Sᴛᴇᴘ Iɴsɪᴅᴇ - Sʟɪᴘᴋɴᴏᴛ

Between guitars and basses

Aquela turnê serviu de muito, também serviu muito para o autoconhecimento que os membros buscavam.

Embora se vissem na maior parte do tempo, em shows, ou fazendo qualquer outra coisa que tivesse ligação com a banda, coisas aconteceram nas vidas pessoais de cada um. Digamos que, muitas coisas.

Mas por outro lado, a banda se tornava cada vez mais conhecida e vendida. Milhares e milhares de exemplares do Subliminal Verses foram vendidos em todo o mundo. E essa recepção positiva foi uma surpresa até mesmo para o próprio Slipknot, visto que eles sabiam que o som daquele álbum era diferente do som característico dos dois últimos álbuns já lançados.

E como já parece ser algo da banda, eles estavam passando por momentos ruins. Pois a maioria enfrentava problemas com álcool, ou também drogas.

Corey era um desses. Pois se viu muito sensibilizado com o término de seu relacionamento com Scarlett Stone, a mãe de seu recém-nascido filho Griffin Taylor. E por ter tido um filho em meio a turnê, sequer pôde acompanhar de perto todo o período da gestação, e isso fazia o vocalista se culpar. Mesmo que a culpa não fosse exatamente dele.

Faltavam alguns países para viajarem e assim, completar a agenda de shows... O que deveria ser mais um ou dois meses viajando em turnê.

E logo após o término da turnê com o Slipknot, Chaelee teria que retornar ao Reino Unido, se reunir com a equipe do Gorillaz para o início de outra provável turnê.

Mas não era só ela que tinha compromissos com outra banda. Joey retornaria seus trabalhos com o Murderdolls ao lado de Wednesday 13, Corey e James voltariam do hiato do Stone Sour, e Sid havia sido convidado para contribuir como DJ no Suicidal Tendences.

Bem, era isso.

Eles preferiam não pensar muito nos problemas, pois isso atrapalhava bastante o desempenho. O jeito era aceitar os fatos e ir levando.

Naquele dia, a banda havia sido convidada para darem uma comitiva de impresa. Obviamente, para serem questionados sobre o novo álbum e afins.

Corey era o único que respondia às perguntas, ademais, as mesmas foram redirecionadas para ele. E como frontman, essa era a função dele.

Os outros só estavam alí, marcando presença.

Foi um saco, como sempre costuma ser dar entrevistas. Mas Corey conseguiu deixar tudo mais descontraído, incluindo os demais integrantes no assunto, de maneira a não deixar ninguém excluído.

Terminou depois de uma hora em ponto, e mesmo que pudesse demorar mais, eles não seriam permitidos a continuarem alí e seriam obrigados a irem embora por causa da agenda.

Chris e Chaelee logo se juntaram após a entrevista, pois sempre ficavam juntos em todas as ocasiões onde a banda estava reunida.

Os demais já haviam notado que Chris e Chaelee se tornaram "melhores amigos", tão rapidamente. Isso tinha suas vantagens, claro.

Eles eram chatos, infantis e viviam brincando em momentos sérios. Às vezes isso acabava atrapalhando o resto da banda, com as piadas e risos histéricos daqueles dois.

E se tinha alguém que não suportava isso, era Mick.

O guitarrista de cabelos compridos não tinha muita paciência para tal infantilidade. Visto que Chris já era naturalmente assim, e se tornou pior depois de conhecer alguém com a mesma personalidade.

Mas o problema inicial não era com Chris, mas com a baixista.

Por a achar chata, Mick já disse algumas vezes para Corey ou para Jim que não havia necessidade alguma de manter Chaelee no grupo, pois eles poderiam muito bem recontratar Donnie Steele para tocar baixo atrás dos palcos até a volta de Paul.