32 - Jukebox.

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Josh abriu a porta do carro para mim, e em seguida foi até a porta do motorista e entrou no carro. Após colocarmos os cintos de segurança seguimos caminho.
  O percurso até a lanchonete foi tranquilo, a conversa fluia facilmente entre nós. Ouvimos músicas na rádio, e como de alguma forma já nos sentíamos confortáveis na presença um do outro, até chegamos a cantar. Obviamente o Josh estava cantando bem melhor do que eu, com aquela voz agraciada por un anjo.

As vezes eu sentia ele me olhar, e as vezes eu mesma o olhava, simplesmente não dava para evitar, ele parecia maravilhoso e tão sereno. Quando chegamos no nosso destino, Josh também tratou de abrir a porta do carro para mim, nós dois acabamos rindo daquele gesto brega porém muito admirado por mim. Ninguém havia feito isso por mim antes, e mesmo que tenha sido algo tão simples e natural, para mim significava muita coisa.

Entramos na lanchonete ainda rindo, e logo um funcionário nos recebeu. Hoje começaremos a decorar o lugar, já que sábado é amanhã. O homem de cerca de vinte e dois anos entregou a chave para o Josh, e depois de uma breve conversa sobre o local e algumas instruções ele foi embora.
  Josh se virou para mim com um sorriso simples em seu rosto.

— Bom, parece que agora somos só você, eu e duas caixas cheias de souvenirs e decorações. — disse ele sacudindo as chaves.

Eu ri de sua empolgação forçada, claramente ele não tinha a menor idéia do que fazer agora.

— E convenhamos que você não tem a mínima ideia de por onde começar. — zooei e ele ergueu uma sombrancelha, quase que me desafiando a ir em frente.

E então ele sorriu de lado, e put@ que pariu, talvez eu tenha entrado na cova dos leões e nem percebi. Mas devo admitir, aquela expressão deixava ele extremamente sexy, e bonito de forma surreal.

— Ah é mesmo? — questionou, mas claramente aquilo não foi uma pergunta. — repete. — mandou.

— Você. — digo dando um passo para trás. — Não tem. — outro passo. — A mínima idéia. — E outro. — Do que está fazendo. — Repeti e ele sorriu.

— Bom moçinha, acho que você acaba de começar uma guerra. — respondeu, e então nós dois começamos a correr entre as mesas.

  Eu não conseguia ficar séria, tudo que eu tinha era vontade de rir daquela situação, e como o riso é uma espécie de distração logo ele conseguiu me alcançar. Seus braços estavam em volta da minha cintura me segurando gentilmente, enquanto a gente ainda continuava a rir. Mas por um instante, por um pequeno segundo aconteceu novamente. Seu olhar preso ao meu, e nossos rostos próximos mas não o bastante para nos fazer perder o controle.

Eu não podia estragar a nossa amizade com aquele desejo bobo, aquela paixão platônica, Josh nunca olharia para mim desse jeito. Sorri e respirei pausadamente, tentando desacelerar minha frequência cardíaca.

— Acho melhor a gente começar logo. — digo entre um sorriso e nos afastamos.

Começamos a preparar o local com balões, cortinas de serpentina e outros objetos de decoração. Dado momento começamos a cantarolar, e então Josh teve a brilhante ideia de usar o Jukebox, aquela era uma versão mais moderna na qual não precisava de dinheiro para usar. Era mais como um Spotify ou um Deezer tátil.

— Eu não disse que funcionava! — comemorou o loiro quando a máquina começou a tocar.

  Era a Ariana Grande e o Justin Bieber, claro que era! Quase havia me esquecido que o Josh era um Belieber assumido. Eu por outro lado não escutava muito o Justin, mas conhecia essa música por ser fã da Ariana.

— Convencido. — brinquei e ele sorriu dando de ombros. Ficamos em silêncio por alguns segundos apreciando a música, até que ele estendeu a mão para mim.

— Me daria a honra dessa dança? — perguntou de forma exagerada, como num daqueles filmes de época.

Meu coração disparou dentro do peito, nunca pensei que poderia viver um momento daqueles. Mas mesmo assim estendi a minha mão aceitando sua proposta, e começamos a dançar.
   Deitei a minha cabeça em seu ombro, enquanto nossos passos seguiam o ritmo da música. Eu estava nervosa, mas me sentia incrivelmente leve. É, o Josh com certeza estava mexendo comigo.

***

   Cheguei em casa naquele dia surtando, após constatar que eu estava me apaixonando pelo irmão do meu melhor amigo. Aquilo poderia estragar muita coisa para mim, e isso incluía toda a minha relação com a família Beauchamp, a minha amizade com Jaden, e tudo que se relaciona a família dele.

Quer dizer, já pensou se eu realmente me apaixonar? Caso isso aconteça eu terei duas opções: Ou sofro com esse sentimento e o guardo para mim, ou me afasto de tudo e todos que tenham contato com o Josh, o que também doeria. Eu não posso permitir que isso aconteça!

Passou um filme na minha cabeça, com todos os momentos que eu vivi com Josh e a família dele. E aquilo fez meu coração apertar um pouco.

Mas e se eu já estiver apaixonada?

    Depois de tomar um banho para me acalmar e me preparar para dormir, tentei esquecer um pouco toda aquela confusão sentimental. Amanhã era o grande dia para a Kate, e eu tinha ajudado nisso. Pretendo levantar cedo e passar no shopping comprar um presente para ela, antes de ir até o local receber os fornecedores dos alimentos, e bebidas para a festa com o... Josh.

Tudo se resumia a ele nesse momento.

Olha quem decidiu aparecer por aqui né?Voltei galera, mas não sei por quanto tempo vou ficar

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Olha quem decidiu aparecer por aqui né?
Voltei galera, mas não sei por quanto tempo vou ficar.

É triste, mas minha fase uniter está passando. Eu estou desanimando com tudo que tem acontecido no grupo, mas espero conseguir terminar e entregar todas as fics.

My Glass HeartOnde histórias criam vida. Descubra agora