A vida de uma criança
Admirada por alguém já crescida já traumatizada
É bonita, aquela ilusão inocente, dependendo do olho de quem enxerga
Pra mim é triste
Como elas sabem que são importantes, elas não acham, não questionam,
elas vivem com todos dando-a importância, como se tudo que elas fossem importasse, as palavras que aprendem, o jeito que dançam e a forma que descobrem o mundo
São únicas, acreditam nisso
Claro, as crianças que tem sorte.
Mas quando se cresce
Nem nus lembramos de quando isso é tirado de nós.
Talvez seja por vários momentos, por repetitivas vezes.
Até que temos essa epifania
Como um machado
Cravado há nós
Desconectando de nós a magia e a riqueza de ser quem é
E talvez a cruel verdade
Podemos ser únicos, nós detalhes
Mas nem todos se importam
Seus talentos raramente são reconhecidos
Ou até mesmo expostos por você mesmo
Ser sozinho não é tão ruim
É bom
Ter pessoas amadas não é ruim
Mas não ter responsabilidade com a vida do outro é melhor
A solidão é libertadora
E irá descobrir
Que não a nada de melhor
com o ato de ninguém se importar
