Capítulo 10

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Todos no salão prenderam a respiração com a fala do chefe.

Confiante com sua afirmação, o chefe de Berk pulou para fora do navio, aterrissando no chão rochoso.

Assim que os pés do ruivo tocaram o solo, o ruído agudo cessou misteriosamente, o que não passou despercebido por Stocio que, estranhando a falta do barulho, começou a olhar para os lados tentando buscar uma causa.

— Oxê?! — Disse Durão, espantado — O que houve?

— Os dragões devem ter se sentido ameaçados e pararam de fazer barulho para indicar que não tinha nada na ilha. — Respondeu Perna-de-Peixe.

— Isso é meio suspeito...

— Não é nada! — Cortou Melequento impaciente. — Vamos continuar assistindo porque eu estou nervoso

Ao não encontrar nada, o viúvo se levantou, começando a olhar para a grande montanha à sua frente. Os olhos verdes mostravam determinação e satisfação enquanto vasculhavam o território com cautela, procurando os melhores ângulos para colocarem as catapultas.

Finalmente, o desejo de todos os vikings existentes iria ser realizado.

Os dragões iriam desaparecer

Os vikings presentes no salão engoliram o seco. A possibilidade de um mundo sem ameaças era sempre bem-vinda mas, na verdade, a grande preocupação de todos era o que iria acontecer assim o Monstro que estava escondido dentro da caverna desse o ar de sua graça.

Stoico se repreendia mentalmente em sua poltrona. Se ele não fosse tão impulsivo e cabeça dura, possivelmente ele teria acreditado em seu filho e assim, todas aquelas vidas inocentes não estariam correndo um risco.

Em Berk as coisas pareciam estar funcionando mais pacificamente.

Erguendo a mão próximo ao focinho do Pesadelo Monstruoso, o jovem treinador de dragões trazia o dragão para fora da cela aonde o animal estava encarcerado lentamente, fazendo todos os adolescentes presentes ficarem encantados com sua ação.

Quer dizer, nem todos.

Embora já estivesse ali para apoiar o primo, o jovem Jorgenson não parecia tão confiante do plano do moreno como o Ingerman, os Thorston's e a Hofferson. No rosto de Melequento estava presente o medo e o receio que aumentavam à medida que Soluço ia se aproximando do grupo com o dragão ao seu alcance.

— Cadê toda aquela coisa de arrancar as pernas dos dragões com os dentes como você falou naquele jantar, Melequento? — Provocou Cabeça-Quente, quebrando um pouco o clima melancólico.

O filho de Hilda apenas encarou a menina com insatisfação, antes de proferir a filosófica frase:

— Cala a boca, Cabeça-Quente.

Discretamente, o filho de Gosmento se abaixou para pegar metade de uma lança que havia sido quebrada no exame final, tentando ter algo para se defender caso a criatura alaranjada se rebelasse contra o treinador.

Infelizmente, ser discreto não era uma das qualidades do menino, já que Astrid notou seu comportamento, o repreendendo e mandando que ele colocasse de volta a lâmina no chão, ordem que o menino obedeceu.

Embora estivesse "comandando" o réptil a sua frente, Soluço não estava tocando seu focinho como ele fizera anteriormente com Banguela, assim impedindo que o futuro Dente-de-Anzol criasse um laço com ele.

Assistindo Como Treinar o seu DragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora