Afogar-se em si deveria ser simples. O reconhecer da sua própria essência, sua psique deveria ser intrínseco. Mas não o é. Compreender quem se é consegue ser tão ou mais complicado quanto entender o próximo. Não é por falta de determinação, no entanto, mas sim um reflexo do tanto que nos escondemos em prol de uma fachada tão polida para encaixar nos moldes esperados pela sociedade que a própria pessoa se perde ali.
Nos afogamos em nossa própria mentira. Essa é a realidade. O que significa que o real é uma ilusão, uma história sobre cada um de nós contada por cada pessoa na busca incessante pelo pertencimento surreal. Encaixar-se num ideal irrealista nos leva a loucuras sem fim e deturpa quem realmente somos. Afogar nossa essência na busca pelo que não somos não nos torna mais felizes. Não nos torna nada próximo daquilo que realmente deveríamos alcançar.
Mesmo que de forma figurada, afogar ainda segue com a mesma ideia nesse contexto. É a morte de quem somos procurar a felicidade numa mentira.
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Um desafio de escrita perdido pelo tempo e espaço
RandomUma coleção de pequenas histórias não relacionadas dentro de temas de desafios diários que era pra eu ter completado, sei lá, em 2019 e não deu, então cá estou passando a limpo pra ver se encontro ânimo em algum canto perdido em mim pra continuar a...