Dizem que existe um livro para cada um de nós. Nele nossa história seria narrada antes mesmo de acontecer, desde o início até o fatídico fim. Felicidade ou tristeza, dor ou prazer, relaxamento ou preocupação. Todos os momentos da vida de cada pessoa estariam presentes ali.
Isso indica uma falta de livre arbítrio, no entanto, e pode ser preocupante. Existe um livro pra essa questão, contudo. "Livre arbítrio e como usá-lo". Não parece ser dos melhores e nem ajuda na confiança de um futuro sem restrições, mas esse é o problema de uma biblioteca infinita. Nela encontra-se de tudo e mais um pouco.
Existe ainda, para tranquilizar os corações mais inquietos, um livro principal. Dizem que ele é o responsável pela explicação eterna. Se o primeiro citado narra o que fazemos, esse em questão descreve tudo que veio antes, depois e durante. Sobre o que fala? Sobre tudo. Tudo e mais um pouco.
O livro das explicações, que por falta de alcunha melhor foi nomeado assim, narra sobre a existência como um tudo. Enquanto o do livre arbítrio reconta todas as decisões tomadas, esse é sobre construção, sobre desenvolvimento. É sobre como as coisas mudam e o porque. Sobre tudo e sobre nada. O início, o meio e o fim. Nele tudo é encontrado e tudo é perdido. É um livro que existe em dependência da existência e vice versa.
Ao menos é o que dizem. Mas é complicado, sabe, acreditar em tudo que é dito num livro antigo. No fim é algo que vai de cada pessoa. Seja como for, não existe um certo ou errado na biblioteca, apenas o que está escrito nos livros. Resta cada pessoa discernir no que irá acreditar.
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Um desafio de escrita perdido pelo tempo e espaço
RandomUma coleção de pequenas histórias não relacionadas dentro de temas de desafios diários que era pra eu ter completado, sei lá, em 2019 e não deu, então cá estou passando a limpo pra ver se encontro ânimo em algum canto perdido em mim pra continuar a...