09 - in love

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- Foram 3 vezes! 3 drogas de vezes que ele segurou minha cintura em um só dia, e ainda é 12:00! - Eu e minha amiga estávamos no carro, depois do ensaio, voltando para casa.
- Olha, Coco, na minha mente, ele está muito na sua. - Ela responde e eu começo a resmungar.
- É sério, parece que eu vou surtar se não saber se ele só me vê como amiga mesmo! A gente flerta, brinca...mas e se ele só me quer como "a minha melhor amiga que eu considero minha irmã?"
Heather respira fundo, encosta o carro na rua e se vira para mim, me olhando profundamente.
- Minha querida amiga, você está sofrendo de amor. Relaxa, vai passar. Mas fala com o Jeremiah, é sério. Fala o que você sente, mas se ele não sentir o mesmo, o que eu acho improvável, você só concorda e acho outro bem melhor. - Eu arregalo as sobrancelhas
É fácil falar isso quando ela namora e meu irmão é gado por ela. Sinto uma paixão pelo Jere desde pequena, passei dois anos sem ver ele e parecia que tudo não passava de uma paixonite só porque um menino foi gentil comigo, mas porque meus sentimentos caíram como se fossem um peso nas minhas costas esse verão? Simples: eu realmente amo o Jeremiah.
Eu tentava negar isso, mas era inevitável. Descobrir que tem que assumir que ama seu melhor amigo que conhece desde de literalmente, seu nascimento, não é nada fácil.

**

- Qual é a do arquinho? - Pergunto para Jeremiah quando o encontro na piscina assim que cheguei em casa.
- Hermes, mensageiro dos deuses.
- Não foi uma má ideia. - Falo para Jere mexendo no seu cabelo, que por sinal é extremamente macio. - Gostoso. Gostei.
Ele deu uma risada.
- Vou aceitar o elogio. Ah, outra coisa. A fumaça está reinando na cozinha. - Faço uma cara confusa para o loiro, ele pegou na minha mão e me levou para dentro da casa.
Me deparo com Susannah, Laurel e minha mãe comendo todos os petiscos que tem na cozinha. A tal fumaça era da minha queria mãe aspirante a fumante.
- Eu sou team Paxton, o Ben sempre odiou a Devi...filha! Que bom te ver! - Mamãe falou vindo até mim e me abraçando.
- Não acredito que andaram vendo série de adolescentes, Morgie. - Jeremiah ria enquanto observava a TV ligada na sala.
- Mas é verdade, genrinho, ele ama a Devi. Isso é indiscutível. - Ela continuava falando e falando, fiquei com vontade de me cavar em um buraco e não sair mais de lá quando minha mãe se referiu a Jere desse jeito, o mesmo riu da minha cara que ficara vermelha.
- Já falei para largar isso, sabia que vape pode ser pior que um cigarro normal, Morgana Thompson? - Arranco aquela atrocidade da mão dela e jogo no lixo, ela em resposta fica reclamando e vai buscar seu brinquedinho.
- Hum, você! Eu tenho que te pintar enquanto a luz está boa. - Susannah falou apontando para Jeremiah, logo saindo de casa com ele, vou atrás dos dois, mas antes, volto para falar com minha mãe.
- Chega, loirona. - Digo e tiro o vape dela de novo, mas lógico que não adianta.
- Laurel, fala para ela que isso me faz feliz? - Ela pede ajuda para a Conklin, que simplesmente dá de ombros, arregalo as sobrancelhas para mostrar que eu estou certa.
- Chloe! - Ouço uma voz me chamando do lado de fora e vou correndo.
Me deparo com Jeremiah olhando uma pintura, que aparentava ser a do Susannah.
- Está tão... - Minhas palavras não saem, não queria magoar a Su, mas estava péssimo. Jeremiah só fala um "Uhum" em resposta.
Minha mãe e Laurel começaram a rir e falaram juntas:
- O Picasso e Jackson Pollock tiveram um filho!
- O quê? - Susannah faz uma cara confusa e vai até o quadro. - Aí meu deus, ficou horroroso! - Todos nós começamos a rir.
- E é por isso que os mais velhos não podem usar drogas. - O loiro olhando para mim mas recebe um tapa das três mães.
- Sem noção! - Susannah fala.
- Uma discriminação a sua. - Laurel comenta e eu rio mais ainda.
- Deixa esses pombinhos aí, e vamos dar uma volta na praia. - Minha mãe anuncia e sai de braços dados com as outras.
- Se divirtam! - Grito em resposta.

