Com essa revelação Watson começou a ficar preocupado, como Sherlock já havia deixado o país, ele teria de que resolver este caso por conta própria. Ao se deparar com essa pista, mil pensamentos ecoaram por sua mente: "Como o culpado conseguiu orquestrar esse plano?"; "Como ele conseguiu ocultar tão bem os seus rastros?". Mas a sua maior dúvida era apenas uma:
- Quem é o verdadeiro culpado?
Watson chegou correndo na delegacia, ofegante e molhado de ter corrido na chuva, mas conseguia segurar o folego:
- Delegado!, *huff*, Não Encerre O Caso!
- Watson? pensei que tinha ido de volta a Londres, porque não devemos encerrar o caso?, o senhor Holmes já o resolveu.
- Era o que eu pensava, porém encontrei uma coisa que prova o contrário.
Watson e o delegado então retornaram a igreja, e o guiou pelos corredores até chegar na dita sala oculta onde começou a explicar seu raciocínio ao policial.
- Esta sala passou despercebida por mim e Sherlock durante nossas investigações em quanto ele ainda estava aqui, e ela explica muito das dúvidas que tinha sobre a sua narrativa.
- Espere Watson vá um pouco mais devagar, o que tudo isso significa?
- Significa que Holmes não checou todas as provas antes de tomar sua decisão. Significa que o criminoso ou criminosa conseguiu esconder provas de nossas vistas.
- Então isso quer dizer que...
- Alguém conseguiu enganar Sherlock Holmes.
Quanto mais fundo Watson mergulhava neste caso, mais perturbado ele ficava. Quem teria tido a coragem de não só desafiar o maior detetive do mundo, cometer tantos crimes hediondos, e ainda sair no topo de tudo? Para Watson, tudo e todos haviam se tornado suspeitos e sua mente estava mais caótica do que nunca.
- Foco Watson, foco!
Ele disse a si mesmo tentando se acalmar de tantos eventos ocorrendo ao mesmo tempo. O importante agora era tentar fazer algum sentido de tudo aquilo.
- Delegado, preciso que você mande uma patrulha para cada canto desta cidade, o culpado não pode estar longe.
- Com todo respeito Watson, já fazem duas semanas que encontramos os corpos, o responsável por este assassinato já deve estar à quilômetros de distância daqui.
- Delegado, se tem algo que aprendi durante meus anos como detetive particular, é que o criminoso sempre volta para a cena do crime.
O delegado atendeu ao chamado de Watson, e logo no dia seguinte, já haviam patrulhas rondeando a cidade em busca do verdadeiro assassino. Watson havia retornado até a igreja para investigar melhor a cena do crime, dessa vez sem nenhuma distração, ele examinaria tudo até descobriu a real história por traz desta carnificina.
E foi a noite, Que tudo aconteceu
- Vamos ver, os três corpos da Igreja eram de detetives novatos, pode-se perceber isso pela ausência de distintivos ou equipamentos avançados, eles também não estavam armados então não esperavam que alguém aparecesse aqui a durante as suas investigações.
Enquanto Watson pensava nas possíveis conclusões do caso, algo lhe chamou atenção, e ao dar uma olhada mais de perto. O seu queixo caiu, e a hipótese que ele mais temia, infelizmente se tornou realidade.
Era um cartão de visita com o número de Sherlock Holmes
- Impossível, isso significa que esses detetives possuíam contato com Holmes mas, ele disse que só ficou sabendo do caso momentos antes de me visitar, não há maneira de ele não saber sobre o caso e estar em contato com os detetives que justamente se tornaram vítimas, a não ser que...
Mas o seu pensamento é interrompido que ele sente algo de metal encostando atrás de sua cabeça, naquele momento, foram ditas apenas quatros palavras que fizeram o nobre detetive sentir um medo até antes nunca visto por ele.
-Elementar, meu caro Watson...