#26

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Você não pode fugir para sempre [Nome]!

Isso permaneceu em sua mente a noite e o dia inteiro. Tantas perguntas rodearam a cabeça de [Nome], Emma sabia, ela sabia sobre o que havia acontecido, ela sabia sobre aquele incidente, e isso deixava [Nome] irritada.

─ Senhorita [Nome], está tudo bem? - Yamato perguntou, enchendo uma xícara de café para ela. A mulher apenas acenou em concordância.

O homem alto entendeu que ela não estava bem para conversar, então apenas se afastou e deixou ela sozinha no escritório, naquela sala vazia e ao mesmo tempo cheia de coisas, coisas insignificantes.

Assim ela passou a semana inteira, assinando papéis, vendo papéis, participando de reuniões e bebendo café para esquecer do álcool. A semana foi entediante, nada de diferente, e para ela estava tudo bem, contanto que as pessoas do passado não voltassem, caso elas voltassem [Nome] sofreria um infarto.

Em mais um dia entediante no escritório, [Nome] bocejava em sua mesa. Yamato entrou de repente em sua sala mas antes que ele pudesse pronunciar alguma palavra, Kakeru Suwa apareceu de trás dele correndo e gritando o nome de [Nome].

─ [Nome]! - o Suwa menor passou por sua mesa, abraçando sua perna pois não tinha tamanho o suficiente para abraçar [Nome] devidamente.

─ Kakeru? - a mulher franziu o rosto

─ Kakeru! - Mia apareceu na sala, novamente por trás de Yamato a procura de seu filho ─ [Nome] me desculpe, ele queria muito te ver

[Nome] por sua vez tombou a cabeça para o lado em confusão, ela mal conhecia o garoto, mas ele era seu irmão. Nessa hora ela jogou todos os pensamentos confusos para o lado e pegou Kakeru no colo.

─ Acabei de ter uma ideia maravilhosa - [Nome] sorriu gentilmente se virando para Mia ─ Passamos o dia juntos e damos um dia de folga a sua mãe, o que acha?

─ Uma ideia muito boa - Kakeru levantou os braços em comemoração e gargalhou

─ [Nome], querida - Mia tossiu e colocou a mão na boca ─ Se não for te atrapalhar

─ De maneira alguma, Kakeru acabou de melhorar meu dia

Mia se despediu deixando, [Nome], Kakeru e Yamato na sala. Kakeru agora estava no chão brincando com seus dedos esperando por [Nome] que conversava com Yamato.

─ Cuide de tudo aqui por mim, voltarei no pôr do sol - [Nome] deu leves batidas no ombro de Yamato e saiu com o garotinho.

─ Onde quer ir primeiro?

─ A gente pode ir a qualquer lugar? - Kakeru fez gestos com a mão, sinalizando muitas coisas

─ Qualquer lugar que você quiser, é só pedir - [Nome] estava decidida a fazer qualquer coisa que o garoto pedisse, mas sentiu que iria se arrepender.

Kakeru arrastou [Nome] por toda a cidade, gastando muito dinheiro, o garoto havia ganhado muitos presentes e a mulher sentia que estava quase falindo. Mas tudo valeu a pena quando ela viu ele se sujar de sorvete, quando ela viu o sorriso mais genuíno quando ele ganhou um enorme urso, cada coisa valeu a pena. Ela faria tudo de novo se fosse para ver o sorriso do garoto novamente, faria de tudo para sentir a alegria que sentiu nesse dia, Kakeru era um anjo na vida de [Nome].

─ Você gostou? - o sol estava finalmente se pondo e Kakeru agora comia um churros recheado de doce de leite, que sorria mesmo com a boca toda melada de doce.

─ Eu amei - Kakeru respondeu todo melado de doce de leite ─ Você e minha mãe são minhas pessoas favoritas

Kakeru não percebeu naquele momento, mas como ele poderia perceber, ele era só uma criança. Mas aquela fala dele, seria a fala favorita de [Nome] e a faria se tornar uma pessoa melhor, mas não por ela mesma, por Kakeru.

Os dois caminhavam juntos, Kakeru agarrava o dedo mindinho de [Nome]. Quando um homem passou. O mundo da mulher caiu, seus olhos se arregalaram e sua respiração falhou, [Nome] parou, mas Kakeru não. Ela esqueceu de tudo quando viu aquele vulto, mas então ela se lembrou de Kakeru e saiu atrás dele.

─ Kakeru! - ela o gritou mas não encontrava em meio aquela multidão, ela gritou várias e várias vezes, agora ela estava desesperada, com os pensamentos a mil.

─ Com licença, moça - ela escutou uma voz, que estava mais madura porém ela conhecia muito bem, ela não queria se virar, ela sabia quem estaria ali, e ela não queria ver.

"Você não pode fugir para sempre [Nome]!

A frase de Emma ecoou novamente por sua cabeça, para ela se passava horas que estava parada não querendo se virar. Ela não podia fugir dessa vez, foi quando ela escutou a voz de Kakeru a chamando por trás, ela teria que encarar isso de uma vez por todas.

Quando ela finalmente se virou o mundo dela parou, ela encarou aqueles olhos profundos como seu fosse a primeira vez que ela os viu, e de repente ela tinha 16 anos novamente, ela estava na beira da ponte quando o conheceu, ela sentiu um misto de sentimentos que ela não podia explicar. Ela sentiu Kakeru abraçando suas pernas novamente mas ela não conseguia tirar os olhos da pessoa a sua frente.

Mas a pessoa a sua frente não olhava para ela da mesma forma, ela esperava que [Nome] se manifestasse, mas ela não fez.

[Nome] sabia que ele era, mas ele não sabia quem ela era.

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A BOMBA

𝑺𝑼𝑰𝑪𝑰𝑫𝑨𝑳 𝑮𝑰𝑹𝑳Onde histórias criam vida. Descubra agora