrair uma comédia de um clássico trágico. Eles tinham até mesmo um dia de audições e crianças miúdas fantasiadas como árvores.

Josh não gostava dele.

E parecia ser recíproco.

⸺ Vocês viram - Noah, esse era o nome dele, fitou o microondas vazio. ⸺ o meu sanduíche?

⸺ Você trouxe um? - Molly, a professora astuta de matemática, indagou. Josh continuou olhando para a tela do computador, desdenhoso. ⸺ Eu não vi.

⸺ Você viu, petit? - ele quis saber, naturalmente o chamando daquela coisa boba. Os outros riram em cochichos. Josh sabia que ele se referia à ele, mas o silêncio era preferível. ⸺ Eu falei com você.(Pequeno)

Ele enrugou o nariz, inflexível.

⸺ Beauchamp.

⸺ Hum.

Très bien. - a voz do outro amaciou seus ouvidos antes que a tela do computador apagasse. Totalmente. Ele fitou o francês, ambos, incrédulo e mortificado. Ele não tinha qualquer direito de fazer aquilo. ⸺ O meu sanduíche. Viu o meu sanduíche?(Muito bem)

⸺ Eu comi. - confessou, nada arrependido. Ele ficou sem suas frutas por quase um mês consecutivo. ⸺ Todo. Era seu?

Évident. - Noah lambeu os lábios e sorriu, o fio do computador ainda em sua mão. ⸺ Você gostou?(Óbvio)

⸺ Faltava molho. - Fez um som de descontentamento, apontando o quão mediano estava. Urrea soltou o fio e estreitou os olhos, cruzando os braços sobre o peito. ⸺ Eu posso ter o meu computador de volta agora?

A sala caiu num silêncio quase absoluto e Urrea agachou para alcançar o fio, conectando.

⸺ Certamente, Beauchamp.

⸺ Obrigado. - ele conseguiu dizer antes que a porta fechasse e o francês se fosse. Josh não se arrependia, foi uma vingança digna. E não era um prato que se comia frio. Ele aqueceu.




Desculpa qualquer erro.

eles vão falar algumas palavras em francês ao decorrer da adaptação, vcs querem que eu deixe a tradução abaixo da falas?

Roma & Julio || N.BOnde histórias criam vida. Descubra agora