"Quando me tratas mal e, desprezado,
Sinto que o meu valor vês com desdém,
Lutando contra mim, fico a teu lado
E, inda perjuro, provo que és um bem.Conhecendo melhor meus próprios erros,
A te apoiar te ponho a par da história
De ocultas faltas, onde estou enfermo;
Então, ao me perder, tens toda a glória.Mas lucro também tiro desse ofício:
Curvando sobre ti amor tamanho,
Mal que me faço me traz benefício,Pois o que ganhas duas vezes ganho.
Assim é o meu amor e a ti o reporto:
Por ti todas as culpas eu suporto."William Shakespeare
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Severus não consegui entender o que estava sentindo naquele momento, algo dentro de si estava incomodado ao ver as lágrimas daquela mulher, parecia que ele estava sofrendo com sua dor. Era nítido à expressão de surpresa e de tristeza em sua face e, principalmente, seu olhar, seu olhar mudou drasticamente. Os olhos azuis que brilhavam como os céus dos verões de Londres, se apagaram dando espaço ao um olhar de tristeza, dando lugar ao azul acinzentado, como os dias de chuva.
Sentiu-se incômodado, e seu coração acelerou dentro do peito, ela o olhava agora com tanta dor e Severus se sentia péssimo com isso, porquê alguma coisa fazia ele querer tela por perto.
- Co...como não, me conhece?! - Tentou conte as lágrimas. - Sou eu meu amor Narcissa.
Narcissa se afastou atordoada, dando três passos para trás. Sentindo suas pernas tremerem. Severus viu a angústia em seus olhos. E foi a seu encontro, segurando em seus braços, ele começou a caminhar lentamente com a mulher. Para o jardim no final do corredor.
Severus respirou fundo, o ar puro que ali tinha. E se apoiando um pouco em Narcissa, que ainda chorava em silêncio. Eles foram até um banco, se sentando em frente à uma macieira.
Severus não se apressou, apenas deixou Narcissa chora, sem questionar. E esperou pacientemente a mulher se acalmar.
- Eu não entendo, como você não se lembra de mim? - Perguntou Narcissa, olhando em seus olhos.
Severus viu seus olhos vermelhos pelas lágrimas, e tentou pensar em uma maneira de conversar com ela. Sem causar mais uma crise de choro, ele pegou sua pena, e seu caderno.
- "Eu lamento Narcissa, mas por mais que eu tente. Não reconheço você!" - Ele escreveu, e entregou o caderno para ela.
Narcissa leu, cada palavra. Enquanto prendia o choro na garganta.
- Como? Como isso é possível? - Ela olhou para ela, com os olhos cheios de lágrimas. - Você se lembrou de todos, de todos... menos de mim!
Aquilo foi uma facada em seu peito, a dor em sua voz. Por Merlin, o que aconteceu entre eles, para ela está tão decepcionada.
-"O que somos?" - Escreveu e mostrou para ela.
Narcissa leu, e olhou para ele com um sorriso doce nos lábios. Passou a mão pelo rosto, limpando as lágrimas.
- Creio que não seja o momento para histórias, você ainda está se recuperando. - Ela segurou sua mão. - Olhe para mim, e tente se lembrar de alguma coisa. - ela o olhava diretamente em seus olhos. - Tente se lembrar, de alguns dias antes da guerra, onde você me prometeu que assim que tudo acabasse, nos finalmente iríamos ser felizes. - Ela apertou sua mão. - Você me prometeu que não iria morrer, que iria sobreviver por mim! - Ela riu.
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Second Chance || Snarcissa
Fiksi PenggemarAo passar sete meses no hospital, Severus Snape acorda de seu coma após quase ter morrido na batalha da escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Sem nenhuma expectativa de vida, Severus se vê obrigado a viver sua vida miserável. Porém, uma grande su...