Capítulo 11: A repentina conversa na porta da sala

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No dia seguinte, uma quinta-feira, antes mesmo de as aulas começarem, Violet se levantou cedo para ir até a fonte onde despejou o líquido daquela garrafa suspeita que quase bebeu no ginásio.

Ela queria checar logo àquele lugar para comprovar ou não sua teoria sobre o veneno.

Quando chegou perto da fonte, Violet quase soltou um gritinho de susto com a cena que presenciou ali.

Havia animas muitos animais mortos ao redor daquela fonte, muitos mesmos, tantos que chegavam a atrair outros animais que os comiam e bebiam da fonte e acabavam morrendo envenenados também. Haviam esquilos, aves, ratos, baratas, cobras, sapos, e até mesmo um lobo, todos mortos ao redor daquele lugar, uns por cima dos outros.

Aquela imagem era de fato horrível.

Até mesmo os seguranças de Victor estavam ali juntamente com alguns funcionários da limpeza do campus, todos conversando entre si com expressões graves enquanto juntavam os animais mortos ao redor da tal fonte. Não havia câmeras por ali, por isso ninguém havia visto alguém despejar veneno naquele local e só foram alertados da enorme quantidade de animais mortos ao redor por causa dos relatos assustados dos poucos alunos que passaram por ali naquele início de manhã.

"Então pelo visto era veneno mesmo..." Violet concluiu tapando seu nariz para se impedir de sentir tanto o cheiro podre da morte que aquele lugar agora exalava "Um veneno dos bons mesmo. Daria pra matar até dez de mim... Quem será essa pessoa com tal coragem? Onde esse indivíduo conseguiu esse tipo de veneno e como ele conseguiu trocar minha água sem que eu percebesse nada?" ela se perguntou com assombro.

Violet sabia que tinha dado sorte por ter percebido o peso estranho da água e não ter resolvido a experimentar sem querer. Teria sido uma péssima ideia...

Ela até que se sentiu um pouco mal pelos animais que morreram, contudo, saiu dali o mais rápido que pode antes que os adultos limpando e os alunos curiosos ali desconfiassem dela e de sua presença naquela cena de um crime bizarro.

Violet foi para aula como sempre naquela manhã, mas o episódio da fonte virou a fofoca do dia em todo o campus.

Fotos do local circulavam por todos os celulares. Até mesmo o próprio celular novo de Violet (o que Dianna deu a ela e não o que ela própria comprou) recebeu as imagens dessa fofoca diretamente de Kátia, que só queria uma deixa qualquer para poder mandar mensagem para Violet e perguntar como ela estava.

Aparentemente foi Kátia que ajudou Dianna a escolher aquele celular novo para Violet, algo que ela ainda estava tentando compreender o porquê e aceitar de alguma forma...

Aquela gentileza de fato a assustou muito, embora ela tenha decidido consigo mesma que não pensaria tanto naquele assunto, assim como procurava não pensar muito no fato de Arthur ter mentido para todos sobre a CID...

Mas enfim, voltando a história da "fonte da morte", como todos a chamavam agora, apesar da enorme repercussão do caso que chegou até mesmo ao conhecimento do diretor (o qual botou uma equipe formada por Nikolai para investigar esse incidente e afastou todos os alunos da área), na tarde daquela quinta-feira, durante o treino de boxe, mais uma vez a garrafa de água de Violet parecia para ela mais pesada do que o normal.

"Qual é? De novo a água? Cadê a criatividade?" Violet perguntou a si mesma quase divertida demais enquanto botava aquela água dentro de sua bolsa.

Ela estava levando quase na brincadeira o fato de alguém ter a audácia de tentar matá-la uma segunda vez através do mesmo truque e mesmo que todos estivessem em alerta sobre um possível veneno poderosíssimo à solta no campus.

O Colégio dos Talentos - World Talents College - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora