Capítulo 46 :

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ARTHUR

Arthur: Merda! — jogo o copo de "whisky" na parede de meu escritório, acabei com o meu casamento. — Ahhhh! — grito e jogo a mesa no chão, espalhando canetas papéis e o computador que se espatifou com a queda.

João: Arthur! — olho para a porta e vejo meu amigo espantado com a cena a sua frente.

Arthur: Ela me deixou — seco as lágrimas. — Eu sou um imbecil.

João: Sinto muito, a Gabi me contou da briga de vocês.

Arthur: A amo tanto, não vou conseguir viver sem ela, João — digo desolado.

João: Sei o que você está sentindo.

Arthur: Estou de mãos atadas, não sei o que fazer para me redimir.

João: Sério que você transou com a Tininha?

Arthur: Acordei na cama de Tininha, bebi muito e não sei o que aconteceu na noite passada, não me lembro de nada.

João: E como a Carla descobriu sobre vocês? — pergunta pensativo.

Arthur: Ela disse que nos viu na cama.

João: Muito interessante — ele anda até a janela. — Tem alguma coisa errada nessa história que não bate.

Arthur: Seja mais claro, João — não estou entendendo onde ele quer chegar.

João: Pensa, Arthur! — ele senta no sofá, único imóvel que ficou intacto. — Carla nunca foi até a casa da Tininha, do nada ela decidiu ir, e o mais estranho é o horário que ela apareceu, o mesmo horário que você estava lá, na cama de Tininha.

Porra! Como não pensei nisso antes, isso tudo foi armado pela Tininha.

Arthur: Merda! Você tem razão, Tininha disse que já passava da meia-noite quando foi me buscar no bar, a Carla não teria porque ir à casa da Tininha nesse horário, sem ter um bom motivo para isso.

João: Que bom que tenha entendido onde quero chegar, armaram para vocês, meu amigo.

Arthur: Sim, e tudo consta que foi a vagabunda da Tininha. Vou acabar com ela.

João: Calma, Arthur! Não se faz nada de cabeça quente. Chame-a aqui e a pressione, até ela falar a verdade.

Arthur: Farei isso e será agora.

Deixo meu amigo no escritório, saio da casa e vou até o jardim, onde Manuela está com o meu filho, peço para ela ir chamar a Tininha.

Arthur: Vá até à casa de Tininha e diga a ela que quero falar com ela, estarei no escritório a esperando. — Não espero ela confirmar que vai até lá, saio do jardim e volto para o escritório.

João: Então? — pergunta João Guilherme ao me ver retornar.

Arthur: Pedi para Manuela ir em sua casa e chamá-la, farei ela confessar que armou para mim, se realmente foi isso, quero ela fora da minha fazenda. Ela destruiu o meu casamento.

João: Não fale que seu casamento está destruído, não perca a esperança, ainda não está tudo perdido, creio que vocês irão se acertar.

Arthur: Esperarei um tempo, quero que a Carla se acalme. Ela está de cabeça quente e muito magoada comigo. Farei de tudo para recuperar o seu amor.

João: É assim que se diz, amigo — ele segura em meus ombros, ficamos de frente um para o outro. — Não desista do amor de sua vida. Vai dar tudo certo e vocês voltarão a ser a família de comercial de margarina — zomba na última frase.

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