chapter 5

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  🍂 dia do casamento – estava parada ao lado do meu pai nos fundos da igreja, observando o homem que eu amo no altar, prestes a se casar com Elisa. Desde aquele dia em que o mesmo pediu que eu fosse embora, tudo ficou muito estranho, Jungkook nunca mais olhou para mim ou ao menos tentou explicar o que aconteceu.

Mesmo recebendo ordens para ir embora, minha mãe pediu que eu ficasse para o casamento, mas eu não me sentia bem para permanecer até o fim da cerimônia. Ver o homem que eu amo se casando com minha irmã era a coisa mais dolorosa do mundo, mas se isso deixava ele feliz, eu precisava ficar alegre por ele, é o mínimo. 

Eliza estava entrando na igreja, com um enorme sorriso em seu rosto, e quando percebeu a minha presença, me olhou com uma raiva aparente. A mesma não aprovava a minha presença nesse casamento, entretanto aceitou por insistência da minha mãe, o motivo eu não sei. 

— Pai – O mais velho encarou-me, não estava contente em participar dessa cerimônia e ainda por cima colocar o pequeno Luka no meio dessa confusão toda.

— Diga-me – Ele levou sua atenção para o altar, onde o Jungkook tentava ao máximo não olhar para mim, o que eu ainda não conseguia entender o porquê disso.

— Podemos ir embora? Não aguento observar ele casar com a minha irmã, isso está me machucando! – Meu pai ao menos me encarou, escolheu apenas ajustar o Luka em seus braços e caminhar para a casa da minha mãe. 

A igreja ficava na mesma rua onde minha mãe morava, que era onde eu e meu pai ainda estávamos, pois a mais velha nos impediu de levar nossas coisas para um hotel ou ao menos alugar um apartamento por um tempo. 

Meu pai caminhou em minha frente, com o meu filho em seus braços, e assim que percebeu a minha saída, Jeon me encarou pela primeira vez desde aquele dia. Os seus olhos denunciavam uma tristeza que eu não conseguia identificar, o que ele tanto estava escondendo? 

Sem me importar muito, caminho o mais rápido possível para a casa de minha mãe, eu precisava pegar minhas malas e ir embora. Assim que chegamos, percebemos a presença de vários carros de polícia, muitos homens se espalhavam pelo quintal e a casa estava aberta. 

— O que diabos está acontecendo aqui? – Perguntei a um dos homens que estava no quintal.

— Estamos cumprindo com uma denúncia anônima que foi feita a delegacia, a senhora conhece quem mora aqui ou sabe onde podemos encontrá-la? – O policial olhou para mim com intensidade, como se estivesse tentando analisar os meus pensamentos apenas pelo meu rosto. 

— Bom, sim para ambas as perguntas! 

O homem concordou, pegando um caderno pequeno da mão do seu parceiro de profissão, e em seguida passou a escrever algo no mesmo, entretanto, estávamos a uma distância desfavorável para a minha curiosidade. 

— A senhora a conheceu como? – A atenção do mesmo voltou para a minha pessoa, mas a sua destra ainda se movia lentamente pelo caderno, preparado para anotar qualquer coisa de interessante que eu fosse falar. 

— Ela é a minha mãe! – O policial pareceu surpreso com minha confissão, e logo fechou o caderno pequeno e o entregou para seu colega de profissão, estranho demais. 

— Bom, recebemos uma denúncia de que uma pessoa estava sendo mantida como refém nesta casa! – Suas palavras deixaram-me em choque, nunca esperei ouvir que a minha mãe seria capaz de fazer isso.

— O senhor deve estar enganado, a minha mãe jamais seria capaz de fazer mal para uma pessoa! – Meu pai se colocou ao meu lado, segurando a minha mão de uma forma estranha, como se estivesse me contendo.

Comeback | JK + S/NOnde histórias criam vida. Descubra agora