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"O medo é que faz que não vejas, nem ouças porque um dos efeitos do medo é turvar os sentidos, e fazer que pareçam as coisas outras do que são!

Dom Quixote"

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Ele escutou uma voz... Era à voz de uma mulher, sua cabeça doia, ele estava um pouco confuso, ele via ela, ela estava em sua frente, porém por alguma razão seu rosto não era visto, estava apagado. Eles estavam deitados, enfrente a uma lareira, e era possível ver apenas seu corpo pequeno e delicado sobre o seu. Ela tinha os braços ao redor do seu corpo e sentia seu toque, sobre seu peito em uma leve carícia. E por alguma razão, ele se sentia bem, com aquela mulher em seus braços.

- Você me ama? - A pergunta simples ecoou por sua mente.

- Mais do que tudo nesse mundo.

...

Estão ele abriu os olhos, sentindo uma brisa aconchegante, a paz que sentia era estranha, sera que estava morto? Será que estava no céu?
Depois de todos seus pecados cometidos, seria merecedor de ir para o paraíso?!
Severus olhou ao seu redor, ele estava em um campo aberto, com algumas árvores bem distantes.

O campo de grama verde, e o céu azul. Viu bem distante de si uma grande árvore, e uma pessoa sentada em baixo dela. Tentando caminhar até a árvore, Severus se sentiu frustrado pois percebeu que quanto mais caminhava, mais a árvore se afastava.
Tentou gritar pela pessoa, que lá estava, mais sua voz não saiu. Então o desespero começou a toma conta de Severus, até que sentiu alguma coisa tocar suas costas, ele se virou e se deparou com uma menina.

Ela lhe parecia familiar, apesar de Severus ter a certeza que nunca havia visto aquela menina. Ela vestia um vestido branco, e usava uma coroa de flores na cabeça, ela parecia ter no mínimo 14 anos, ela tinha os cabelos pretos com alguns fios brancos e os olhos azuis acinzentados. Ela lhe lembrava alguém, mas não sabia dizer quem.

- Olá Severus! - Ela falou, lhe dando um sorriso gentil.

- Quem, quem é você? Onde eu estou? Eu estou morto? Estou no céu? - Severus falava com um certo desespero na voz.

A menina riu, vendo o desespero do homem.

‐ Você é bastante curioso sabia? Não, você não está morto.

- Então, se não estou no paraíso. Onde estou?

- Bom, digamos que você está no limite da vida. - A menina ficou séria. - É aqui que você fará suas maiores escolhas.

- Seja clara, creio que já estou confuso o suficiente para tentar entender enigmas. - Falou já ficando sem paciência.

- Ei, não seja mal educado com a sua guia. - a menina o repreendeu.

- Minha guia? - Ele levantou uma sobrancelha.

- Sim, eu irei te guiar em suas escolhas. - ela sorri.

- E quais são minhas escolhas? - Severus pergunta curioso.

A menina ri, e caminha até a frente dele.

- Você lutou em uma guerra, e se feriu, e agora você tem a escolha de ir embora comigo e deixar esse mundo. - Ela diz apontando um caminho a esquerda que o levava para uma forte luz. - Ou, você pode escolher viver, e caminhar comigo para seu futuro! - Diz apontando para a direita, mostrando a grande árvore no final do caminho.

Severus se viu em um delicado momento, sempre sonhou com o dia de sua morte. E agora que poderia finalmente ir em paz, estava sendo puxado para o outro lado, por uma força que ele não sabia de onde vinha.

- Então, para onde devemos caminhar? - A menina pergunta.

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Second Chance || Snarcissa Onde histórias criam vida. Descubra agora