Capítulo 4

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*Essa fanfic também é postada no Spirit Fanfic.

Vendo o desespero de seu povo, Stoico se levantou, dizendo:

— Fiquem calmos! — Falou Stoico. — Tenho certeza de que tudo está bem

— Mas o dragão...

— Somos vikings! — Exclamou o chefe. — Um dragão não iria nos matar.

— Mas Stoico...

— Mas nada. — Falou o ruivo, se sentando novamente. — tenho certeza que estamos bem

Os aldeões não pareciam acreditar em sua palavra, mas se viram obrigados a se acalmar, mesmo diante a uma situação como esta, deixando um enorme silêncio preencher o local. Silene respirou fundo. Não tinha outro jeito, eles precisavam sair dali.

— É melhor fazermos uma pausa. — Disse a visitante, preocupada com o estado de saúde dos vikings presentes. — Só uns 10 minutos.

A porta que antes estava trancada se abriu.

Todos pareceram concordar com a ideia, se retirando do salão, precisando urgentemente de um pouco de ar puro. Sendo Stoico o último a sair do local, dando uma última olhada no filho, que ainda estava sendo abraçado pela visitante.

Soluço saiu do abraço, também saindo do anfiteatro, mas ao contrário dos outros, indo para a parte de trás do salão, parecendo ainda em choque pela possível morte do pai.

Silene suspirou, olhando para o dragão ao seu lado depois de ver o garoto se retirar

— Você não quer vigiar ele para mim, não?

Banguela a encarou contrariado, não parecendo nem um pouco feliz com a proposta da menina. Onde já se viu? Virar babá do responsável pelo dano na sua cauda. Graças a isso ele não mais iria poder voar.

— Qual é, Banguela! — Falou a visitante, — Eu tenho que verificar os outros que estão lá de fora e deixar o Soluço aqui sozinho, abalado daquele jeito, não me parece uma boa ideia. Faz esse favor por mim, por favor.

O dragão encarou a menina, ainda um pouco revoltado, mas acatou o pedido da garota, começando a andar para a parte de trás do salão, ouvindo a garota gritar para ele que não matasse o viking magricela, o fazendo revirar os olhos.

Enquanto todos os outros habitantes de Berk estavam na parte da frente do salão, provavelmente acalmando os ânimos depois da cena, Soluço estava encarando as estrelas na parte de trás do anfiteatro, com um milhão de pensamentos percorrendo a sua cabeça. As lágrimas milagrosamente haviam parado de escorrer pelo seu rosto, igualmente como a falta de ar e a dor no peito, que também haviam sumido, mas mesmo assim, o garoto ainda se sentia agoniado.

Mesmo não demonstrando, o garoto sempre foi atormentado pela morte de sua mãe, Valka, e apesar de nem ter tido a oportunidade de conhecê-la, Soluço sentia uma imensa falta da sua figura materna, sendo essa uma das razões pela qual o moreno era tão apegado ao seu pai e a Bocão.

Como será que ela era? Era a pergunta que sempre se fazia presente em sua cabeça

Embora que doesse pensar em sua mãe, isso o também o fazia se sentir forte nos momentos de aperto. Quando ele ainda era criança, seu pai e Bocão passavam horas falando sobre como Valka era incrível. Como ela era tão pacífica, mas ao mesmo tempo, tão guerreira e corajosa, de como a comida dela era horrível, obrigando assim o chefe a aprender a se virar nas panelas, de como Stoico adorava dançar com ela sobre a luz do fogo, acompanhando a música que ambos criaram.

O menino se perguntava se, onde quer que ela estivesse, ela sentia orgulho dele. Se perguntava se ele havia puxado algo dela ou se ela o estaria o observando naquele exato momento. Talvez ele nunca teria as respostas.

Assistindo Como Treinar o seu DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora