Capítulo 42 :

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ARTHUR

Quando volto para casa, e ao chegar na fazenda, acho muito estranho que na frente de minha casa tem uma Caminhonete Mitsubishi L-200, nunca a tinha visto por essa vizinhança, será que João Guilherme trocou de carro? De Carlos não é, faz apenas uma semana que ele foi embora da fazenda com Marta, Angela e seu filho, fiquei sabendo que ele andou dando umas bitocas em Manuela, Fernanda sua irmã, foi embora no dia seguinte a alergia que ela teve, que nada mais era o pó de mico que Carla pôs em sua cama.

Curioso para saber de quem se trata, pego o presente para o meu bebê, e entro na casa, me deparo com uma cena grotesca, Carla aos beijos com um rapaz, sinto muita raiva e ao mesmo tempo decepção ao presenciar essa cena, nunca imaginei ver a minha mulher aos beijos com outro que não seja eu, fico um pouco zonzo e sem querer, derrubo o presente que segurava no chão. Carla o empurra e lhe dá uma bofetada na cara.

Carla: Nunca mais tente me beijar, e suma da minha casa — grita.

Arthur: Porra! Que, que esse? O que está acontecendo aqui? — Vocifero. Esse homem com cara de engomadinho olha para mim da cabeça aos pés com um olhar de desprezo.

Xxx: Sou Marcos e quero falar com o seu patrão, diga a ele que vim buscar a minha mulher.

Sinto meu rosto esquentar de raiva, esse homem deve ser o tal Marcos, o ex-amante de minha mulher, antes de quebrar a sua cara, quero saber o que ele tem a dizer.

Carla: Não sou sua mulher — brada Carla. — Deixei de ser no dia que você escolheu a Bárbara ao invés de mim, você é muito cara de pau de vir aqui depois de tudo que aconteceu — diz de maneira enfática, sem titubear.

Quando a confrontar sobre o beijo, Carla vai se fazer de inocente, dizer que foi agarrada, e não queria corresponder ao beijo. Nada clichê.

Arthur: Ela já te respondeu, é melhor você ir embora.

Marcos: Quem é você para querer que eu vá embora? Não sairei sem falar com o seu patrão, chame-o agora — ordena como se mandasse em algo.

Carla: Você só pode ter enlouquecido — múrmura.

Arthur: Está falando com o patrão. — Noto o olhar de espanto, ele deve estar estranhando que o dono da fazenda não esteja usando roupas de marca, como ele, o boyzinho da cidade grande.

Marcos: Achei que o dono desse lugar se vestia com classe, e não como um reles empregado — juro que estou me segurando para não quebrar a cara desse cara, até entender que porra está acontecendo.

Carla: Cala a boca Marcos — diz lívida.

Arthur: Você não está em sua casa, mais respeito comigo se não quer ficar sem dente — exclamo.

Marcos: Serei direto. Vim buscar a Carla. — Gargalho com o absurdo que escuto.

Arthur: Troque de fornecedor, rapaz. A droga que você usa deve estar vencida.

Marcos: Não uso drogas, falo sério.

Cerro o maxilar, para mim já chega! Me aproximo dele e seguro no seu colarinho.

Arthur: Tá me achando com cara de palhaço, moleque? — Falei friamente.

A postura de machão vai para o ralo, ele fica branco como papel, e sabe que se eu o agredir, não conseguirá se defender devido ao meu tamanho, sou maior que ele em todos os quesitos, apesar dele ser alto como eu, seu biotipo é mais franzino, com pouco músculo, diferente de mim que malho quase todos os dias.

Carla: Arthur, por favor — suplica. — Não vale a pena sujar suas mãos com esse verme.

Não dou importância para o que ela diz, continuo o segurando, esse cara não vai sair da minha casa do jeito que entrou, vou dar de presente para ele levar junto com ele, ao menos um olho roxo.

O Xucro 🐴Onde histórias criam vida. Descubra agora