Capítulo 53 :

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ARTHUR

Eu vou até o meu quarto tiro o meu chapéu o jogando na cama, ficou alguns objetos e peças de roupas que Carla não levou para São Paulo, e isso é muito bom sinto que ela irá precisar, abro a gaveta do closet e pego o presente para o nosso bebê, tive que comprar outro, o primeiro presente não pude dar da maneira que eu queria, devido à confusão com o ex de Carla, mas esse será diferente.

Pelo andar da carruagem, Carla não dormirá em meu quarto, era de se esperar que isso acontecesse. Aproveito que Carla está com o Arthurzinho em seu antigo quarto, e resolvo algumas pendências para a nova safra. As horas se passam tão rápido e não percebo, guardo os relatórios de volta a pasta, entro no quarto para ver como Carla e Arthurzinho estão. Carla dorme profundamente.

Olho em volta do quarto e não vejo meu filho, provavelmente está com Mariana ou suas filhas, devem ter o pegado para que ela possa descansar. Seus belos cabelos loiros espalhados em sua cama, seu vestido subiu para cima, com isso posso ver toda sua coxa. sua barriguinha está mais visível. Me aproximo dela, cheiro seu pescoço, ela adorava quando fazia isso, distribuo beijos em seu ombro e busto, não resisto e dou selinhos em seus lábios.

Carla: Arthú! — olho para ela que está um pouco assustada. — O que está fazendo?

Arthur: Te dando carinho — acaricio seu rosto, enfio minhas mãos em seus cabelos e a beijo cheio de paixão, ela corresponde, puxo seus cabelos de leve.

Carla: Arthú! — ela tenta se afastar, mas não permito. — Arthú! Me solte. — ela consegue desviar do meu beijo.

Arthur: Pensei que estivesse gostando — ela levanta da cama e ao perceber que seu vestido está levantado para cima o arruma.

Carla: Não volte a fazer isso novamente — diz taxativa.

Arthur: Sinto sua falta, amor — sou sincero. — Precisamos conversar, temos que acertar os ponteiros.

Carla: Só voltei pelo Arthurzinho, você sabe disso, não temos assuntos pendentes, além do divórcio.

Meu coração dispara e acredito que fiquei pálido ao ouvir a palavra "divórcio". Não desistirei facilmente do nosso casamento.

Arthur: Temos que conversar sobre isso, você acha que aceitarei uma separação sem lutar? — caminho em sua direção a passos largos.

Carla: Imaginei que diria algo assim. Agora só quero ficar perto do Arthurzinho. Podemos resolver nossas pendências outra hora — desvia de minha aproximação e muda de assunto.

Arthur: Darei o tempo que você precisar, já adianto que nossa conversa não será esquecida.

Carla: E onde está o Arthurzinho? — pergunta olhando para os quatro cantos do quarto.

Arthur: Deve estar com Mariana. — Escutamos batidas na porta. Carla pede para que entrem.

Mariana: Acabei de preparar o café da tarde, vim chamá-los para comerem, ficou uma delícia — fala Mariana entrando no quarto.

Carla: Oba! — diz cheia de empolgação. — Estava sentindo saudade de seu café — a abraça de lado.

Mariana: Fiz bastante coisa que você gosta, precisa se alimentar muito bem, está comendo por dois.

Carla: Então, vamos logo, estou morrendo de fome. — No caminho para a cozinha, ambas conversam animadamente.

Mariana: Já sabe o sexo do bebê? — perguntou Mariana. Fico atento no diálogo que desenrola na minha frente.

Carla: Ainda não, no dia da ultrassom, ele estava com as perninhas fechadas, infelizmente não pude saber o sexo.

Sinto minha espinha congelar, com essa revelação. Porra! Era para eu estar com ela nesse momento tão importante de nossas vidas. O lado bom do bebê estar com a perninha fechada é que poderei descobrir o sexo ao lado de Carla.

Mariana: Que pena, querida. Creio que na próxima descobrirão o sexo — comenta Mariana.

Carla: Queira Deus que sim, não vejo a hora de descobrir — responde, e dessa vez estarei ao seu lado, segurando sua mão, como deve ser.

Mariana: Em breve teremos um Picoli engatinhando pela casa — diz Mariana sorridente ao chegarmos na cozinha. Carla senta à mesa e olha por toda a cozinha.

Carla: Onde está o Arthurzinho? — Pergunta para Mariana.

Mariana: Ele não está com você? — indaga Mariana confusa. — A última vez que o vi, foi no almoço. Você subiu com ele para o quarto.

Estou ficando preocupado, se o Arthurzinho não estava no quarto com a Carla e nem com Mariana, onde meu filho está.

Arthur: Como assim meu filho não está com você? — pergunto desesperado. — Se ele não está com você, então está com quem?

Mariana: Quando entrei no quarto Carla e não o vi, supus que ele estivesse dormindo no quartinho dele. Comigo ele não está — diz assustada.

Carla: Quero o meu filho — Carla levanta da mesa e vem até mim, desesperada. — Temos que o procurar agora, antes que seja tarde.

Arthur: Calma, vamos achá-lo, eu prometo — a abraço.

Meu filho não alcança a maçaneta da porta, é impossível que ele tenha saído do quarto sozinho, e mesmo que tivesse conseguido, ele não desceria a escada sem se machucar. Só tem uma explicação para o seu sumiço, alguém o sequestrou, seja quem for que fez isso, pagará caro.

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