#24

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[Nome] estava extremamente ansiosa, ela tinha um irmão e por mais que não parecesse, ela sempre quis um irmão. Ela passou quase todos os anos da sua vida presa naquela enorme casa sem nenhuma companhia, as vezes ela desejava que sua mãe engravidasse novamente, mas ela também pensava que a criança teria que passar por tudo que ela havia passado, o medo dela era de ter um irmão e ele ficasse igual a ela.

E sua mãe não parecia do tipo que iria querer ter mais um filho para "cuidar" e seu pai muito menos, mas não que algum deles fosse atrapalhar, até porque seu pai está morto e sua mãe nem sinal de vida deu, mas em algum momento ela irá aparecer e [Nome] tem certeza que será em um momento inoportuno.

─ Eles virão Yamato? - a mulher perguntou ainda sentada na mesa de seu pai.

E se sentar naquela cadeira trazia vários sentimentos a tona, que ela não queria voltar a sentir. Era tudo muito estranho, exatamente tudo naquele lugar. Ela não queria estar ali, porém as situações a levaram a isso e ela não podia fugir disso tudo.

─ Virão sim, senhorita - Yamato respondeu seriamente se posicionando a frente da mesa da mulher ─ Demorou um pouco para convencê-los porém com um certo esforço eu consegui.

[Nome] assentiu silenciosamente. Ela sentiu vontade de bater a própria cabeça na mesa de madeira, por se sentir estúpida, por ter ido ao Japão. Por muitos anos ela amaldiçoou o país e jurou não voltar mais, e sabe porque? Por causa de uma simples decepção amorosa que destruiu a sua vida.

─ Yamato?

─ Sim senhorita?

─ Me traz uma taça de vinho, agora por favor

─ A senhorita acha que esse momento é adequado para-

─ Não importa qual momento é, eu te pedi uma taça de vinha, você vai trazer uma ou não? - Ela observou Yamato assentir e sair da sala.

O álcool, [Nome] não sabe quando exatamente começou a depender tanto dele, ao beber tanto ao ponto de passar mal as vezes. Deitar na cama depois de um dia vazio e cansativo e se afogar em uma garrafa de vodka, e em pensar que quando era mais nova odiava o álcool por causa de seu pai, e veja só onde está agora.

"Todo mundo lida com seus traumas de maneiras diferentes"

Yamato logo voltou com sua taça de vinho, porém trouxe os seus convidados juntos a ele. Flashbacks de sua adolescência passaram por sua mente quando viu o rosto de Mia. [Nome] era adulta agora e tinha crescido bastante, Mia se sentiu arrependida e envergonhada naquele momento, a garota que ela costumava cuidar antes agora é uma mulher que exala a mesma superioridade que o seu pai.

Porém [Nome] não viu o garoto, porém as mãos de Mia estavam para trás e a mulher deduziu que o garoto estava atrás da mãe.

─ Senhorita - Mia fez uma pequena reverência, o que [Nome] não estava totalmente acostumada

─ Mia, por favor - [Nome] sinalizou para que ela se sentasse na cadeira a sua frente. O garoto lembrava muito o seu pai, ele com toda e absoluta certeza filho de seu pai, porém ele parecia medroso demais.

[Nome] não pode evitar de encarar o garoto, o que causou desconforto do menino. Ele tinha olhos grandes e brilhantes, apesar de serem tão pretos que você podia claramente ver seu reflexo, que facilmente hipnotizaria qualquer um.

─ Você cresceu tanto - a Suwa mais velha deixou escapar

─ Sim... Então, Mia - [Nome] iria dar inicio ao assunto ─ Obviamente você já deve saber que o meu pai, ele veio a falecer. E em seu testamento ele adicionou o Kakeru como herdeiro, porém ele não é o único filho que tem direito a herança.

─ Eu sei, você pode ficar com tudo, absolutamente tudo. Não quero nada que me ligue mais a sua família, mas não me entenda mal, eu não quis dizer sobre você sabe. Mas eu não acho que sua mãe saiba do Kakeru, e eu quero que permaneça assim mesmo

─ Claro, eu entendo - [Nome] chamou Yamato que sabia exatamente o que fazer, então ele dirigiu a Suwa para uma outra sala, onde ele a faria assinar o documento.

O garoto Kakeru permaneceu na cadeira, e agora ele não parecia tão assustado quanto antes, ele parecia fascinado com a mulher, que era sua irmã.

Ele deu uma pequena risada ─ Você tem os mesmos olhos que o meu, olha olha

─ De fato, são iguais

─ Eu pensei que você seria má sabe, mas você parece legal agora - ele sorriu e esse sorriso fez a mulher sorrir também involuntariamente ─ Você gosta de brinquedos? A mamãe comprou um monte pra mim, e ela trouxe o senhor Papa léguas sabia

─ O papa léguas está na sua casa? - ela entrou na onda da criança

─ Sim, ele corre pelo quarto todo e bagunça tudo daí a mamãe briga. O papa léguas é desobediente, ele odeia quando a gente vai no homem de branco

─ Homem de branco?

─ É, a mamãe vai lá fazer uns negócios, ela fala que ele ta cuidando dela, por que se ele não cuidar dela eu vou ficar sozinho, o homem de branco cuida dela todo dia, mas o papa léguas odeia ir la

[Nome] achou tudo estranho, mas acha que o tal do "homem de branco" fosse um médico, por que Mia tinha que ir ao médico todos os dias?

─ Que bom que ele cuida dela então

─ Sim sim - o garoto mexeu em suas mãos ─ É verdade que você é minha irmã?

[Nome] hesitou antes, mas as palavras escapuliram de sua boca.

─ Pelo que parece eu sou sim

O garoto soltou um grito, mas não um de desespero e sim um de alegria ele pulou em direção a mulher mais velha abraçando suas pernas deixando ela parada e em choque

─ Eu sempre, sempre quis uma irmã mais velha pra me proteger de tudo. Você vai me proteger de tudo?

vou

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beijosss

𝑺𝑼𝑰𝑪𝑰𝑫𝑨𝑳 𝑮𝑰𝑹𝑳Onde histórias criam vida. Descubra agora