Apaixonado pelo meu... Anjo da Guarda?!(Vol.2)

014

Não, ele nunca mais voltaria. Mas ainda assim, por algum motivo, a Lua insistia aos demais planetas que seu amado nunca a abandonaria. Era uma tristeza e isso os causava pena. Mas a Lua não ligava se eles acreditavam em si. Pois ela acreditava. 

Afinal de contas, se se tratasse dela, seu amado Sol também acreditaria em si...

- É, acho que está bom por enquanto... Depois escrevo mais. Até porque, pelo menos eu escrevi alguma coisa. Após tanto tempo sem digitar nesse computador, meus dedos se desacostumaram. Preciso agiliza-los.

Tomo um pequeno gole de meu café, que acaba num piscar de olhos. Mas como eu estou cansado, vou até a cozinha fazer mais. É hoje que eu não durmo!

Enquanto preparava, sinto meu celular vibrar em minha calça social, e o pego ansioso. Era Nami, enchendo meu saco ao me perguntar se eu já havia escolhido com quem ficar. Sinceramente, eu não a respondi. Apenas visualizei. 

Eu sei a resposta dessa pergunta. Mas sinto que qualquer simples ato pode mudar tudo. E se eu me arrepender? Não haverá segunda chance. O tiro teria de ser certeiro e eu não acredito que eu tenha a capacidade de fazer algo assim. Precisaria de ajuda profissional... Precisava de Zoro.

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- Não.

- Como assim 'não'?

- Eu não vou fazer isso, Luffy. - eu o encaro com cara de poucos amigos, sem entender o porquê de tal resposta do mais velho. Então espero que ele complemente sua frase - Escuta, eu sinto falta de nós. De nossos rolês, passeios, refeições, burradas, brincadeiras e principalmente, de nossa amizade. Você anda tão distante do grupo, Luffy. Nós nem sequer te vemos.

- Eu não sei se sabe, mas acabei de terminar com Koby! O que você queria? "Eba! Agora estou livre do amor da minha vida! Vamos assaltar um banco?!"? - digo em tom irônico.

- Mas isso está acontecendo desde que você voltou, Luffy! Uma saidinha de vez em quando não pegaria muito de seu tempo, eu acredito. Tanto que até ontem, Nami estava postando story's de vocês juntos em uma balada qualquer. Ou estou errado?

E então, eu percebo que havia perdido essa. Era verdade, eu os havia abandonado. Havia deixado todos eles para trás...

- E agora, depois de tanto tempo sem te ver, você quer um pequeno monólogo do porquê eu acho que você deveria escolher dois homens que eu tecnicamente nem conheço. Luffy, eu não me importo com quem você dá o rabo e muito menos pra quem você dá seu coração. Mas quero que saiba que a vida não se trata apenas de você. 

Eu já não sabia mais o que fazer. Não sabia se falava algo ou continuava calado. Zoro, pela primeira vez em anos(talvez até décadas) havia se abrido comigo. Mas eu dizia uma única sílaba. Até porque, teria algo mais poético do que o silêncio? O vazio das palavras e um campo de imaginação do que o mesmo gostaria de dizer infinito. Talvez seriam apenas bobagens de minha mente pensar de tal forma, mas do que jeito que estava, não via porque não. Afinal, Zoro é meu amigo de décadas, e provavelmente entenderia o que eu estaria dizendo,  mesmo sem dizer uma única palavra ou frase.

E foi o que nos ocorreu. Pelo resto de nosso reencontro, não dissemos mais nada um ao outro, e voltamos para nossas casas reflexivos. E eu só pensava em uma coisa: eu tinha de escrever mais. 

Tudo que eu estava sentindo no momento, eu teria de agarrar e usar para escrever minhas mais lindas histórias. Era somente disso que eu precisava. No final, virei a noite escrevendo. Pois não conseguia mais parar. Quando sequer me ocorria parar, mais e mais ideias me vinham a mente. E eu precisava usa-las mais do que tudo no momento.

Quando percebo, já eram 8h da manhã e eu não tinha sequer tirado minha cara do notebook. Já eram quinze capítulos feitos, e eu os entregaria para minha editora o quanto antes. Aquilo estava perfeito demais. Me parecia mais um sonho!

Eu tinha de celebrar! Compraria champanhe e faria a comida mais maravilhosa do mundo! Depois chamaria Zoro, e então, estaríamos bem novamente. E eu nunca mais tocaria no assunto "homens" de novo. 

- Tenho que ligar para ele... - digo, procurando meu celular em qualquer canto da mesa, sem o encontrar. 

Lembro-me de tê-lo deixado em cima da cama, então me viro de forma brusca para verificar. Mas foi só eu mexer um de meus músculos, que parecia que eu tinha carregado trezentos quilos de tijolo. Me parece que esse é o preço de virar a noite com as costas de um corcunda.

Eu precisava era fumar minhas ervas! Festa era o caralho! Um cara de corcunda doendo não pode nem sequer pensar em ir no mercado comprar champanhe com uma dor nas costas dessas! Devo ter enlouquecido de vez.

Enquanto me xingava mentalmente, vou até minha varanda, já de cigarro bolado, e pronto para dar o primeiro trago, quando ouço a campainha tocar. Do jeito que eu estava, nem nos sonhos eu atenderia aquela maldita porta.

- Luffy! É o Zoro, porra! Será que dá pra atender a merda da porta?! - ouço a voz do mais velho de longe e vou o mais rápido que posso até a porta, a abrindo de forma desesperada. - Opa, opa! Se acalma aí, amigão! Pra quê todo esse desespero, cara?

- Queria muito ver você. Ainda mais depois de ontem. Eu que deveria ir te visitar, idiota! É até estranho você vir me visitar e não o contrário, do jeito que você é orgulhoso...

- Cala a boca, bobão. Eu queria te ver, OK? 

- Então... estamos bem?

- Acredito que sim. Desde que nunca mais me abandone e volte só porque está tendo problemas com homens. Fechado?

- Fechado! - sorrio de forma boba, por estar feliz de não ter perdido uma de minhas amizades mais importantes para mim. 

Zoro então pigarreia um pouco. Porém, eu, lerdo como sempre, não entendi seu recado.

- Não vai me convidar a entrar?- ele arqueia uma das sobrancelhas. 

Eu finalmente entendo, e faço uma reverência, dando espaço suficiente para que Zoro passasse. Fecho a porta e o sigo, estando apenas a alguns passos de distância do mais velho. |Então, encontro a coisa mais maravilhosa até agora. Parecia que Zoro tinha lido minha mente!

- Zoro, isso em suas mãos seria champanhe?

- Hm? - ele para de andar e se vira para mim - Oh! Tinha até me esquecido! Toma. - o mais alto me dá a bebida e continua - Isso é pra você. Eu sei o quanto você gosta dessas bebidas  caras. Então comprei sua favorita.

- Eu já disse que te amo? Tipo, eu te amo muito cara! Eu vou até chorar! Eu não mereço você... você é demais, Zoro. 

- Eu sei, eu sei.

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NOTAS FINAIS

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Desculpem qualquer erro de ortografia e até o próximo cap!