Capítulo 9

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E o grande dia havia chegado.

O exame final estava começando.

Soluço prendeu a respiração. Ele não achava que estava pronto para ver aquilo. Ele sabia que ele não ia matar um dragão, mas o que será que iria acontecer? Ele fugiria antes do teste começar? Alguém passaria mal e o teste teria que ser adiado? O Ragnarok chegaria antes do dragão ser solto na arena?

Todas as alternativas pareciam ótimas opções para o garoto.

Na arena, antes usada para o treinamento, estava cheia de vikings em suas extremidades. Pessoas de todas as idades gritavam em expectativa. Afinal, não era todo dia que o filho do chefe iria matar um dragão.

— Acho incrível como vocês encaram isso como uma festa, sendo que há uma grande probabilidade de alguém sair morto — Falou Silene, depois de beber um pouco do refrigerante que estava em seu porta-copos.

— É o estilo viking. — Argumentou Bocão.

— Alguém já morreu fazendo isso aí? — Questionou a visitante, ignorando a justificativa de Bocão.

— Bem, acho que já. — Disse Perna-de-Peixe, coçando a nuca. — Mas nas últimas décadas não houve mais nenhum caso de óbito devido ao treinamento.

— Mentira! — Disse Cabeça-Quente. — Vocês não lembram do Lion, o Sortudo?

— Ah, é mesmo! — Falou Cabeça-Dura. — Ele ganhou o treinamento por pura sorte e acabou sendo morto por um Nadder Mortal.

— Então porque chamamos ele de sortudo? — Perguntou Melequento.

— Porque embora ele tenha morrido, a morte dele foi rápida. — Respondeu Astrid. — Ele não sofreu como os que morreram antes.

— Realmente foi sorte. — Complementou o jovem Ingerman. — Os Nadders costumam a ser bem agressivos com suas vítimas

— E ninguém já pensou em cancelar esse treinamento? — Perguntou Silene, em choque pelas informações que recebeu.

— Não. — Respondeu toda Berk em sincronia.

A morena voltou a tomar a bebida, ainda pasma.

Pelos menos, era isso que eles pensavam.

— Soluço! Soluço! Soluço! — Todos gritavam em plenos pulmões.

O dito cujo reprimiu a vontade de revirar os olhos.

Em um palco que se encontrava perto da arena, Stoico olhava a plateia radiantemente. O dia do qual ele sempre almejou finalmente havia chegado. Valka estaria orgulhosa se pudesse vê-lo agora.

— Enfim, apareci em público com a cabeça erguida! — Exclamou o chefe, vendo a plateia vibrar. O ruivo riu, entusiasmado. Acenando para baixo, pedindo silêncio para seu povo, o pai de Soluço continuou — Se alguém me dissesse há poucas semanas que o Soluço deixaria de ser... bom, o Soluço, para ser o melhor no treino com dragões eu teria o amarrado no mastro e o mandando para longe por ser um doido varrido.

O público começou a gritar em concordância com o líder.

Banguela e Astrid começaram a notar que à medida que Stoico falava, mais o Haddock ficava rígido. Sim, durante todo o filme, seu pai havia deixado mais do que claro que não gostava dele como realmente era, mas isso não era um conforto para ele.

A loira ao seu lado direcionou um sorriso para o moreno, apertando sua mão levemente, enquanto o fúria da noite colocava a cabeça no colo do menino.

O treinador sorriu brevemente para os dois. Pelo menos duas pessoas (três, contando Silene) realmente pareciam conhecer sua verdadeira face e gostar dela.

Assistindo Como Treinar o seu DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora