Capítulo 23

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– Ei.

Clarke sorriu para a voz familiar.

– Ei.

Ela estava sentada na cama, ainda lutando contra o ataque ocasional de tontura. Depois de tranquilizar Lexa (várias vezes) que ela estava bem e que nada aconteceria se ela saísse do lado de Clarke por um momento, o comandante saiu da sala para supervisionar o acampamento que estava sendo montado do lado de fora. Embora um pouco entediada, Clarke sabia que precisava descansar o máximo que pudesse e por isso ficou obedientemente na cama, cochilando de vez em quando.

Niylah entrou no quarto e se sentou na beirada da cama. Clarke não hesitou em pegar sua mão e apertá-la, cheia de gratidão.

– Obrigada –,disse ela, não precisando explicar o quê.

Niylah sorriu.

– Isso parece bastante familiar.

– Um pouco.

– Eu notei que você não está mais sozinha, no entanto. Não está mais foragida. – Niylah colocou o pulso na testa de Clarke novamente, verificando se estava com febre. Não encontrando nenhum, ela se levantou para pegar uma pomada curativa de sua mesa. – Heda parecia bastante preocupada com você.

– Sim, bem, – Clarke bufou, lutando por uma explicação que não envolvesse nenhum de seus sentimentos, especialmente porque eles ainda não estavam claros, – não seria bom para ela perder um colega líder em uma viagem de negócios.

Niylah cantarolou, despreocupada, quase como se não fosse da sua conta e ela só tinha mencionado isso para mexer com Clarke.

– Skaikru é o décimo terceiro clã agora,– Clarke continuou, imaginando que ela poderia muito bem colocar Niylah a par dos eventos recentes. – Então fiquei no Polis, como embaixador deles. Então a política ficou louca e Lexa e eu decidimos fazer essa viagem para construir nossas relações com as terras do Gelo e... bem, aqui estamos.

Niylah a olhou com curiosidade pelo uso do primeiro nome do comandante, mas não fez nenhum comentário sobre isso.

– Estou feliz que você esteja bem.

Descobrindo o hematoma na perna de Clarke, ela começou a espalhar a pomada refrescante sobre a ferida, as duas marcas de presas ainda em um vermelho raivoso.

– Você teve sorte, você sabe.

Clarke olhou para a sala e mordeu o lábio.

– Sim. Eu acho.

– Com a cobra, quero dizer. – Niylah olhou para ela.

– Oh. – Clarke sentiu suas bochechas esquentarem. Ela ignorou a expressão divertida de Niylah. – Sim eu sei.

Ela ficou feliz quando Niylah não comentou sobre o evidente rubor em seu rosto. O comerciante foi até a cômoda perto da parede e tirou uma camisa limpa de uma gaveta.

– Achei que você poderia usar algumas roupas limpas, – Niylah explicou, colocando-a ao lado de Clarke na cama. – Você vai precisar de ajuda para colocar isso?

Clarke balançou a cabeça, sentindo que tinha força suficiente para fazer isso sozinha.

– Entendi obrigado.

Niylah assentiu.

– Se precisar de mais alguma coisa, me avise, ok?

Território Pegiroso ❍  𝒕𝒓𝒂𝒅𝒖𝒄̧𝒂̃𝒐 ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora