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- Não é tão fácil, Nami. Eu realmente amava Koby. - digo com as mãos sobre a cabeça e um sentimento de derrota.

- Não. Não, você não amava. Luffy, a verdade é que eu notei desde a primeira chamada de vídeo que fizemos quando havia se mudado e conhecido Koby.

- O que quer dizer?

- Quero dizer que você nunca amou ele. Mas, por algum motivo, estava tão desesperado para encontrar o amor da sua vida, que acabou distorcendo o amor de... paixão. Assim como a paixão, seu relacionamento também não era eterno. E eu agradeço a Deus que não se casou com Koby!

- Koby era um bom homem e um ótimo partido. E, além de tudo, eu o amava. Não era só uma paixão, Nami! Era real! - digo indignado.

- Se o amasse tanto, não teria transado com outro homem e agido como se nada tivesse acontecido. Luffy, se você realmente amasse Koby, passaria o resto desse dia e o provável amanhã chorando sozinho no quarto. Porque, afinal, o amor é um sentimento tão forte capaz de destruir, não só relacionamentos, mas pessoas também. Koby foi tirado de você é você não se importa.

- Eu me importo, Nami! Porque eu o amava! Ele era meu tudo. Era quem fazia meu coração bater mais forte...

- Acontece que não. E acho que deveria parar de mentir. Ou então, se for mentir para sua melhor amiga, pare de mentir para si mesmo. É triste. E se preza por suas bolas, é bom ir atrás de Law. Porque um cara gentil daqueles, para gays como nós nessa idade é quase impossível de de encontrar.

Não digo nada. Fico estatístico enquanto tentava pensar mais calmamente no que havia ouvido. Era um tanto difícil de processar. Afinal, ela tinha dito a verdade.

Mas eu não queria aceitar. Esse era o fato. Porém eu não poderia a aceitar isso. Acreditar que iludi quem supostamente amava. Que enganei, machuquei, abandonei e brinquei com seus sentimentos. Nunca faria isso. Eu não sou um monstro... sou?

Bebo um gole de meu café -que aos poucos esfriava -, com uma grande tremedeira nas mãos, com medo de tudo aquilo ser verdade.. Esmo se fosse, nunca assumiria.

Nami provavelmente me mandaria ir atrás de Tral. E no momento, eu não estava no clima.

- Eu vou te dar um espaço para pensar. Porém, quero que deixe o seu orgulho de lado. - OK, isso superou um pouco minhas expectativas sobre ela.

- Obrigado. Mas acho que, apesar de você estar certa sobre Koby, não sei se estou pronto para um relacionamento com Tral.

- Por isso disse para você pensar um pouco, idiota. - ela diz, se levantando.

- Te amo. - digo após ela dar-me as costas. Ela dá um leve aceno com uma das mãos e se retira do local. - Como vou fazer isso...?

******************

Cansado, acabei voltando para casa sozinho e um tanto pensativo. Mas no final, tinha trabalho a fazer e um curto prazo para entrega-lo.

- OK, vamos lá. - me sento em minha cadeira e me alongo. Tomo um gole de meu café, e começo a escrever.

A história dessa vez, tinha de ser um sucesso. Pois faziam cerca de sete meses que não havia entregado nem sequer um capítulo da mesma. Daqui a pouco, estaria prestes a quebrar o acordo com meu editor. Podendo acabar com meu contrato.

Eu estava mesmo muito fudido.

Porém, sinceramente, não era culpa minha. Estava sem inspiração.

Quer dizer, minha inspiração era Koby, porém isso acabou nas primeiras cinco palavras que escrevi.

Meus dedos começavam a tremer e eu já não estava mais conseguindo me concentrar.

Não sabia nem mais sobre o que escrever. Um romance? Drama? Terror? Suspense?

Como escreveria? São tantas perguntas para nenhuma resposta ao alcance...

Tomo mais um, dois, três, sete goles de meu café. Engulo em seco.
Começo a ficar ansioso e minhas pernas ficam inquietas.

- Talvez um pouco de música me ajude. - pego meu celular e coloco minha banda favorita para tocar: Queens of the Stone Age.

Spoiler: não ajudou.

Eu preciso de um milagre. Qualquer um. Nem que seja Tral vir aqui e pedir por sexo. Mas eu preciso de um milagre.

De repente, ouço a campainha tocar. Era um som incessante. Provavelmente a pessoa estaria nervosa.

Quem quer que fosse, eu mandaria embora. Eu estava em uma crise. Não estava com tempo para lidar com visitas inesperadas.

Vou até a porta e a destranco. Quando a abro, agradeço a Deus, por finalmente ouvir minhas preces.

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NOTAS FINAIS

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Desculpem qualquer erro de ortografia e até o próximo cap!





Apaixonado pelo meu... Anjo da Guarda?!(Vol.2)Onde histórias criam vida. Descubra agora