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𝗠𝗜𝗚𝗨𝗘𝗟 𝗖𝗔𝗭𝗔𝗥𝗘𝗭 𝗠𝗢𝗥𝗔

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𝗠𝗜𝗚𝗨𝗘𝗟 𝗖𝗔𝗭𝗔𝗥𝗘𝗭 𝗠𝗢𝗥𝗔

Assumir meu relacionamento com cassie foi o ponto alto do meu ano, bem, eu estive lutando pra isso a meses na verdade. Eu amo passar meu tempo com ela e com meus amigos, me sinto em casa com eles, o foda mesmo é voltar pra "casa". Ficar no mesmo espaço que minha mãe é um esforço que eu tenho que fazer.

── Miguel, vamos conversar sobre suas notas escolares. ── Minha mãe chamou minha atenção assim que eu abrir a porta de casa.

── Eu tô cansado, a gente fala sobre isso depois. ── Falei caminhando até a escada mas parado no meio do caminho.

── Não. Você vai ficar parado aí, porque eu sou sua mãe! Você passa o dia inteiro na rua fazendo Deus sabe o que e volta pra casa como se nada tivesse acontecido. Você puxou a raça ruim do seu pai. ── Karen gritou fazendo meu coração se encher de ódio.

── Não fale do meu pai, ele foi embora porque ninguém suporta você, Karen. ── Gritei de volta me esforçando pra não sair do meu lugar.

── Você é descontrolado, Miguel. Nunca vai ser alguém na vida. ── Meu ódio só aumentou quando ela disse essas palavras.

── Vai se fuder! ── Dei longos passos até ela, eu não era o tipo de pessoa que bate na sua mãe mas ela me provocou. Daisy segurou meus ombros me afastando da minha mãe e eu me debati contra ela até conseguir me soltar.

── Você não tem condições de ter um filho, Karen! Sabe por que? Porque você é uma drogada desequilibrada!  ── Disse em ódio andando rapidamente até a porta e saindo com o carro novamente.

Nunca mencionei antes não é? Minha mãe é uma drogada de merda que pensa que ninguém sabe sobre isso mas eu sei. E me matar ter que voltar pra casa e ver ela. Minha irmã não tem opinião própria, eu a odeio por isso.

Eu não sabia pra onde correr agora, isso sempre acontecia, ela brigava comigo, eu tentava ir pra cima dela e me impediam no meio do caminho. Sem perceber acelero o carro mais do que eu deveria e só volto a realidade quando uma enorme luz de caminhão veio até meu rosto acompanhando de uma buzina fazendo com que eu desviasse e fosse para o outro lado da pista.

Paro o carro em uma estrada vazia quando a gasolina acabou. Eu estava tão cansado, cansado mesmo de toda essa merda. Saí do carro e bati a porta com força me sentando no chão e encostando no carro.

Coloquei meu rosto entre minhas mãos e fechei meu olhos. Naquele momento eu só estava pensando em uma coisa.

morra miguel.

Eu quis chorar como nunca antes. Não sei quanto tempo eu fiquei sentado aqui mas meu celular tocando me tirou dos meus pensamentos. Me levantei de onde eu estava sentado e peguei meu celular dentro do carro, apenas atendi quando vi o nome de cassie na tela.

── Miguel onde você está? ── A voz preocupada de cassie me atingiu, era como se apenas ela se importava comigo.

── Eu estou em casa. ── Menti sem animação.

── Amor. ── A voz de Cassie saiu mais calma agora. ── Onde você está? Eu vou buscar você. ── ela disse e eu suspirei voltando a me sentar no chão. Desligo a ligação e mando minha localização pra ela.

Fico ali sentado no chão novamente, pensei no meu pai. Nathaniel Mora. Meu pai cometeu suicídio a três anos, quando eu tinha treze anos. Eu nunca soube o motivo, ele não deixou nenhuma carta ou vídeo se explicando. Talvez eu fosse diferente se ele estivesse vivo. Uma parte de mim morreu naquela noite.

Um carro branco para atrás do meu e uma pessoa saí dele se escorando no meu carro. Tiro meu rosto das minhas mãos e encaro a pessoa.

── Por que você está aqui? ── Cassie me perguntou e eu balancei minha cabeça negativamente.

── Você sabe, eu estava só tomando um ar fresco. ── Menti e forcei um sorriso, sorriso esse que ela não se deixou enganar.

── Não mente pra mim. O que está acontecendo? ── Ela perguntou e se sentou ao meu lado pegando minha mão e a segurando. Sua fala saiu tão suave que eu sentir que poderia chorar ali mesmo.

── Eu não quero desistir mas estou cansado de viver lutando, Cass. ── Minha voz saiu trêmula, droga.

Cassie não respondeu apenas me abraçou, um abraço sincero e verdadeiro. Eu me sentia bem com ela, me sentia confortável, me sentia amado.

── Vai ficar tudo bem, miguel. Eu prometo que vai ficar tudo bem. ── Suas palavras saíram baixas mas altas suficiente pra que eu escutasse, aperto meus dedos na sua roupa e enterro meu rosto na curva do seu pescoço inalando seu cheiro doce e agradável.

Conseguir voltar para casa no outro dia, minha mãe me ignorou e eu agradeci por isso. Eu não preciso dela. Eu não preciso. Mesmo que no fundo eu rezasse pra ser um adolescente normal.

 Mesmo que no fundo eu rezasse pra ser um adolescente normal

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001. 𝗆𝗈𝗌𝗍𝗋𝖺𝗇𝖽𝗈 𝗎𝗆 𝗉𝗈𝗎𝖼𝗈 𝖽𝗈 𝗊𝗎𝖺𝗇𝗍𝗈 𝗈 𝗆𝗂𝗀𝗎𝖾𝗅 𝗉𝗋𝖾𝖼𝗂𝗌𝖺𝗏𝖺 𝗌𝖾𝗋 "𝗌𝖺𝗅𝗏𝗈" 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝗈 𝖽𝖾𝗌𝖾𝗇𝗏𝗈𝗅𝗏𝗂𝗆𝖾𝗇𝗍𝗈 𝖽𝗈 𝗉𝗅𝗈𝗍 𝖿𝗂𝗇𝖺𝗅. 𝖼𝗈𝗆𝖾𝗇𝗍𝖺 𝗈 𝗊𝗎𝗋 𝖺𝖼𝗁𝗈𝗎

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003. 𝖽𝖾𝗌𝖼𝗎𝗅𝗉𝖺 𝗊𝗎𝖺𝗅𝗊𝗎𝖾𝗋 𝖾𝗋𝗋𝗈.

004. 𝗇𝖺̃𝗈 𝖾𝗌𝗊𝗎𝖾𝖼̧𝖺 𝖽𝖺 𝖾𝗌𝗍𝗋𝖾𝗅𝗂𝗇𝗁𝖺.

𝗡𝗘𝗪 𝗢𝗕𝗦𝗘𝗦𝗦𝗜𝗢𝗡, 𝗆𝗂𝗀𝗎𝖾𝗅 𝖼𝖺𝗓𝖺𝗋𝖾𝗓 𝗆𝗈𝗋𝖺Onde histórias criam vida. Descubra agora