CAPÍTULO DEZ| a verdade

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"O amor não faz parte do mundo dos sonhos

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"O amor não faz parte do mundo dos sonhos. O amor reforça o desejo, e desejo é sempre cruel" — Sandman, Neil Gaiman.

Morpheus não tinha necessidade de sono, não como os humanos, mesmo assim, foi uma surpresa para ele adormecer junto de Violet

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Morpheus não tinha necessidade de sono, não como os humanos, mesmo assim, foi uma surpresa para ele adormecer junto de Violet. Seu corpo ainda nu estava envolto nos lençóis sedosos quando ele despertou mas manteve os olhos fechados. Seus músculos levemente doloridos já pareciam novos em folha e ele se esticou, a mão buscando Violet.

Contudo, o que ele encontrou foi o lado vazio da cama. Morpheus abriu os olhos rapidamente e olhou ao redor. A sala do trono permanecia a mesma, silenciosa e austera, mas Violet não estava em lugar algum. Em vez de seus cachos revoltos, tudo o que ele encontrou sobre a cama foi um punhado de areia e o perfume que ela deixara para trás, preso nos lençóis e na pele dele.

Com um engasgo doloroso, Morpheus chutou os lençóis e se levantou, fazendo suas roupas aparecerem novamente e a cama sumir. Ele correu, pela primeira vez em séculos, e praticamente invadiu a biblioteca. Lucienne estava curvada sobre um livro específico, com os olhos carregados de tristeza.

— Lucienne... — ele chama, derrotado, seus olhos marejam no instante em que enxerga as lágrimas de sua bibliotecária.

— Sinto muito, senhor. — ela estende a mão para ele, incitando-o a se aproximar.

Morpheus desaba nos braços de Lucienne, apertando seu fraque entre as mãos, soluçando contra o peito dela. Um carinho suave é depositado em suas costas, ela tenta acalentar o choro. Não faz ideia do quão doloroso deve ser para ele, mas ver seu mestre nesse estado é de partir o coração.

— Desligaram os aparelhos hoje pela manhã — ela comenta num sussurro, não admitiria tão abertamente ter se apegado também à garota agitada que mais parecia um furacão entre suas estantes.

— Eu não consegui, Lucienne. Não consegui realizar todos os desejos dela, quebrei minha promessa. Eu fui egoísta e falhei com a minha promessa.

— Não, senhor... É claro que não. Tenho certeza que o que o senhor fez foi o suficiente — ela assegura, segurando-o pelos ombros como faria com um filho. Ela seca as lágrimas de Morpheus com os polegares e respira fundo várias vezes, incitando-o a copiar seus movimentos. — Acho que vossa majestade deveria visitar ela.

𝐓𝐑𝐀𝐆𝐀-𝐌𝐄 𝐔𝐌 𝐒𝐎𝐍𝐇𝐎, The SandmanOnde histórias criam vida. Descubra agora