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𝗖𝗔𝗦𝗦𝗜𝗘 𝗛𝗔𝗧𝗛𝗔𝗪𝗔𝗬 𝗠𝗢𝗡𝗥𝗢𝗘
Aqueles minutos no hospital se tornaram horas e eu temia que se tornassem meses. Eu não conseguia ficar parada, eu precisava de notícias do meu garoto.
Julian tentava me acalma várias vezes mas falhava miseravelmente em todas elas. Eu estava tão preocupada que não podia raciocinar direito.
e se eu o perder?
Essa frase atormentava minha mente sem parar, eu estava enlouquecendo. Miguel começou a cirurgia a algumas horas mas ninguém me deu mais nenhuma informação por que eu era só a namorada dele e não fazia parte da família, aquilo me deixou irada.
Eu estava tão cansada. Eu não conseguir comer nada o dia inteiro a espera de informações, eu não podia nem pensar em ir pra casa agora, eu apenas preciso de notícias. Aquela recepção parada me deixou nervosa, eu não tinha mais a o que recorrer.
Eu não acreditava em um Deus, pra mim não existia apenas um Deus mas eu sabia que Miguel acreditava. Caminhei até a capela do hospital e agradeci por está vazia.
Então eu finalmente me permitir cair de joelhos no chão e chorar. Implorei e supliquei para quem quer que estivesse lá em cima, salvasse o Miguel, ele não merece ter esse final. Ele merecia ter uma boa vida, se formar, casar e ter filhos. Mesmo que esse futuro não seja comigo, ele precisava de um final digno.
Me apoiei nos meus joelhos e me levantei enxugando minhas lágrimas. Sai da capela e fui até a recepção com a esperança de que Miguel estivesse bem. Mas não tinha nada, a recepção ainda estava parada e quieta, maldição.
Me sentei ao lado de Julian que estava com o rosto entre as mãos. Daisy que sempre xingou ou atormentou o Miguel, agora mostrava um olhar vazio, além de tudo eles ainda eram irmãos.
Um médico abre a porta da recepção e eu me levanto. ── A cirurgia ocorreu bem, Miguel está sedado mas amanhã poderá receber visitas. ── O médico disse e eu respirei aliviada, tão aliviada. Julian e Drew se viraram para me abraçar e eu sorrir retribuindo o abraço.
Eu estava tão feliz, meu garoto estava vivo. Eu sempre soube que ele era forte. Abracei Daisy que retribuiu o abraço também sorridente.
── Talvez seja hora de você ir pra casa, uh? ── Minha mãe chamou minha atenção e eu olhei para o relógio que marcava 02h53min.
Meu pai veio nos buscar e nos levar para casa. Eu ainda estava meio ressentida em sair do hospital com medo de deixar Miguel mas eu estava tão cansada.
