Capítulo 26

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– Você realmente está muito melhor, – Niylah sorriu. – Chega de febre. Não há mais inchaço na perna. Como você está se sentindo?

– Bem –, respondeu Clarke, observando o curandeiro moer algumas ervas em pó. Ela e Lexa estavam sentadas em uma pequena mesa nos fundos da feitoria. – Eu não estou mais tonta também. Acho que estou quase de volta ao normal.

– Você dormiu bem?

– Ela fez, – Lexa interrompeu.

Clarke olhou para ela com surpresa. Como Lexa poderia saber disso era um mistério para ela: a garota milagrosamente adormeceu antes que a própria Clarke e Clarke teve o prazer de observar a inocência no rosto adormecido de Lexa por alguns minutos quando ela acordou antes dela esta manhã.

No entanto, Lexa não estava errada: Clarke havia dormido bem, então ela não a corrigiu.

– Ok, bem, – Niylah hesitou sob o olhar pesado de Lexa. – Você deveria ficar até o meio-dia. Vou fazer outro desses para você.

Ela entregou a Clarke o reforço de vitaminas com um sorriso caloroso.

Lexa se levantou, estufando um pouco o peito.

– Vamos ver. Tenho certeza de que um dos meus guerreiros poderia fazer a mesma mistura simples, se necessário. Clarke e eu somos necessários para assuntos importantes, não devemos nos demorar muito em um simples posto de trader.

Clarke deu a Niylah um sorriso de desculpas, que não parecia muito perturbada pelas palavras de Lexa. Depois de agradecê-la pelo remédio e desculpá-los, Clarke levou Lexa para fora.

– Lex, – ela murmurou, –há algo que precisamos conversar?

– Existe? – Lexa respondeu estoicamente, seus olhos examinando seu pequeno acampamento do lado de fora. Seus ombros e rosto estavam como os do comandante, escondendo qualquer emoção que ela pudesse estar sentindo.

– Quer me dizer por que você está agindo tão frio com a mulher que salvou minha vida?

– Eu não gosto dela, – Lexa respondeu com um encolher de ombros e Clarke quase quis rir do comportamento incomum do comandante.

– Você não gosta dela? Niylah não fez nada além de nos ajudar.

– Porque ela se importa com você.

A testa de Clarke franziu.

– Sim. E muito possivelmente porque a maldita comandante continua mandando seus olhares de morte intimidantes. Ela está apenas tentando ajudar.

– Ela não parecia tão ansiosa para ajudar antes de saber que isso lhe dizia respeito. Ela mentiu para mim sobre o antídoto, Clarke. Poderia ter lhe custado a vida. Isso é um crime.

– Oh. Nuh-uh. – Clarke a fitou com um olhar que não deixava espaço para discussão e apontou um dedo contra o peito de Lexa. – Você não está fazendo o que eu acho que você está tentando fazer. Você não está prejudicando ela de forma alguma, Lexa.

Lexa ficou em silêncio por um momento, tentando lutar contra o olhar de Clarke com o seu.

– Você se importa com ela.

Tudo isso estava começando a soar muito familiar para Clarke.

– Eu faço. Ela é minha amiga.

Então, finalmente percebendo do que se tratava, Clarke alcançou o antebraço de Lexa, tentando não rir da leve graça da situação.

– Você é do tipo ciumenta?

Lexa levantou um pouco o queixo, recusando-se a encontrar os olhos de Clarke.

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