**

Eu estava no meu quarto lendo um livro enquanto escuto Reputation pela milésima vez, nunca vou me cansar disso. Ouço uma batida na porta e mando entrar.
- Ei, Coco. Eu estava indo para piscina e vi Conrad e Belly conversando, mas ai a Bel subiu correndo para cima. Acho melhor você ir falar com ela. - Jeremiah falou e eu fui até o quarto da Belly, bati na porta mas ela demorou uns cinco minutos para abrir.
- Chloe! - Ela exclamou um com sorriso com tofa certeza forçado.
- Para de fingir que está bem, Bels. Me fala o que rolou. - A menina solta um suspiro profundo, faz um gesto para eu entrar em seu quarto, logo fechando a porta.
- Eu disse para você que a gente quase se beijou ontem, né? - Assinto. - Então...aí Chloe, eu tava tão feliz, eu fui falar com ele sobre, mas o Conrad simplesmente fingiu que não aconteceu. - As lágrimas escorreram pelo o seu rosto, dei um abraço nela. - Queria ser que nem você, o Jeremiah baba quando te vê. Já o Conrad...ele nem fala comigo direito, ele está...distante. - A sua voz chorosa é de partir o coração. Mas eu confesso que fiquei pensando no que Belly disse do Jeremiah para mim...baba quando me vê? Acho que é ao contrário.
- Relaxa, Belly. Você ainda tem o Cam Cameron! Ele é um fofo.
- É, mas eu terminei com ele.
- Porque?! Eu adorava o Cam Cameron! - Jere fala em um tom alto abrindo a porta do quarto com tudo.
- Jeremiah! - Gritamos juntas.
- Foi mal, gente. Mas olha Bels, você é linda e o Conrad é mais um maconheiro babaca que existe no mundo. Tem BILHÕES de garotos no mundo, e um deles vai te amar um dia, pode ter certeza. - O loiro senta no outro lado da Belly e a abraça também.
- Caraca, Golden. Você daria um ótimo psicólogo. - Respondo brincando, nós três rimos.
Ficamos lá conversando com a Bel por muito tempo, rindo até ela melhorar. Nunca vou aceitar que Conrad está negando os sentimentos dele por ela.

**

- Thompson. Quer nadar? - Jeremiah pregunta entrando no meu quarto.
- Não dá agora, Fisher. To tentando terminar esse livro aqui. - Levanto para ele ver.
- Vai, por favor. - Ele faz aquela cara de cachorrinho, me levanto e vou para a porta.
- Mais tarde Jere.
Dou um beijo na bochecha dele, quando vou me virar para voltar pata minha cama, ele pega no meu braço e me puxa de volta, eu bato contra seu peito com tudo. Ele estava sem camisa, e parecia ter acabado de malhar, porque estava um pouco suado.
- A gente pode conversar, então? - Sua voz fica séria e rouca, me arrepio com o tom.
- Tá, entra vai. - Abro espaço e fecho a porta. - Manda. - Nós dois sentamos na cama e ele solta um suspiro.
- Eu não aguento mais ser só seu melhor amigo. Não aguento mais fingir que não gosto de você. Não aguento mais pensar em você e não poder fazer nada.
- Jeremiah...o quê você tá falando? - Estou confusa, meu coração fica acelerado, minha respiração falha. O que eu esperei ouvir por tanto tempo...
- Que eu to apaixonado por você.

𝐌𝐀𝐘𝐁𝐄 𝐓𝐇𝐈𝐒 𝐓𝐈𝐌𝐄,  jeremiah fisherOnde histórias criam vida. Descubra agora